Beauwang Um Amor Inesperado

Capitulo 7 - Vídeo.

Pov's Krystian

- Já se passou uma hora, e ainda estamos aqui, algumas pessoas informaram Sina que a polícia já estava ao lado de fora da escola, porém o atirador, ou atiradores ainda estão dentro da escola, e os polícias precisam evacuar por partes a escola -

- Eu acho que nunca fiquei com tanto medo, eu não quero perder meus amigos. Aqui na sala o medo realmente tomou conta de mim e de todos dentro dela, o silêncio é amedrontador, mas, o que não sai da minha cabeça foi o que Bailey disse, não sei se foi uma desculpa esfarrapada, ou se ele disse a verdade, se for pra eu morrer, que pelo menos seja escutando a verdade dele. -

- Eu logo me sento, pois estava deitado na perna de Noah. -

- Tudo bem? -Noah me pergunta com um semblante preocupado.

- Sim. Eu... Eu só te amo ok? Você foi a melhor pessoa que eu pude conhecer, e se eu morrer hoje, saiba que você fez cada dia da minha vida valer a pena. -Eu digo enquanto fitava os olhos esmeralda do mesmo.

- Eu também te amo, e não diz isso, vai ficar tudo bem, você vai ver, vamos todos sair daqui com vida, sem nenhum arranhão, eu prometo. -Ele diz passando a mão sobre minha bochecha.

- Meu maior desejo é encontrar alguém como o Noah um dia. Infelizmente nós não nos damos bem como casal, isso realmente é uma pena. E tipo eu sei que ele gosta de mim ainda, e talvez eu goste dele um pouco, mas não suficiente pra isso dar certo, e eu não quero machucar ele. -

- Vem aqui! -Ele tira o celular dele do bolso e entra na câmera.

-O que está fazendo? -Eu pergunto.

-Eu sei que nada vai acontecer com a gente, mas se caso acontecer, quero que as pessoas vejam isso.

- Alguém tem alguma coisa pra dizer? -O Noah pergunta enquanto coloca seu celular pra gravar.

-Eu! Eu tenho. -O Josh responde, e vem agachando pro outro lado da sala.

- Vejo o Noah revirar os olhos sem que Josh perceba, mas então ajustou o celular pra gravar Josh a sua frente. -

- Eu te amo Mãe, obrigado por... Por tudo, e eu sei que nem sempre eu te digo isso, mas você me ensinou muito apenas do que passamos. -O canadense diz, enquanto lágrimas escorriam de seus olhos.

- Eu também tento algo a dizer. -Any vem agachada sentado ao lado de Josh.

- E-Eu tenho um fundo falso na gaveta da minha mes-sa, se procurar lá em baixo tem um diário-o, com um monte de músicas que eu escrevi. Eu nunca contei a ninguém, mas tenho muito orgulho delas-s. -Diz ela em meio a lágrimas e soluços.

- Eu também quero falar. -Bailey diz, ele levanta e caminha até mim, sentando em minha frente, Noah então vira a câmera pró mesmo.

- Maya? Eu amo você! -Ele diz e começa a chorar descontroladamente, então coloca sua mão sobre seu rosto.

- Eu nunca vi Bailey desse jeito, além de ser completamente agressivo, nunca pensei que algum dia veria o Filipino chorar ou dizer que ama alguém, ele é cheio de surpresas. -

- Noah, Aqui por favor. - Lamar diz do outro lado da sala, e Noah vira o celular pra ele. - Mãe? Pai? Eu amo Vocês!

- Heyoon que estava próxima da gente pega o celular de Noah e começa a falar enquanto lágrimas caiam de rosto vendo a cena de nossos amigos a nossa frente. -

- Se alguém um dia ver isto, nunca deixe de acreditar em si mesmo.

- Joalin então pega o celular da Mão da Heyoon. -

- Oi mãe e pai, eu queria que soubessem que eu amo vocês, e que esse ano estava sendo o melhor da minha vida, por mesmo que não pareça que seja. -Ela diz em lágrimas.

- Gente, melhor desligar isso. -Sina diz com os olhos cheios de lágrimas.

- Krys? Quer falar algo? -Quando ele aponta o celular pra mim, eu pego da mão dele, e desligo o celular.

- Ei porque fez isso Krystian? -Noah pergunta.

- Está ouvindo? -Eu pergunto enquanto fito a porta.

- O que? -Josh pergunta.

- Esses passos? -Eu respondo.

- Todos fizeram silêncio enquanto seus olhares estavam fixados na porta, ouço os passos ficarem mais altos a cada movimento. Alguém estava correndo do lado de fora, e quando pararam ficaram de frente a nossa porta. Dava pra ver a sombra da pessoa e ela tentou forçar a porta pra abrir mas como estava trancada, a mesma não conseguiu entrar. Depois disso saiu correndo, e ouvimos mais um barulho de tiro.

- Todos nós nos assustamos e decidimos ficarmos pertos um dos outros, só que dada a situação recente  Bailey estava me incomodando muito. -

-Isso nunca vai acabar? -Hina questiona.

-É melhor estarmos aqui dentro protegidos, do que lá fora correndo perigo. -Lamar diz.

-Você tem razão, pelos menos provisoriamente estamos seguros aqui dentro, a porta está bloqueada e temos um banheiro.

- Mas dada as circunstâncias não temos o que comer, isso é um problema. -Joalin diz.

-Se demorar muito para sairmos, eu posso sair pra tentar pegar comida. -Bailey sugere.

-Qual é a sua? -Eu pergunto franzindo a sombrancelha.

-Como assim? -Ele me olha confuso.

-Você fingindo ser uma boa pessoa! A algumas horas atrás você estava pronto pra me bater novamente, e estava me insultando. Agora quer pagar de bom cidadão querendo ajudar todo mundo?

-Eu só quero tentar ajudar... 

- Que nem você quis me ajudar no banheiro? Ou na sala de aula? Ou em todos os dias que você transformou minha vida em um inferno?

-Krystian? -Noah me chama a atenção, mas resolvo ignorar.

- Me fala Bailey? Qual é a sua? -Questiono novamente.

- Krystian para! -Noah chama minha atenção novamente.

- Krystian, eu sei que você está com raiva, e você tem total razão por isso, tanto por eu ter te agredido, por eu ter te derrubado, por ter feito sua vida um inferno como você diz, mas você não pode esquecer isso agora? -Bailey resolve falar.

- Esquecer isso? Pra depois que sairmos daqui você me tratar que nem um lixo de novo?

- Que saco você não pode deixar ele em paz? -Dessa vez quem fala é Josh quebrando o silêncio. 

- É claro que você vai proteger ele, você age pelas costas dele me ajudando, e na frente dele fingi que mal nos conhecemos. Não sei porque achei você havia mudado. -Respondo, e vejo o garoto me olhar com um semblante triste.

- Eu me levanto, e logo vou em direção ao banheiro, assim que adentro eu me tranco. Parando de frente do espelho, me olho e vejo meus olhos marejarem, e me permito chorar. -