Partido.

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Dizer que o amor é uma droga é bem clichê, mas cara, o amor é realmente uma droga.

Meu irmão não come a dias, não sai, não faz nada.

Eu até me culpo por isso mas eu nãi me perdoaria se ele tivesse casado com alguém que a traia.

Hoje finalmente é o dia do evento, da festa mais esperada por Bea e por um bando de adolescentes e que Jake estava ansioso, mas hoje ele ficará aqui, em casa, não consigo fazer ele mudar de ideia, na verdade ninguém consegue.

Rachel veio atrás dele todos esses dias mas não a deixei passar, eu não sai de perto dele um minuto sequer, ele não quer ficar só de maneira alguma.

Bea tem me ajudado bastante, até Math veio conversar com ele, detesto admitir que a conversa deles adiantou um pouco.

Ontem fui ao salão e ele resolveu ir comigo, ele foi tão elogiado lá que achei que voltaria sem irmão, mas ele só dizia obrigado e colocava seus fones de ouvido de volta.

Ele realmente ta muito mal, e a unica coisa que posso fazer é ficar perto e esperar que o tempo cure o incurável.

- Jane não vai pra essa festa idiota - ele implora e segura a maçaneta da porta.

- Ela vai sim Jake, e você deveria ir junto, seria ótimo pra se distrair - Bea se intromete.

- Eu não vou, ela pode estar lá - ele olho pro chão e suspira.

- Qual o problema ? Vamos logo Jake - digo tentando o convencer a sair de casa.

- Não, obrigado, podem ir você, vou ir dormir - ele solta a maçaneta e vai pro quarto, sei que queria que ficássemos, mas agora eu quero ir, mereço um pouco de diversão também, depois desses ultimos dias.

Grito que o amava e que qualquer coisa era pra ligar, mas ele não diz mais nada, tranco a casa e vou a festa.

No carro está Math, Josy que é uma prima dele e Samira, o som está na ultima altura e Beatricce está mais animada do que nunca, chegamos lá e mal conseguimos passar, está totalmente lotado, muita gente bonita e bêbada, começo a ficar enjoada mas tento disfarçar, reconheço alguns amigos de escola e os cumprimento, Annie está aqui e me da um abraço bem apertado, conversava comigo como se nada tivesse acontecido novamente, as vezes acho que é puro cinismo, mas realmente não tenho certeza de nada.

Aceito beber, mas pouco, tem um cara me olhando, e eu olho também, ele cria coragem e vem falar comigo, ele é muito bonito, seu nome é Ronter, ele me convida pra ir em um lugar mais reservado, eu aceito, acho que o pouco da bebida já está subindo pros neurônios, e antes que conseguissemos sair de lá, aquilo aparece.

Aquela coisa que me atacou.

A que matou Karl.

Ver outra vez aquilo era muito maus assustador que a primeira.

Suas garras eram afiadas e aparentava estar muito mais forte, as pessoas correm mas eu fico parada, não tenho reação alguma, na minha mente vem o dia do primeiro ataque, Ronter então me puxa.

A coisa uiva e é muito alto, eu me escondo de baixo das mesas, e vejo ele matando conhecidos meus, me apavoro e começo a chorar, Ronter pede pra eu parar mas não consigo, aquilo então me vê, Ronter corre me deixando sozinha, tremo de medo enquanto aquilo esta me encarando, ele joga a mesa longe o que me faz entrar em pânico, não penso em mais nada, não resta mais ninguém lá, apenas eu e aquilo..

Vou encontrar com mamãe e papai hoje, esse será o meu fim .. e que fim.

A Culpada.Onde histórias criam vida. Descubra agora