OI NENÉNS. Como estão? antes do capítulo vim divulgar que criei um CC para que vocês entrem em contato direto comigo para sugestões, para plots, enredo e até amigar hahaha
https://curiouscat.qa/rabiazinhawn
Se sintam a vontade <3.
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BIANCA POV
Já faziam mais de 3O minutos quando me dei conta de que Rafaella evaporou e provavelmente desceu no ralo do banheiro, não ouvia nenhum ruído sequer mas a luz ainda se encontrava acesa, a porta trancada e um calor absurdo preenchia os cômodos próximo ao local.
O pensamento de "Não vá atrás." reinava na minha cabeça, juntamente com o "Vai ver o que aconteceu.'' entrava em colapso na minha mente, estava em uma via de mão dupla.
– Quer saber? Foda-se. - Resmunguei sozinha levantando do sofá da sala de estar. - Agora que tá ruim, tá top.
Andando em direção ao lavabo eu podia sentir o aroma que a loira deixava exalar em minha residência, o cheiro doce e forte da Ômega me batia no rosto cada vez que me aproximava, havia luxúria e pecado envolvidas na sua fragrância. Entrava em êxtase.
De frente a porta branca, eu me encontrava ali, parada, somente
respirando fundo aquele bendito suor carregado de essência que a pertencia. Dei dois toques na porta, agora tentando controlar a vontade que me chacoalhava de fazer o que fiz no banheiro da escola. Calma Bianca, calma.– Rafaella? Morreu?. - A garota nada disse. - Estou preocupada, não quero ser responsável por crimes, sabe? E se você tiver morrido e a polícia chega aqui e..
– Cala a boca, eu estou bem. - A loira me interrompeu, a voz estava distante e baixa, quase em um sussurro.
– Bem? Você está aí faz mais de 3 dias.
– Deixa de ser exagerada. Estou passando mal. - A voz descompassada da mulher a entregava naquele momento. Oh, ela estava em seu ciclo.
– Humm, certo, quer ajuda?. - Provoquei na esperança que ela cedesse minha lábia.
– Não, de novo não. - Rafaella quase que implorou em seu tom dito. - Na verdade, sim, me traz um copo d'água?
Nada disse e dei meia volta para buscar quase correndo a água pra mulher, peguei a garrafinha de VOSS que estava na geladeira e voltei em segundos para o mesmo local.
– Olha, não dá pra atravessar a garrafa na porta, você vai precisar abrir. - Disse em tom de brincadeira, para descontrair um momento que havia pairado ali.
Eu não iria tentar nada com Rafaella, não de novo, pude perceber o quão constrangida e invadida ela ficou no dia da escola, era visível e além disso, ela fazia questão de me cuspir com palavras como fui uma verdadeira babaca.
Não sei porque, mas algo me diz que preciso ter cuidado com a Ômega, como se fosse dada uma missão a mim, como se só dependesse disso. Esquisito, não? Eu também acho.
A maçaneta na minha frente girou lentamente, revelando uma mulher com o rosto avermelhado, o rubor do rosto estava altamente exalado ali, seus cabelos assanhados e seu corpo desfalecido. Ela não me olhava, de cabeça baixa apenas esticou seu braço e de prontidão sei a garrafa em suas mãos.
– Rafa... eu não vou tentar nada com você, okay? Se você quiser, suba pro meu quarto, eu fico aqui em baixo. - Tentei passar a maior segurança e confiança para a mulher que estava em seu momento mais frágil. - Você precisa de um lugar confortável.
– Bianca, não... - A mais velha relutava em vão, era notável o quão exausta ela já estava somente naqueles 40 minutos.
– Por favor? Olha seu estado, não rola você ficar aqui nesse ambiente, você precisa de espaço, de uma cama, de ar, de vento. - Naquele momento eu tentava controlar todo meu extinto Lúpus que gritava para rasgar a roupa daquela mulher e poder proporcionar todo prazer que seu corpo implorava. - Vem, vem comigo.
Estendi a mão para a garota e a mesma com receio tocou de leva a minha palma, entrelaçando nossos dedos de leve, num pedido mudo de socorro.
Eu nunca havia sentido aquela sensação, de proteção, de cuidado, de ter carinho. O meu sangue fervia sob minha pele mas meu coração estava cheio demais, derramava atenção, explodia de diversas formas que ainda não consigo identificar.
O que seria isso?
A puxei de leve, em direção ao meu cafofo e a mostrei a direção de onde a mesma devia ir.
– Obrigada. - Ela segurava o choro naquele momento, seu corpo vibrava perto do meu, eu podia sentir a tensão sexual estabelecida por nós duas, mas o respeito estava intacto naquele momento.
– Não precisa disso. Tá? Eu sei o quanto deve ser doloroso pra você.
E sabia, há anos pude conviver com minha mãe, mulher Ômega que era constantemente traída por meu pai, Alfa Lúpus. Eu via tudo calada, sem poder protestar, o desespero da mulher e a sensibilidade que ela carregava em seus dias de cio, enquanto meu pai só chegava em casa 3 dias depois, virado.
Talvez esse meu cuidado com Rafaella tenha sido por causa disso, quem sabe? Talvez.Fechei a porta do meu quarto e deixei a mulher se aconchegar no espaço, ela precisava. E eu precisava fazer com que ela se sinta segura.
Rafaella havia despertado em mim, naquele momento, um sentimento que eu só havia nutrido por minha mãe, sentimento esse que obviamente era diferente, porém com o mesmo cuidado e significado.
Cuidado.
Ao ver a mulher nas mãos daquele homem, pude notar o quão frágil ela era, que sua pose de mulher durona e de Ômega firme era só pra esconder seus piores traumas e medos. Ela precisava daquele ar para que não caísse por terra novamente, agora resta saber o porquê.
Ela era a própria dona, empoderada, diferente. Ela não necessitava de Alfa, não necessitava de Beta, ela se bastava.
Diferença.
Rafaella exalava diferença. E eu amava o diferente.