CAPÍTULO SETE

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Hoje é o grande dia. O dia em que deixo minha cidade para trás e vou morar em uma cidadezinha pacata chamada Moon City, no interior do Colorado. Lá chove todos os dias no mesmo horário, o que é bem bizarro, mas o Leonardo disse que o clima de lá é bom. Sinto falta da mamãe, ela amava mudanças.

Já está tudo pronto. Os móveis estão cobertos com lençóis, as minhas coisas estão empacotadas e o Leonardo está levando a última caixa para o trailer. Estou observando tudo pela sacada e lembrando dos momentos que tivemos aqui e a falta que a minha mãe faz, não consigo nem imaginar o que vai ser de mim daqui pra frente. 

Minha relação com o Leonardo melhorou muito, ele cuidou de mim e me ajudou nos últimos trinta dias a melhorar e a passar por esse momento, mas mesmo assim eu não consigo superar e absorver o que aconteceu. Acho que não vou digerir tão cedo.

— Mari tá na hora de se despedir e seus amigos estão te esperando. — Disse o Léo.

Assenti e então desci para me despedir das minhas amigas e do Vector. Abracei cada uma delas, a Tifanny, a Elizabeth, a Summer, a Hope e a Victória. 

— Vou sentir falta de todas vocês meninas e dos nossos momentos de loucura no shopping. — Dei uma leve risada.

— Também vamos. — Disse Summer. 

Sorri e chamei o Vector para conversar em um canto afastado. E o abracei muito forte.

— Eu amei todos os nossos momentos juntos. — Ele disse triste.

— Eu sei… 

— Sinto muito por não podermos continuar juntos, você é ótima, a melhor de todas as namoradas do mundo. — Me afastou um pouco e me olhou nos olhos. — Eu te amo, Marianna. Jamais se esqueça disso. — Sorriu.

Ah como eu amo esse sorriso.

— Eu também te amo muito e obrigada por tudo, você é incrível e eu nunca vou te esquecer. Quando eu vier visitar, prometo que teremos alguns momentos juntos. — Sorri e então o beijei. Um beijo de despedida, calmo e intenso. 

Tentei esconder uma lágrima, mas ele me abraçou e me beijou mais uma vez. 

— Adorei nossa despedida e quero replay. — Sua voz grave sempre me faz arrepiar, então dei um sorriso e um leve tapa em seu ombro.

— Você é um pervertido, mas também amei nossa noite.

Demos mais alguns selinhos e então voltei para onde todos que conheço estavam reunidos.

— Então é isso. — Suspirei. — Tchau família, tchau amigos, tchau Mamãe! — Disse emocionada e rapidamente passei a minha mão em meu rosto limpando com um pouco de agressividade aquela lágrima que me fazia lembrar minha falecida mãe e da dor que estou sentindo ao abandonar esse lugar.

Terminei de me despedir, peguei meu fone e minha mochila e então entrei no carro. Durante a viagem, optei por não conversar, pois eu sabia que terminaríamos falando dos meus sentimentos em relação às novidades que surgiram na minha vida, então coloquei os fones e fiquei escutando músicas enquanto observava a paisagem do caminho, que tinha árvores de todos os tipo, muitas plantas, montanhas e estradas. A paisagem perfeita para a garota da cidade aproveitar e admirar, mas cada quilômetro rodado e mais qualquer outra coisa que eu faça ou pense, lembra a minha mãe. 

O caminhão da mudança seguia atrás de nós. E durante a viagem tivemos altos e baixos: animais na pista, asfalto esburacado, falta de iluminação, motoristas loucos e suicidas que ultrapassaram durante as curvas. A viagem acabou demorando um pouco mais que o esperado, por causa das nossas paradinhas em postos de gasolinas para manter o clima.

A Herdeira da Lua [New Version // SLOW UPDATE]Onde histórias criam vida. Descubra agora