Capitulo Onze

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Petter estava com muitos problemas para resolver e não podia demorar. Ben era uma bomba relógio prestes a explodir.

A primeira coisa a se fazer era comunicar Marcos do problema e foi o que Petter fez. Seguiu para o motel em que se encontravam e o esperou.

Marcos chegou alguns minutos depois. Estava com um sorriso safado no rosto e provavelmente achou que algo muito aconteceria. Quando viu a expressão nada agradável de Petter foi fácil entender que algo estava errado.

_ Preciso te contar algo, mas você precisa prometer não surtar. -Petter disse com a respiração descontrolada.

_Você está me assustando. -ele dizia se sentando na cama e cruzando os braços.

_ Não sei como, mas Ben descobriu que estamos juntos. -Petter disse sem rodeios e Marcos ficou sem reação por alguns segundos.

_ Caralho! -ele disse levando as mãos na boca. _ Caralho! -repetiu num grito abafado.

_ Marcos, eu queria que soubesse que vou fazer o impossível pra ninguém mais ficar sabendo. To indo agora pra casa dele. Vamos conversar e vai ficar tudo bem. -Petter explicava o plano enquanto Marcos ainda estava imóvel. Sua esposa jamais poderia saber, muito menos seus filhos.

_ Petter, ninguém pode saber disso. Pode ser o fim da minha vida. -ele dizia ainda paralisado.

_ Só tenta ficar calmo. Vou fazer o impossível, mas vai dar certo. Você confia em mim?

_ Não tenho alternativa. -ele respondeu deitando na cama e soltando mais alguns palavrões.

Petter não esperou muito. Pegou o carro e seguiu para casa de Ben e tentar contornar a situação. Dentro do carro acendeu um cigarro para distrair a mente e seguiu o mais depressa possível.

Quando estacionou o carro, viu Ben na porta de casa cabisbaixo. Estava completamente alcoolizado. Petter então tentou pegá-lo no colo, mas viu que seria mais complicado, então o arrastou para dentro de casa. Com muito esforço o colocou no sofá e o deitou.

E por algumas horas ele esperou ansiosamente o efeito do álcool passar. Foi até a cozinha preparar algo pra comer e aproveitou para preparar um suco verde para Ben que parecia dar sinal de vida.

_ O que faz aqui ainda? -Ben perguntou com a voz meio falha tentando abrir os olhos com muito custo.

_ Tome. -Petter lhe ofereceu o suco com duas aspirinas e Ben pegou prontamente.

_ Já pode ir. -ele disse colocando o remédio na boca seguido de uma golada no suco.

_ Só vou sair daqui quando você estiver melhor. -Petter sorriu pegando uma cadeira e se sentando na sua frente.

_ Fique despreocupado. Não vou ferrar a vida do seu professor, se é isso que você veio certificar. -ele disse terminando de beber o suco e fazendo uma careta. -Isso aqui está horrível.

_ Não vim até aqui pra isso. Quero acertar as coisas com você. -Petter respondeu aliviado.

_ Sem chance.

_ Ben, as coisas vão mudar daqui pra frente. -Petter prometia tocando a mão dele.

_ Até aparecer outro Marcos ou Tomas ou sei lá mais quem? To fora. -ele disse afastando Petter e se sentando impaciente.

_ Não vai acontecer mais nada. Vou te dar mais atenção. Vamos ser melhor um com o outro...

_ Não acredito em você, Carter. Fora que sua família me odeia. -ele lembrava do tapa que levou de Carin e ainda sentia seu rosto queimar.

Fuja de Petter Cárter  Romance Gay Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora