Flashlight [isulio]

21 ➡ You Change What I See

Cenas para maiores de dezoito anos estarão em itálico para caso não se sentir confortável poder pular sem objeções. Nada mudará no sentido da história.

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(Isabela's POV)

Meus olhos se abriram quando senti que estava sendo observada, sentindo-me estranha quando abri os olhos e não me deparei com meu quarto, como de costume.

Reconheci, em seguida, o quarto de Julio, deixando um sorriso escapar, mesmo que ele não ocupasse o espaço ao lado.

Seu cheiro, aqui mais forte, invadiu depressa meus pulmões, e mesmo que eu não quisesse, inspirar um pouco mais forte fora inevitável, como se meu corpo estivesse pedindo para guardar aquela essência caso precisasse dela mais tarde.

Sentei-me na cama, e uma cômoda extensa com apenas uma luminária adornando-a, era a única fonte de luz do ambiente escuro e silencioso.

- Pelo visto você acordou. - a voz de Julio soou repentina, atraindo meu olhar exploratório para o armário ao lado da porta, onde ele debruçava os ombros, com os braços cruzados. Estranhei ele estar sem camisa.

Seus músculos, tensos e flexionados, fizeram minha boca salivar e meus dentes apertaram meu lábio inferior. E, pelo seu sorriso provocante, ele percebeu.

- Nem havia percebido que estava dormindo. - disfarcei o meu olhar, olhando para minhas pernas, que por um acaso, estavam cobertas pelo edredom que cobria a cama.

- Digamos que você apagou no sofá. E eu te trouxe até aqui...

- Hmmm - balancei a cabeça, entendida. - E que horas são?

- Quase onze da noite - arregalei os olhos com o que ele havia respondido.

- Meu Deus! Eu tinha que ter ligado para o Gus. Ele deve estar furioso agora. - bati na minha própria testa, abominando o meu erro.

Eu havia prometido para Gus, que antes das oito da noite, eu ligaria para ele para que pudesse me contar as novidades da semana. Pelo visto, não aconteceu...

- Acredito que ele vai te entender, Isa. - ele deu de ombros.

- E por que você não me acordou? - olhei para ele com um olhar acusador, o que fez com que ele levantasse os braços em rendição.

- Eu e Zoe tentamos te acordar para que você pudesse jantar, mas ficamos com dó. Você dormia tão calmamente. - ele sorriu, parecendo se lembrar da cena, enquanto foi inevitável o sorriso que se abriu no meu rosto também. - Zoe e eu já jantamos, depois que eu fiz o jantar - não pude deixar de me surpreender com essa frase, fazendo-o rir - e ela já está dormindo.

- Dessa vez, eu posso te perdoar - ele riu, ultrajado.

Ele prosseguiu em minha direção, não demorando a ocupar o lugar macio ao meu lado.

- O que você estava fazendo parado ali no canto? - perguntei, agradecendo minha mente por ter me recordado desse fato.

- Apenas te observando - deu de ombros, mais uma vez.

- Ah, e planejava fazer o quê? Me molestar, Peña? - meu tom era divertido, olhando para ele com a sobrancelha arqueada. Meus ouvidos admiraram a gargalhada gostosa que ele soltou.

- Não faço nada que você não queira. - seus olhos apertaram um pouco quando encontram os meus, desafiadores.

- E quem disse que eu quero? - indaguei de prontidão e Julio esboçou um sorriso; provavelmente não pela pergunta, e sim pelo tom ainda mais desafiador que eu usava.

Sua língua umedeceu os lábios enquanto ele ponderava uma resposta. Um gesto simples, mas que, ao meu ver, era um ato extremamente sexy.

- Ah, você não quer? - sua voz preencheu o silêncio do ambiente, arrancando um espontâneo sorriso de mim. E eu não pude evitar estudar por um instante, a beleza em seu semblante pacifico. - Duvido muito.