10° capítulo

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O dia amanheceu acordei nos braços de Bob, levantei fui ao fundo da caverna lavar o rosto, cheguei lá e revi toda a cena de Rafaela flutuando enquanto a água se tingia de um vermelho vibrante, terminei de lavar o rosto e voltei, acordei Bob pois Tamily e Lucas já estavam acordados, como sempre saímos de manhã após comer algumas frutas e castanhas. No meio do caminho puxei Bob e falei que queria ver aonde ele havia achado aquele trevo e assim foi feito.
Terminamos de olhar as armadilhas, tínhamos pego pássaros e alguns coelhos, estávamos voltando ele me puxou e trocou o caminho, confesso que estava com medo, a todo momento eu olhava para minha faca sempre averiguado se ela estava ali, o meu pensamento me levava a realidades onde Bib tentava me matar e nós éramos obrigados a lutar, eu naquele momento não acreditava em ninguém, e em meios aos meus pensamentos me veio uma teoria do que realmente seria a prova.
A prova seria termos que nos matar ou sobrevivemos até sobrar apenas dois de nós, continuei andando atrás de Bob, minha mão sempre próxima a faca. Bob parou de uma vez, como estava muito perto dele dei de cara em suas costas, resmunguei com ele que me respondeu.
- bem, para de resmungar, você não queria ver aonde eu passei o tempo ontem aqui estamos.
Olhei em volta e vi um lindo tapete verde cheio de trevos, flores e entre outras plantas que deixavam aquele lugar um pedacinho de céu.
- Bem era para ser uma surpresa só que como vc não esperou não deu tempo de terminar. Disse Bob me puxando pelo braço.
Andamos pouco chegamos no meio do tapete verde, lá havia uma pequena armação para o que seria uma cama, em volta pequenas tochas que serviriam para iluminar, Bob olha e diz que estava arrumando aquilo para passarmos uma noite ali para amenizar a tensão sobre a equipe, seria uma espécie de luau.
-ótimo, adorei a ideia, vou te ajudar a concluir esse lugar pata fazermos o luau.
- não sei se ainda quero fazer, ontem depois que dormimos eu tive um sonho com Rafaela e com Marcos, um sonho não tão bom, acordei desesperado olhei para você que continuava dormindo e comecei a pensar até que tive uma conclusão.
- qual?
- acho que nesse jogo apenas um casal pode sair vivo.
- hoje enquanto andava essa teoria veio em minha cabeça, e essa teoria explica o porquê dos ataques.
Conversamos e vimos que já estava na hora de voltar, andamos até o acampamento, chegamos lá é Tamily e Lucas já estavam comendo, sentamos e comemos sem falar sobre a conversa que havíamos tido ainda pouco, terminamos de comer e decidimos deitar um pouco pois a vigília de noite havia ficado mais longa e isso nos deixava mais exaustos, e como sempre enquanto um grupo dormia o outro vigiava.
O tempo passou e chegou nossa vez de vigiar, estávamos sentados em frente à entrada da caverna escutamos alguns barulhos, sabíamos que não seria animais pois havíamos feito armadilhas para eles, corremos e chamamos os outros dois que estavam dormindo, sabíamos que naquele momento estávamos fracos e não poderíamos lutar de igual pra igual, nem sabíamos se eram eles mas começamos a pensar, Tamily e Bob optaram para fugir, Lucas optou por ficar e lutar, agora dependeria de mim, uma parte de mim queria lutar para vingar a morte de Marcos e Rafaela porém a outra parte de mim sabia que eu perderia a luta, fiquei em dúvida até que finalmente decidi que sei a melhor fugir pois o grupo ainda estava exausto e não sairia são, sem falar que o psicológico do grupo já estava pior que as condições físicas.
E assim foi feito, decidimos que na primeira oportunidade que conseguíssemos passaríamos por eles, então três pessoas entraram caverna adentro, todas com facas e de roupas pretas que cobriam todo seus corpos.
