Capítulo 6 - Bom ou ruim?

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Sehun estava sentado em uma cadeira, dentro da sala onde o Do estava em repouso, Kyungsoo estava dormindo enquanto Kim Jongin estava parado em frente à sua cama, o fitando como se com isso o menor fosse acordar.

— Que bosta você comeu hoje, Sehun? – perguntou em um sussurro. Sehun tinha uma enorme gaze no nariz, agora, quebrado, o local estava inchado e sua cara estava péssima.

— Como eu ia saber que ele tem alergia a amendoim, caralho? – estava puto, Kyungsoo estava inconsciente e seu belo nariz, quebrado — Eu que digo, que merda você comeu? Desde quando atira e perguntar depois? Porra...

Jongin virou-se para ele, andando em passos rápidos até chegar perto, apontando o dedo.

— Você nunca prestou! - o Oh ficou surpreso.

— Já se olhou no espelho? – alterou a voz, talvez Kyungsoo não acordaria tão facilmente, os remédios eram fortes — Você sai, beija várias bocas, transa com várias mulheres, trata mal seus funcionários e eu que não presto? – estalou a língua — Eu vou embora, não vai dar certo eu ficar aqui, já que pelo visto vai ficar igual urubu na carniça esperando seu funcionário acordar.

A porta bateu com certa violência, mas o Kim não se importou, Jongin voltou a fitar Kyungsoo em repouso enquanto sustentava uma expressão de raiva. Em um momento de lucidez lembrou que precisava avisar os pais do menor. Pegou seu celular, dando as costas para a cama e ligando para a secretária do prédio da Dancing Star Company, avisando que deveria avisar ao senhor e a senhora Do o estado do filho, mas que ele já estava fora de perigo.

Kim Jongin sentia suas pernas tremerem, sentou-se na poltrona um pouco afastada da cama tentando entender o turbilhão de sentimentos que o sufocava, só de pensar em algo de ruim acontecendo com Kyungsoo seu coração já ficava estranhamente apertado. Não demorou muito para os pais do menor chegar, sentiu-se um intruso, então os deixou a sós dizendo que a conta do hospital já estava paga, não era necessário enrolar por mais tempo ali.

Queria voltar para casa, mas ainda tinha algumas tarefas para fazer na empresa. Pegou o carro de forma preguiçosa e voltou.

— Até que fim! - o tempo que o maior ficar no escritório não foi suficiente para acalmá-lo. Choi Neri entrou sem bater o tirando de seus devaneios, ainda pensava em Kyungsoo.

Ergueu seus olhos para ela, sem esboçar nenhuma reação.

— Neri... – respondeu sem ânimo e a garota não percebeu, ela só continuou andando em sua direção, sentando-se em seu colo, cruzando as pernas e enroscando os braços em seu pescoço.

Jongin sentiu-se estranhamente incomodado.

— Onde estava? Falaram que saiu correndo daqui. Algum problema? - a forma como ela falava, mexia em seu cabelo, respirava... Tudo deixava o Kim incomodado.

Choi Neri percebeu que não receberia uma resposta, sorriu de canto vendo que ele também não a tiraria de seu colo, continuou acariciando os fios negros do maior, sustentando o sorriso nos lábios, desceu aos poucos para beijar os lábios dele.

— Parece estressado – ela disse simplesmente assim que afastou os lábios — Não quer relaxar um pouco? – ergueu-se para se acomodar melhor em cima do colo do Kim, com uma perna em cada lado dele, o abraçando melhor.

Jongin agarrou a cintura da gerente, fazendo certa pressão e carinho no lugar. Aceitou o outro beijo que ela lhe deu, mais sedento e íntimo.

Tudo naquele momento seria válido para tirar Kyungsoo da sua cabeça e as palavras de Sehun também martelavam ali dentro, mas ele não queria se importar com aquilo, queria apenas não se prender nos sentimentos estranhos que estava sentindo em relação ao funcionário baixinho de olho grande.

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