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Talibã
Alemão
Maratona 1/3

Porra, já fazia uma semana que eu não vejo a Maria e nem a piranha de Laura. Soube que a mesma está morando com a Maria, mais o motivo nem sei.

Levanto da cama e vou até o banheiro. Faço minhas higienes e saio do banheiro vestido com uma calça moletom da nike, a camisa atravessada no ombro, passo perfume e desodorante, coloco minhas correntes e saio do quarto. Pego minha moto e meto o pé pra boca.

Cabral: Iae parceiro - fala entrando na minha sala, sentando na cadeira a minha frente e bolando um cigarro.

Eu: Fala tu parceiro, que foi que tu tá com essa cara aí?

Cabral: Uns problemas aí parça.

Eu: Fala logo cuzão.

Cabral: Tá ligado no meu filho lá em Angra?

Eu: Tô, oque que tem?

Cabral: A vó dele me ligou e me disse que a mãe dele tinha morrido.

Eu: Caralho mano,  sabe o porque?

Cabral: Tava doente irmão. Com câncer eu acho. Agora eu tenho que ficar com meu gurizinho que eu não vejo a mó tempão. A coroa lá, já tá pra morrer. Então vou buscar meu filho pra morar mais eu.

Eu: Vishi mano, vai buscar ela que dia?

Cabral: Amanhã de manhã.

Eu: Vou mais tu, quero ver meu afilhado também.

Cabral: Mano, agora tudo vai mudar, vou ter dois filhos agora pra cuidar. Fudeu.

Eu: Parça, é muito legal ter muitos pivetes sabe? Tô morrendo de saudades dos meus crias, Helena e Douglas as vezes me liga nas escondidas por chamada de vídeo.- falo e ele rir.

Cabral: Tenta conversar com a Maria mano. Ficar com  o cú grudado nessa cadeira aí, fumando, vai adiantar nada.

Eu: Pode pá mano, vou falar com ela. Agora bora trabalhar que ganhamos mais.

Fomos trabalhar e resolver uns bagulhos para o baile de amanhã.

03:14 da madrugada

Tava de boa na laje, marolando legal lá,  quando vejo Maria passando na esquina. Ela estava com um moletom preto, como ela era pequena ia até em suas coxas, e uma calça moletom branca, e um tênis preto.

Saio da minha casa voado tentando alcançar ela.

Eu: Espera Maria- falo tocando em seu ombro fazendo ela assustar.

Maria: Porra Caio que susto. Tem merda na cabeça caralho?- fala tentando acalmar.

Eu: Ainda com mania de andar na madrugada?

Maria: É o que parece né? - fala óbvia e eu reviro os olhos.

Eu: Olha... Eu queria pedir desculpas, eu sei que errei. Aquele dia eu tinha fumado pra caralho, me perdoa?

Maria: "Ain, eu fumei pra caralho, me perdoa"? Me poupe né Talibã. Cê acha que sempre vai ser assim? Tu faz suas merdas e depois quer que eu te perdoe como se nada tivesse acontecido?

Eu: Sim ué - falo baixo só pra mim escutar.

Maria: "Sim ué? "  Tu é muito escroto mesmo.- fala saindo mais puxo seu braço.

Eu: Eu sei que errei, Desculpas tá?  Nunca mais vou fazer isso. Estou com saudades dos meus filhos e de você Maria.- ok essa parte de saudade dela não era pra mim dizer, mais não estou mentindo.- por favor me perdoe.

Maria: Tá bom, agora me larga que eu vou embora, tu pode ver nossa filha- fala largando minha mão de seu braço e saindo.

Eu: Espera que tu esqueceu de uma coisa. - falo  e ela se vira, ando em sua direção e a Beijo.- Agora pode ir- falo dando um celinho nela.

Maria: Porra Caio, não ache que todas as nossas discussão tu vai me beijar e vai estar td resolvido.

Eu : Tá bom, vamos, já está tarde, vou te levar até tua goma.- falo puxando ela e cruzando nossas mãos.- cala a porra da boca que tu é minha mulher e tem que andar assim comigo.- falo andando

Maria: Tô sabendo disso não, no dia que tu me der uma aliança e me assumir, aí eu acredito.

Eu: Espera até esse dia chegar, mais eu sei que tu não vive sem mim.

Maria: E por acaso tu é oxigênio pra eu viver sem?

Eu: Mano, quando tu quer ser chata tu consegue. Incrível isso. - falo e ela gargalha. E mano, como eu amo essa gargalhada.

Levo ela até sua casa e depois volto para minha e acabo dormindo.

Para Sempre Meu Traficante!Onde histórias criam vida. Descubra agora