Nós quatro pegamos nossas facas e ficamos em linha reta, olhamos para as três pessoas que não fizeram sinal de que iriam correr, percebemos que iríamos ter que lutar, e assim aconteceu. Com o coração acelerado nos entreolhamos e fomos na direção dos invasores, e a luta começou, Bob, Lucas e eu tínhamos duas facas cada, pois havíamos pego dos mortos, a luta começou às facas repudiam a cada golpe que dávamos na tentativa de acabar com a vida um do outro, após alguns minutos se passar Tamily conseguiu sair porta a fora segurando sua faca, de dentro da caverna conseguia ver ela correndo até desaparecer mata a dentro, a luta continuava, Lucas acertou um golpe em seu adversário que por um momento caiu e claro como combinado Lucas saiu correndo mata a dentro, sobrou eu e Bob, contar os três indivíduos. Um estava com a perna sangrando pelo golpe de Lucas e não podia se mexer muito o que facilitava a nossa fuga, a luta continuou, passaram uns cinco minutos já estava ficando cansada e meu adversário percebia isso, olho para Bob que ainda lutava freneticamente pela sua vida, volto a encarar meu adversário que vem para cima de mim e tenta me acerta, consigo desviar porém caímos no chão, ele por cima de mim, tanto minhas facas quanto a faca dele caí no chão longe de nós, com nossa queda aquela luta seria a mais pura resistência.
Tento me livrar da pessoa que estava em cima de mim, ela começa a me esmurrar, tento proteger a cara com os braços enquanto lutava para sair daquela situação, depois de tantos socos começo a ficar tonta, sinto as mãos da pessoa em meu pescoço, começo a sufocar o desespero bate junto de algumas lembranças, lembranças do que disse a Bob, olho para ele e vejo que ele não poderia ajudar também pois se desse um passo em falso seria esfaqueado e nós dois morreríamos ali.
Essas lembranças me fez querer viver, viver para construir uma família com Bob, viver para sair daquela inferno e ter uma vida tranquila com os filhos e netos. Agarro os braços do meu sufocador, tento tirar as mãos dele de mim, porém a falta de ar me deixa fraca, com as mãos palpei em volta até achar uma pedra, pego e bato com toda a força que tinha na cabeça do meu agressor, ele caí subo por cima dele e num surto de histeria começos a macetar a cabeça dele com a pedra, quando volto a mim estou banhada de sangue, já não sabia o que fazer, havia matado um homem, havia me tornado uma assassina. Escuto um grito olho e vejo Bob derrubando seu adversário com uma facada e me chamando para irmos, saímos da caverna correndo, eu ainda não acreditava no que eu tinha feito, aquilo que fiz era atitude de psicopatas eu havia me tornado um monstro.
Chegamos em frente ao rio aonde tinha ficado a primeira vez com Bob, paro de correr e sem pensar muito me jogo na água, me lavo o sangue que até a pouco estava quente começa a tingir a água cristalina em vermelho, a água me lembra da cena de Rafaela morta boiando que me faz lembrar de Marcos cheio de estacas em seu corpo. Começo a chorar, Bob entra na água me abraça e me ajuda a me limpar.
- não podemos demorar, temos que encontrar os outros antes do anoitecer.
-Mas aonde vamos encontrar eles? não combinamos um lugar! Disse a Bob ainda dentro de seu abraço enquanto começava a me acalmar.
- Lucas sabe do campo dos trevos, ele estava me ajudando porque também gosta da Tamily, provavelmente eles foram para lá.
Saímos da água e começamos a andar, meu coração ainda estava acelerado, o medo havia aumentado e para piorar minha cabeça estava uma confusão, Bob agarra minha mão e tenta me acalmar, chegamos ao lugar de mais cedo, andamos de vagar para olhar e ver se não havia ninguém diferente e o que vimos foi surpreendente, Lucas e Tamily estavam abraçados se beijando, decidimos não atrapalhar eles e saímos dali para um lugar diferente.

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