1. Ociosidade

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Oi oi! Essa é minha primeira fanfic, espero que vocês gostem!

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Outubro, 2020

A ociosidade leva o ser humano a diversos pensamentos. Dependendo do seu estado psicológico você pode usar seu tempo ocioso pra planejar seu dia, sua semana, ou até a sua vida; você também pode usar esse tempo pra gastar uma quantia exagerada de dinheiro que você não tem, ou você também pode questionar milhares de decisões que você tomou no passado e como as coisas teriam sido se você tivesse mudado o caminho. A ultima opção parece ser mais comum pra grande maioria das pessoas. É muito fácil deixar a cabeça viajar pra alguns momentos que não saem da sua cabeça por nada, nem mesmo se você tentar muito.

Assim que Bianca desembarcou o avião pelas escadarias e sentiu o ar quente do Rio de Janeiro bater no rosto ela soube que estava em casa. Era bom sentir o abafado do calor e o cheiro do lugar que à acolheu por dezessete anos. Nunca, nem se quisesse, conseguiria esquecer que aquele lugar era sua casa.

A mudança pra São Paulo pode até ter sido precoce e mal pensada, vinda de uma reação meio súbita e não pensada. Talvez a Bianca de hoje em dia tivesse repensado antes de aceitar a oportunidade. Repensaria a ideia de não fazer faculdade, de deixar a familia, os amigos, e principalmente, abandonar Rafaella.

"Vamo logo, boca rosa, parou aí porque? Anda minha filha!" Bom, se não tivesse se mudado também não conheceria Flay, sua parceira de encrencas, festas, e melhor amiga.

"Calma, Flay, tu tá com pressa porque? Ficar quase dois meses aqui, tu tem que apreciar tudo, olha esse ar e-

"Ô Bianca, eu tô é morrendo de calor aqui, vamo logo, quero conhecer a tua familia, teus irmão, os amigo, as peguete, tudo!"

Bianca revirou os olhos e desceu as escadas cuidadosamente, entrando no ônibus logo em seguida. Flay e ela tinham se conhecido logo no inicio da vida de Bianca em São Paulo. Tinha acabado de se mudar pro complexo de apartamentos onde moraria durante o concurso quando conheceu a nordestina. Ainda lembra do olhar zombeteiro que ela lhe deu ao ver a mala rosa que a menina carregava. Nem Bianca conseguia explicar as razões que a levavam a gostar tanto de rosa naquela época, era uma fissuração tão grande que até sua marca teve a cor no nome; apesar disso, a idéia do nome tem outras origens.

"Menina, que cidade mais quente é essa, pior que o meu nordeste, e olha que aquele lugarzinho é quente, viu?" Para Bia era quase impossível não rir estando com Flayslane, qualquer fala dela já provocava risos na empresária. O jeito de falar e a forma como ela gesticulava faziam tudo ficar mais engraçado; por isso que até hoje elas mantém essa amizade firme e forte, sem resquícios de rachaduras, como as outras relações de Bianca. "Me diz, o que a gente vai fazer primeiro? Pegar uma prainha nesse dia lindo? Encontrar suas amigas? Tomar um chopp?"

"Flay, tu ta cheia das idéia né, garota? Tu por acaso esqueceu que eu tô aqui pra ver o nascimento do meu afilhado e trabalhar? E tu também!" Bianca retrucou enquanto as duas esperavam as malas na esteira.

Bianca Andrade viajou pro Rio de Janeiro porque seu afilhado, filho do seu irmão, estava pra nascer em alguns dias. Aproveitou a visita pra fazer alguns trabalhos na cidade, e isso a ajudou a conseguir que Flay viajasse com ela, sem chances de colocar os pés no Rio de Janeiro mais uma vez sem a presença da amiga.

Quando Gabriel a convidou pra ser madrinha de Nicholas ela aceitou de cara. Tinha criado afeição por crianças durante o tempo que passou depois que se mudou e mal podia conter sua animação quando o irmão a visitou em São Paulo pra convida-la.

Muito tempo tinha passado desde a ultima vez que esteve no Rio. Suas experiencias logo depois que se formou no ensino médio e em algumas poucas visitas que ela fez à cidade a afastaram dali. Sentia-se culpada por alguns acontecimentos e não sabia como reagir, fugir e se esconder foi a melhor opção. Se refugiou na própria marca, que estava fazendo sucesso, se apoiou totalmente em Flay como melhor amiga, e tentou relevar o que acontecia no Rio de Janeiro. Entre as tantas coisas que ela queria evitar do Rio de Janeiro, a primeira delas era Rafaella. Não queria vê-la porque morreria de vergonha e ficaria sem palavras, de novo.

End Game  |||  RABIAOnde histórias criam vida. Descubra agora