|Capítulo 8|

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Tranquei a porta dos fundos, enquanto com uma toalha cor de rosa secava as pontas das minhas madeixas

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Tranquei a porta dos fundos, enquanto com uma toalha cor de rosa secava as pontas das minhas madeixas. Chutei a lata de lixo até que ficasse embaixo da bancada onde guardávamos alguns materiais de limpeza e guardei a vassoura que estava perto da saída.

Fui em direção à sala e ouvi a buzina do carro de Tiago, parado em frente minha casa. Abri a porta e acenei.

— Vou abrir a garagem! — gritei. — Aí tu não precisa deixar o carro do lado de fora. — Desci correndo os pequenos degraus e fui até o portão da garagem, com o controle remoto do portão na mão.

Assim que estacionou, fechei a entrada e esperei que ele saísse do veículo. Carregava uma mochila, uma pasta e a sacola com a comida.

— Quer ajuda? — ofereci.

— É bom, né?

Segurei a bolsa das comidas, óbvio, e ele me seguiu até a parte interna da casa.

— Vou pôr isso aqui na cozinha — avisei.

— Vou deixar minhas coisas lá no canto do Edu. Já venho.

— Beleza.

Nos separamos e cada um foi fazer o que havia dito. Estava acostumada com a presença de Eduardo em casa, então era um alívio que Tiago estivesse comigo. A casa era grande demais para minha pessoa miúda ficar sozinha.

Estava acabando de pegar os copos e deixar sobre a bancada quando ouvi o barulho dos chinelos Havaianas. Meu amigo carregava uns papéis na mão.

— Que é isso? — Estiquei o pescoço.

— Lembra que eu falei que tinha um negócio pra mostrar?

— Tiago eu não lembro nem o que eu comi no almoço. Para de ser enigmático — falei.

Ele abriu a caixa de pizza e pegou um pedaço com a mão, sem nem esperar eu estender o prato a ele. Depois, com a que estava limpa, virou o papel para mim.

— Lê e me diz o que você acha.

— É uma música?

— Uhum. — Estava com a boca cheia.

Eu queria que você soubesse menos de mim — comecei —, não queria ser ingênuo, mas me perco no fim. E em todas as palavras que eu insisto em te mostrar, em todos os momentos você vem me atormentar.

— O que acha?

— Calma, ainda não acabei de ler. — Continuei encarando o papel. — Nossa, Tiago. Parece que você escreveu isso aqui, nadando nas próprias lágrimas.

— É o que você acha? — questionou, parecia desapontado.

— Não. Quer dizer. Ah, você sabe que eu sou sincera. É bonito, mas com um olhar técnico eu daria uma nota nove.

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