Surreal.

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Depois do bilhete não consegui mais dormir, o bilhete me incomodava, lembrar daquela coisa me incomodava.

Eu vou acabar ficando louca.

E o que esta apenas começando?

Nem pra ser mais exato o bilhete serviu.

Queria falar com Aaron, dizer o que estava acontecendo, mas não tenho seu número, não sei onde mora, o que me resta é esperar vir.

Decido tomar um banho e ir ao cemitério ver Karl, infelizmente perdi seu enterro mas ainda sim queria ir lá.

Cheguei lá e vi uma mulher, ela me vê e sorri pra mim.

Era a sua mãe.

Seu olhar estava cansado, imaginei que não havia dormido desde o ocorrido.

- Você era especial pra ele - ela diz e seu olhar triste me comove, eu mal conseguia pensar em algo pra dizer - ele sentia algo por ti inexplicável - ela solta um pequeno riso - você seria uma ótima nora, minha querida. - ela então vem em minha direção e me abraça.

- Eu.. eu não sei nem o que dizer - falo baixo apenas a abraço mais forte, estou completamente sem palavras.

- Não diga nada querida, obrigada por estar aqui - ela olha pra mim e eu a enxugo suas lágrimas, a abraço de novo bem forte.

Ficamos ali por mais algum tempo, dizia baixinho o que precisava dizer a Karl e ela fazia o mesmo.

Quando já estava me despedindo dela, Annie manda uma mensagem pedindo pra que eu fosse lá, na hora relutei por que não havia aceitado o fato dela ter deixado Karl lá.

Mas tinha que deixar ela explicar.

Indo pra lá, passo pela viela onde tudo aconteceu, tudo tão normal por aqui.

Me arrepiei quando vi a marca do sangue de Karl no chão.

Corri dali porque estava sozinha e algo poderia acontecer.

Quando cheguei, me estranhei.

Era a primeira vez que tinha ido na casa de Annie, a casa por fora era enorme, parecia uma verdadeira mansão, mas a tintura era escura, as janelas estavam todas fechadas.

Era estranho.

Bati na porta e um homem abre, eu entro e ele me leva até onde Annie se encontrava.

Ele era bem estranho, não dizia quaisquer palavra, ela estava na sala e me recebe com um lindo sorriso.

Era impossível prestar atenção nela ao ver aquele cômodo.

Tudo era luxuoso ali, os móveis brilhavam de tão limpo e novo, pequenos abajures eram espalhados porém mal a conseguia ver.

As janelas estavam fechadas e as paredes eram pretas mas ainda sim, tirando o ar melancólico tudo ali era deslumbrante.

Ela se sentou e eu fiz o mesmo.

O sofá era macio e confortável.

- Olha, sei que está chateada comigo e com razão - ela fala séria.

- Eu só quero uma explicação plausível por ter o deixado ali.

- Eu estava disposta de alguma forma enfrentar aquela coisa Jane, mas quando você havia corrido, outra coisa apareceu e começaram a se atacar.

Eu não digo nada.

- Eu tentei puxar ele porém ele é pesado, então corri pra buscar ajuda, mas era tarde e eu não achava ninguém, a pizzaria que havíamos saído, já tinha fechado.

A Culpada.Onde histórias criam vida. Descubra agora