━ CAPÍTULO CINCO ━

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ROSAS E ESPINHOS

Ela não devia ter ficado surpresa com as coisas estranhas que sua cicatriz fazia, sabia disso, mas mesmo assim ficou com alguns segundo espantada com o ardor que emanava do seu pescoço. A dor parou assim como começou: de repente e subitamente.

Cassandra se recompôs, olhou a cicatriz novamente e já estava na cor normal de antes; um rosa claro. Ela balançou as chaves na mão e notou como pareciam muito mais leves que o normal. Apesar de ter encontrado as chaves do carro, a chave da garagem estava desaparecida.

Não poderia ligar para a mãe e perguntar onde a chave estava, já que seria o mesmo que assumir que sairia e por isso reclamou por todo percurso até a biblioteca, a pé e emburrada.

A biblioteca pública já podia ser vista, era uma construção colonial que deixava a rua atemporal, mesmo com todos os prédios e comércios modernos ao seu redor. Talvez fosse por isso que sua tia gostava de passar tanto tempo lá dentro — Esmeralda era uma mulher jovem, mas se vestia como alguém do século passado, com vestidos longos e bordados, xales sob os ombros, corsets na cintura e sempre cheia de joias antigas que tilintavam sempre que ela se mexia. Era uma mistura de cigana com hippie. Ela era fascinada pelo passado, e nunca errava nenhuma pergunta que a faziam, tanto que havia ajudado Cassandra a passar nas provas de história várias vezes. Ela uma mulher muito bonita e peculiar, do jeitinho que Cassandra gostava.

As portas de carvalho de abriram para o largo salão quadrado cheio de prateleiras, cadeiras acolchoadas e mesas polidas e meio rabiscadas. Algumas poucas pessoas — entre seis e sete — se concentravam em livros e cadernos, absorvidas demais nos estudos para prestar atenção na jovem que entrava.

O lugar cheirava a páginas antigas e café, o mesmo cheiro de tia Esmeralda.

— Você chegou! — A voz veio por trás de Cassandra.

Realmente sentia saudades da tia e mal podia esperar para vê-la, as tardes e noites juntas eram as melhores durante a infância. A menina se virou, na boca estava o sorriso mais largo que tinha.

Mas não era Esmeralda que estava parada atrás dela.

Uma mulher que nunca havia visto antes a encarava. Tinha olhos verdes e cabelos roxo-escuro, era linda e estranha, e estava sorrindo como se a conhecesse.

— Desculpe. — Cassandra deu um sorriso torto. — Acho que me confundiu...

— Você não é Cassandra? A sobrinha da Esmeralda. — A mulher se aproximou com a mão estendida. — Sou Arabelle e sua tia me pediu para avisar que não poderá ficar com você hoje.

A herdeira perdida - As crônicas de TênaxOnde histórias criam vida. Descubra agora