Depois daquele episódio constrangedor na aula de história, o sinal da segunda aula tocou para a troca de turmas. Aula de Matemática.
Ainda na mesma sala, alguns alunos saíram e outros permaneceram, nem todos tinham a mesma escala de horários, o colégio era bastante dinâmico nesse quesito.
Por fim, agradeci aos céus que o grupinho de Alfa tinham saído para uma outra sala de aula, provavelmente de biologia.
Quando a professora de matemática entrou eu já me encontrava em desespero de nervosismo, batucava a carteira com o lápis, ansiosa para receber minha nota, eu precisava de uma nota boa.
Bom, minha família não tem muitas condições financeiras e acabo tendo que estudar com bolsa integral, mas para isso precisava obter notas acima da média sempre que possível.
Professora Thelma entregou as notas e suspirei aliviada vendo um +A estampado de caneta azul na folha.
- Como sempre você se saiu muito bem, Rafaella. - Thelma tocou de leve meu rosto, segurando um pouco meu queixo, para que eu erguesse a minha cabeça e olha-la.
Encolhi com o toque da Beta, eu não gostava de contatos físicos, o que chega a ser engraçado, normalmente os Ômegas são afoitos por contatos, carinho e atenção, naturalmente nosso corpo implora por isso. Mas eu não, não confiava em toques em gerais, não confiava nos Betas e muito menos nós Alfas.
Os Alfas são meu pior pesadelo, não consigo ficar perto de um sem querer morrer por dentro. Em especial, eu DETESTO os Alfas Lúpus, que por sorte (ou não) só existia uma na escola inteira e sim, era a Bianca.
Bianca não era ruim, pelo menos não aparentava ser, era bastante amigável com todos, com os Betas e Alfas principalmente, usava seus dotes de encanto uma vez ou outra, mas isso é costume deles. Porém, pra mim, Bianca não prestava e ponto.
- Você vai para casa hoje? - Manu me perguntou me tirando dos pensamentos.
- Não sei, Manu.. Meu cio começou essa semana e não sei se aguento me segurar por mais um dia, não gosto de ficar igual louca em casa. - Dizia lembrando das vezes que ficava trancada no meu quarto, tentando saciar a vontade que explodia dentro de mim.
- Você sabe que pode ficar lá em casa se quiser.
- Não precisa, eu juntei uma grana do trabalho e acho que consigo comprar um inibidor na farmácia.
- Rafa.. você viu que o novo lote veio danificado? Teve algumas mortes inclusive..
- Eu vi.. mas ainda sim prefiro me saciar sozinha do que ter que me entregar para um Alfa novamente.
- Tudo bem, você quem sabe.
[....]
Parei na porta da minha casa, pensando se realmente valia a pena adentrar ali no estado que estava.
Meu cio tinha completado 5 dias e por me conhecer bem, sabia que a partir do 6° as dores e as vontades ficam mais intensas.
Por que diabos eu fui nascer uma Ômega? Eu me odiava por isso! Ter sempre que depender de um Alfa para fazer exatamente TUDO, é angustiante.
Todo mês isso se repetia, esse ciclo de cio para um Ômega comprometido é fácil, ficam horas e horas em um sexo intenso com seu Alfa até completar as duas semanas de luxúria.
Mas para um Ômega solteiro? Haha, chega ser piada.. É a pior sensação de todas, os poros imploram por um toque, nossa líbido é vista a olho nu se duvidar, vibrações por todo corpo, cabeça dolorida, corpo inchado e muita dor na intimidade.
Inferno! Inferno!
Entrei em casa e tratei de subir logo para meu quarto, todos ali já sabiam que estava na minha semana e não ousavam tentar falar comigo. O estresse era nítido.
Meu corpo já estava totalmente vulnerável, quente, fervendo, o cheiro de desejo explodia em gotículas na minha pele. Era agora. Eu precisava de algum toque.
Tirei toda minha roupa e corri para o banheiro, ligando o chuveiro em seguida deixando a água fria cair sob meu corpo inteiro, na esperança de tentar amenizar aquilo. Mas óbvio que não melhorava em nada, eu teria que fazer.
Com dificuldades devido a situação que meu corpo se encontrava, encostei-me na parede enquanto descia minha mão entre minhas pernas e no primeiro toque a minha intimidade, um gemido rasgou minha garganta.
E vamos lá, mais uma noite sem dormir para conseguir saciar a sede de uma Ômega.
Bianca POV
Depois da aula de história, nós tínhamos biologia, com isso deixamos a sala para nos dirigir a outra turma.
Tentei ignorar o que tinha rolado mais cedo com Rafaella, provavelmente a garota estava com seu aroma aflorado e tinha despertado meu instinto interior, nada de grandioso visto que fazia tempo que não tinha relações com ninguém.
- Acorda, jumenta - Flay me bateu de leve no ombro para que eu levantasse a cabeça e a olhasse - Já tocou o sinal, vamos pra casa?
- Vamos, mas preciso passar na sala da professora Thelma primeiro.
- Que? Selma? Quem é Selma? - Disparou Mariana ao ouvir nossa conversa.
- THELMA, MARI!
- THELMA, MARI! - Eu e Flay falamos juntas, gargalhando em seguida.
Era por essas e outras que Mariana era a única Beta que andava com a gente, o bom humor era um quebra gelo vez ou outra.
Passando por aqueles corredores lotados de adolescente, acabei por ter de escutar várias conversas sem nexo, até que parei em frente a sala onde a professora de matemática se encontrava.
Já falei que os Alfas tem uma ótima audição? Digamos que conseguimos ouvir qualquer conversa que esteja próxima a nós, contando que prestasse atenção.
Com isso, pude ouvir Manoela e Rafaella conversar sobre alguma coisa relacionada a inibidor, que é um aparelho do mercado em que ajuda os Ômegas a se satisfazer em seus ''momentos" porém, é bastante perigoso, como o aparelho de sucção e vibração é usado com muita frequência, várias vezes ao dia por um Ômega no cio, acaba que danificando e estragando o produto, vindo então com correntes elétricas que resulta em machucados e até óbito.
Bingo! Eu sabia que Rafaella estava no período fértil, o cheiro de mulher não negava.
Seria interessante brincar com a mesma esses dias, não é?
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Oi xuxus! O que tão achando? Me digam!!! Ainda estou desenvolvendo a história para melhor levar a vocês!
Um bjin.