"Eu, Rio de Janeiro
Rio de Janeiro a Janeiro
Eu rio
Só rio
sorrio."Lucas.
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"Eu, Rio de Janeiro
Rio de Janeiro a Janeiro
Eu rio
Só rio
sorrio."Lucas.
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Amélia e eu... Iremos nos divorciar. Essa frase martelava incessantemente em minha mente, roubando meu sono. À primeira vista, poderia parecer que eu estava aliviada com a notícia, mas, para ser sincera, a confusão reinava em meu coração. Metade de mim sentia uma estranha alegria, enquanto a outra parte lutava contra a culpa por me sentir assim diante do sofrimento alheio.
E se eu não conseguisse decifrar esse enigma emocional? Preferiria vê-lo ao lado de alguém que pudesse oferecer tudo o que eu não consegui, do que vê-lo sozinho. Ele não merecia isso.
Olhei para a poltrona ao lado, onde ele dormia tranquilamente, e me lembrei de que ele não havia compartilhado muitos detalhes sobre a decisão do divórcio. Quem havia tomado a iniciativa? Qual teria sido o motivo? A curiosidade me consumia, mas sabia que não era educado perguntar.
Peguei meu celular, que estava em modo avião, e coloquei os fones de ouvido. Comecei a procurar uma música na minha playlist e acabei escolhendo "So Beautiful", de Chris de Burgh. Enquanto a melodia suave preenchia o ambiente, meus olhos se perderam nas luzes que brilhavam lá embaixo. A música me envolveu, e, Entre pensamentos confusos, acabei adormecendo. Mais uma vez, eu me encontrava caminhando por aquele jardim florido, mas agora vestia um vestido da cor dourada dos girassóis ao meu redor. O tecido dançava suavemente com a brisa enquanto minhas mãos se estendiam, tocando as pétalas douradas que se abriam diante de mim, como se o mundo inteiro estivesse feito de luz e cor.
De repente, à distância, uma figura surgiu. Um homem estava sentado em uma cadeira, um livro nas mãos, sua silhueta em meio à claridade do sol filtrado pelas árvores. Não conseguia identificar seu rosto, mas algo na cena me prendia, como se ele fosse uma presença conhecida. Caminhei lentamente em sua direção, meu coração acelerando, e só quando estive bem perto, pude ouvir sua voz.
— A gente só conhece bem as coisas que cativou — disse a raposa.
— Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!Cativa-me!
Cativa-me!A sua voz se tornou um sussurro então senti meu corpo sendo sacudido.
— Acorda!
— Cativa-me! — a palavra saiu de meus lábios como um sussurro, então abri meus olhos, e vi Nicholas.
— O que você disse? — ele perguntou me encarando curioso.
— Ah nada! Eu só estava sonhando — sorri. — Mas o que aconteceu?
— Chegamos! — ele falou então me levantei rapidamente.
— Já estamos no Rio? — perguntei, não conseguindo esconder a animação na voz.
— Sim, estamos. — Ele sorriu, aquele sorriso tranquilo que eu já conhecia.
Saímos do avião e seguimos até o aeroporto, mas minha mente continuava presa ao sonho que acabara de ter. Aquelas palavras ecoavam na minha cabeça: "A gente só conhece bem as coisas que cativou." Era como se elas fizessem sentido, mas, ao mesmo tempo, não. Eu me perguntava o que significavam.
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REALIDADE PARALELA
Storie d'amorePriscila Silva Santos é uma mulher marcada por uma profunda depressão e baixa autoestima, mas encontra no amor de sua vida, Nicholas, sua única razão para viver. Totalmente dependente dele, ela constrói sua felicidade em torno da relação. No entanto...