XII - Girlfriend

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eu sei que tô demorando não me cancelem por favor
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Três dias depois

Callie e Arizona desceram do carro, agitadas. Era madrugada, elas não sabiam exatamente o horário.

Elas estavam dormindo profundamente na cama de Callie quando receberam uma ligação de Richard, que possuía um tom urgente na voz. Ele as mandou um endereço e ordenou que elas fossem para lá o mais rápido possível. Nervosas, elas mal dedicaram tempo para se organizarem, aparecendo no local combinado - aparentemente, um galpão - com as roupas nas quais estavam dormindo, jogando apenas um casaco por cima por conta do frio.

Encontraram uma operação policial já completa, com guardas uniformizados, policiais, detetives, e, por fim, Richard, que as aguardava com os braços cruzados e uma expressão séria. Assim que elas se aproximaram dele, ele começou a falar, sem nem mesmo esperar que elas se manifestassem:

- Encontramos Griffin Ford. - Disse ele, sem rodeios - Vivo.

Enquanto Callie erguia as sobrancelhas, em surpresa, para Richard, Arizona olhava por cima do ombro do capitão, analisando o que acontecia por trás. Ela conseguiu ver o milionário sentado sobre o capô de uma viatura, envolto em um cobertor cinza e grosso. Tinha o rosto machucado e aparentava estar mais magro. Estava sendo tratado por paramédicos e respondia perguntas a alguns guardas uniformizados, entre eles, Ben.

- Como? - Perguntou Callie.

- Recebemos uma ligação anônima que dizia ter uma atividade estranha por aqui. - Disse Bailey, se aproximando do grupo - Quando viemos averiguar, encontramos Griffin preso no galpão, juntamente a uma quantidade bem considerável - Ela arregalou os olhos e ergueu as sobrancelhas, enfatizando a palavra, indicando que realmente era uma alta quantidade - de drogas e armas.

Arizona variava o olhar de Callie, para Richard e Bailey, para Griffin, com um sorriso vitorioso. Ela ergueu as sobrancelhas duas vezes rapidamente para o trio que a cercava.

- Eu disse. - Falou ela, olhando especificamente para Callie, com uma expressão orgulhosa no rosto - Ele tá vivo. Eu disse.

Callie revirou os olhos, impaciente, mas com um sorriso divertido brincando nos lábios.

- Sim, você disse. Agora calada. - Respondeu, empurrando o ombro de Arizona; a loira, por sua vez, esfregou as mãos, numa tentativa de não só afugentar o frio que estava sentindo, como também de segurar sua animação. Ela fez menção de ir até Griffin, mas Bailey ergueu a mão em sua direção, impedindo-a.

- Agora não. - Disse a sargento - Ele está exausto. Está desaparecido há meses. Deixe-o absorver tudo que aconteceu e conversamos com ele quando chegarmos na delegacia. Ok? - Perguntou ela, ainda que seu tom não permitisse uma resposta contrária ao que ela sugeriu. Arizona resmungou e assentiu, concordando, voltando a ficar ao lado de Callie.

O quarteto foi na mesma viatura no caminho de volta para a delegacia, conversando sobre o que a aparição de Griffin poderia significar, trocando possibilidades e teorias. Richard, por fim, disse que provavelmente só conseguiriam respostas depois do interrogatório com a vítima, e que o mais indicado seria esperar pelo mesmo. As mulheres concordaram.

Assim que chegaram na delegacia, Griffin foi encaminhado para a sala de interrogatório, mas foi deixado de maneira confortável, sem algemas, com comida e água, e ainda com o cobertor; já Callie e Arizona se preparavam para questionar o milionário, lavando o rosto para despertarem.

Elas se direcionaram para a sala, sentando-se na frente de Griffin, a mesa cinza os separando. Por detrás do espelho de um só lado, esperando na sala ao lado, estavam Richard e Bailey, para supervisionarem o interrogatório; pelo vidro, eles conseguiam ver os três que estavam na sala de interrogatório, mas estes, por sua vez, não conseguiam vê-los.

Invisible Chains - CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora