Townwood, uma das cidades mais calmas e amistosas de Montana, um ótimo lugar para se viver, começa a ter misteriosos casos de lobos na região. A polícia chega nos locais e nota-se que , junto das pegadas de lobos, ha pegadas de humanos. A polícia s...
- Está tudo bem James? - Perguntei, pois ele parecia estar com dor.
- Não se preocupe meu anjo, vou no banheiro e já volto. - Naquele momento meu corpo inteiro gelou e se arrepiou, eu senti a Kalfie acordar por alguns segundos enquanto acompanhava James com os meus olhos, até que ele sumiu na porta do corredor.
- Como assim meu anjo, Anne? - Carl perguntou fazendo aspas com a mão.
- É que... assim... - Respirei, e pensei seriamente se era a hora de falar ou não afinal, ele havia soltado a bomba no meu colo e saído. - Eu sinceramente não sei.
- Será que ele está gostando de você? - Samantha perguntou se aproximando de mim, nós estávamos sentadas no mesmo banco.
- Espero que sim, Sam. - Me aproximei do ouvido dela e falei baixinho. -Talvez eu esteja gostando dele também. - Ela virou pra mim e deu uma risadinha leve.
- Espero que ele também esteja gostando de você. - Sorri de leve com o que ela falou mas, por dentro, eu estava explodindo de felicidade, eu realmente comecei a gostar dele.
- Mas Carl, você nunca chamou ela de meu anjo? - Disse mudando a atenção pros dois pombinhos.
Carl pareceu desconcertado com isso, parecia que ele gostava dela mas se escondia do fato. - Eu achei que ela não gostaria, achei que ela não sentiria o mesmo, achei que estaria deixando o James de lado. - Disse com sinceridade, olhei pra Sam e vi um sorriso leve em seu rosto, ela pareceu gostar.
James P.O.V.
Eu tinha a sensação de que meu corpo iria derreter, sentia como se tivesse corrido embaixo do sol por horas. Estava muito quente, e mesmo assim suportável.
Fui direto pra pia tentar esfriar meu corpo, passei uma boa quantidade de água no rosto e coloquei a cabeça embaixo da torneira e fiquei assim até o calor passar.
Quando eu levantei pra me olhar no espelho, vi meus olhos se tornarem vermelhos. O calor voltou mais forte do que estava antes. Absurdamente uma voz surgiu em minha mente.
- Hei Sigfried, hvor lenge. - Enquanto falava, o calor aumentava e podia sentir cada poro do meu corpo, cada centímetro de pele se contrair e relaxar, parecia que eu iria explodir.
- Vent, du er ikke Sigfried. - Novamente a voz veio e eu não sabia oque fazer, tentei fazer passar com água, passava por entre meus dedos e eantes de chegar na porcelana já evaporava, até que a água não encostava mais em minhas mãos. - Presentere deq sel, hva heter du?
- Oque está acontecendo comigo? - Questionei em pensamento e a voz pareceu entender, era uma voz forte e suave, como se fosse uma tempestade. A voz daquela cara da casa da Anne era como um trovão, essa era a cena inteira. Eu me sentia dentro de um furacão, eu sentia dor e alivio, raiva e tranquilidade, amor e ódio. Dei dois passos pra trás e pude ver a forma de um lobo, mas não aparentava ser um lobo normal.
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- Você inglês? - Esse ser pareceu entender minhas palavras.
Tentei questionar sobre oque ele era mas, só recebi o silêncio. Fiquei uns segundos escorado na parede atrás de mim, aos poucos comecei a sentir uma agonia na espinha, parecia vir da cintura. Oque era uma agonia se tornou dor, uma dor incontrolável, não havia sentido dor igual minha vida toda.
Involuntariemente, uma descarda passou pelo meu corpo, me levando a dor um soco no espelho deixando-o todo estilhaçado. Em seguida o calor voltou, olhei pra minha mão e senti o machucado queimar, olhei novamente e já estava cicatrizado.
Assustado, tentei passar um pouco de água em meu rosto, quando eu encostei na torneira, senti ela derreter em minha mão. Imediatamente abri a porta pra sair do banheiro, no mesmo momento eu pude escutar um estrondo.
O espelho havia caído encima da pia, a quebrando. Aonde o espelho estava, havia um buraco, como se tivesse ocorrido uma pequena explosão.
Os blocos de gesso começaram a cair e eu logo saí do banheiro.
Anne P.O.V.
Enquanto nós conversávamos, pude escutar a voz do James, me levantei e segui pro banheiro.
No caminho, eu foquei minha audição buscando uma explicação e escutei um som oco e bem forte. Apressei meus passos achando que ele pudesse te desmaiado.
Em seguida ouvi um som de estilhaços, como vidro caindo, e um som mais forte. No corredor, vi James caminhando tranquilamente. Quando me aproximei dele e encostei em seu ombo senti um calo absurdo, mais forte que o fogo.
Mesmo assim apertei seu ombro, e quando ele olhou em meus olhos, de alguma forma eu não sentia mais o calor.
- Oi Anne, também estava indo no banheiro? - Questionou calmamente.
- Sim, aproveitei pra ver se você estava bem. - Disse verdadeiramente.
- Está sim, tirando o pensamento estranho que eu tive. - Disse enquanto caminhávamos de volta pro refeitório.
Intrigado pela resposta dela, questionei. - Oque foi esse pensamento?
- Foi como uma voz, porém não entendi nada. Na verdade entendi somente uma palavra. - Disse já na porta refeitório.
Antes de entrarmos o segurei e questionei, curiosa. - Que palavra foi essa?
- Sigfried! - Ele disse e entrou no refeitório.
Pasma e sem reação entrei no refeitório. Ele havia dito o nome do supremo, o nome do primeiro alfa. Oque ele sabia? Oque foi esse pensamento??
