Capítulo 12 - Tradições

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Tradições as vezes são criadas de formas que sequer percebemos. Tudo começou no dia que Louis foi ao apartamento de Harry.

O príncipe nunca tinha estado no apartamento dele. O que, parando para pensar, parecia estranho já que o cacheado estava o tempo todo no apartamento onde morava.

Louis estava sentado do sofá do rapaz, o esperando trazer o livro que disse que o emprestaria alguns dias atrás.

- Achei! - Harry anunciou de outro cômodo. Logo ele surgiu onde Louis estava. - Aqui. - Ele estendeu um grosso livro. Sua capa possuía a ilustração de árvores e montanhas, no centro havia escrito "O Hobbit".

Era um pouco mais de 8 horas da noite, haviam acabado de chegar da cafeteria quando Harry se lembrou do livro e o convidou para entrar.

- Muito obrigado. - O príncipe agradeceu. Ele abriu o livro e o folheou antes de fechá-lo novamente.

- Amo esse cheiro. - Louis percebeu Harry sorrir quando ele folheou o livro. - O cheiro das páginas do livro. - O cacheado explicou.

Louis sorriu para ele e abriu novamente o livro, dessa vez encostando seu nariz, o que fez Harry rir baixinho.

- Do que mais gosta? - O príncipe perguntou, encantado com seu sorriso como sempre esteve.

Harry ficou pensativo por alguns segundos antes de respondê-lo.

- Dias nublados... - a cada vez que falava, ele pausava para pensar, enquanto um sorriso pequeno crescia em seu rosto. - O cheiro da minha mãe cozinhando no Natal, o pôr do sol, passar tempo com meus amigos e família, aprender algo novo e... - Deu uma pausa maior. - Flores.

Seu Harry. Aquele era seu Harry. Louis queria tanto se aproximar e abraçá-lo.

- Qual sua flor favorita? - Ele se conteve a perguntar.

- Tulipas. - O cacheado respondeu.

O príncipe teve que conter o sorriso grande demais que quis surgir em seu rosto. Aquele era exatamente seu Harry. Louis queria tanto que houvesse uma maneira de fazê-lo lembrar.

- E você? Do que gosta? - Foi a vez do cacheado perguntar.

Louis queria poder ser o romântico bobo que era na presença de Harry e responder "você". Mas sabia que não podia, então se pôs a pensar em outras coisas.

- Andar a cavalo, vinho, - o príncipe sentia um pouco de falta de Dallas, seu cavalo e do vinho de sua época. - O som dos pássaros cantando pela manhã, comer frutas recém colhidas treinar com minha esp-

Louis arregalou levemente os olhos ao perceber que estava falando mais do que deveria.

- Er... não sei, algo assim. - Tentou desconversar, mas ainda conseguiu ver a expressão confusa de Harry antes do mesmo desfazê-la. - O que é aquilo? - Procurou distraí-lo apontando para algo sobre a mesa de centro.

- Meu xbox. - Harry respondeu olhando para o lugar indicado.

- X o que? - O príncipe não o compreendeu.

- Xbox, meu console de videogame. - O cacheado explicou. - Nunca jogou?

Louis negou com a cabeça e logo Harry se moveu, ligando a televisão e o tal xbox. Ele pegou dois objetos brancos e estendeu um ao príncipe.

- Então vamos, vou te ensinar a como não jogar Fifa. - Harry sorriu para ele.

E foi assim que a tradição nasceu. Harry passou a tentar ensiná-lo a como jogar e eles ficavam por algumas 3 horas jogando no apartamento do cacheado quando chegavam da cafeteria. Ele era um bom professor, mas Louis ainda era péssimo naquilo.

Hastings | larry auOnde histórias criam vida. Descubra agora