101° CAPÍTULO
Samuka: Oh, Manuzinha, tu bem que podia ter mandando esse recado aí pra mim, né!? – Virei pra trás e ele estava olhando pra minha bunda.
Flávia: Uns pode, outros passam vontade, Samuquinha. – Novamente todo mundo deu risada.
Gabriel me olhou meio triste e Samuka piscou pra mim. Samuka era um otário que tinha cara de devia fica o dia todo no redtube.
A professora não deixou o bafafá continuar e logo o intervalo chegou. Eu, como sempre, passei o intervalo com as meninas, Guilherme e o Felipe.
Samuel chamou Guilherme no canto e falou meio bravo com ele. Apontou o dedo na cara de Guilherme e tudo mais. Bruna se encolheu no banco em que nós estávamos sentados. Eu continuei olhando pros dois discutindo. Depois Guilherme voltou pra onde nós estávamos.
Manuela: Ele estava brigando contigo?
Guilherme: Ele é um otário.
Manuela: Por que estavam brigando?
Guilherme: Nada, Manu. Relaxa.
Manuela: Odeio tu ficar escondendo as coisas de mim.
Guilherme: Em casa eu te falo. – Assenti com a cabeça e nós ficamos num clima meio chato.
O resto da aula foi chato e nós finalmente voltamos pra casa. Almoçamos e eu puxei Guilherme pro meu quarto.
Manuela: Fala logo. – Nós estávamos de pé, um de frente pro outro. Ele riu ao me ouvir e me puxou pela cintura. Inclinou o rosto e começou a beijar o meu pescoço. – Para com isso.
Guilherme: Por que? Tu não disse que ia fazer tudo o que eu quisesse?
Manuela: A noite. – Eu ri e levei a mão pra nuca dele, fiquei alisando enquanto ele beijava o meu pescoço. – Me fala, amor.
Guilherme: É a primeira vez que tu me chama de amor. Ta tão curiosa assim? – Ele deu um chupão no meu pescoço e começou a apertar a minha cintura.
Manuela: Muito. – Ele me beijou. Um beijo longo e com desejo, mas não ia deixar ele me enrolar. Dei uns selinhos nele. – Não vai me falar?
Guilherme: É problema da Bruna, amor. Samuka é trouxa.
Manuela: Por que você não me fala o que ta acontecendo com ela?
Guilherme: Porque ela me pediu segredo, amor. Ela não quer que ninguém saiba.
Manuela: Por que? É tão grave assim?
Guilherme: Bastante.
Manuela: Quero saber. – Fiz um biquinho e ele me abraçou. – Por favor, amor.
Guilherme: Já já todo mundo vai saber, amor. Por enquanto, tenta ajudar a Bruna do jeito que der. Ela ta precisando.
Manuela: Tenho dó do bebê dela.
Guilherme: Do que tu ta falando? – Ele ergueu uma sobrancelha e me apertou o meu corpo no corpo dele.
Manuela: Do filho que ela ta esperando, ué.
Guilherme: Pirou, amor? – Ele me olhou com dúvida. Parecia não saber do que eu estava falando. Será que ela não estava grávida? Mas ela disse que estava. Minha mente pirou. Eu queria muito saber o que a Bruna tinha. Muito.102° CAPÍTULO
Manuela: Ela ta grávida, você não sabia?
Guilherme: Ta zuando?
Manuela: É, ué. Mas se não é esse o segredo dela, qual é?
Guilherme: Agora tu me deixou confuso, velho. Eu não sabia da gravidez. – Eu o ouvi e não aguentei. Comecei a chorar. Ele sentou-se na cama comigo. – Ei, ei, por que você ta chorando, amor?
Manuela: O fi-filho da Bruna – Eu disse entre soluços.
Guilherme: O que tem o filho dela? Se é que tem filho mesmo... – Ele me abraçou e eu chorei ainda mais.
Manuela: Pode ser seu, não pode? – Ele me encarou por vários segundos e me apertou em um forte abraço. Parecia aquilo era um "sim". Minha cabeça girava e meu coração estava acelerado. Eu senti como se eu tivesse o Guilherme nas mãos e agora, ele estava escorrendo entre os meus dedos.
Guilherme: Da onde você tirou isso, amor? – Ele tentou me fazer parar de chorar, mas não deu muito certo. Eu continuei chorando.
Manuela: Você transou com ela, não transou?
Guilherme: Faz um ano ou mais, Manu. Tu pirou? Esse filho não é meu. – Eu ouvi aquilo e meu coração acelerou ainda mais. Eu abracei com força e chorei, agora, de alivio.
Manuela: Nossa, que alivio. Tu não faz ideia do quanto eu tava mal com isso na cabeça.
Guilherme: E ficou pensando merda, né não!? Devia ter vindo conversar comigo antes. Aí não ia ficar com essa besteira na cabeça.
Manuela: Ah, amor, eu fiquei com medo. Eu só pensei que tu tinha engravidado ela. Desculpa não ter vindo conversar com você antes.
Guilherme: Ta legal, amor. Mas sempre que achar algo desse tipo, fala comigo antes. – Ele me abraçou e me beijou de novo. Nós ficamos nos beijando por algum tempo até que Flávia entrou no quarto.
Flávia: Opaaaaaa! Desculpa, casal. Não pensei que vocês estavam se pegando aqui. – Ela riu.
Guilherme: Não vai ver o Felipe hoje, não?
Flávia: Ele ta no futebol. Me mandou mensagem te chamando pra ir pra lá. Falou que tu não atende as mil ligações dele.
Guilherme: Meu celular nem ta comigo, véi. Amor, vou lá, ta!? – Ele me deu um selinho e eu assenti com a cabeça. – Valeu, Flá. – Ela sorriu em resposta e ele saiu do quarto.
Flávia: Tavam falando do seu afilhado, Manu? – Ela falou ironicamente e riu.
Manuela: Palhaça! Cara, que alivio, o filho da Bruna não é dele.
Flávia: Ele fez teste de DNA?
Manuela: Não. Faz um ano que eles não transam.
Flávia: Amém, irmãos.
Manuela: Mas eu ainda não sei o que ela tem. Aqueles roxos no braço são mega estranhos.
Flávia: Vim aqui te contar o que ta rolando na escola sobre dela.
Manuela: Desembucha, mulher.
Flávia: Tão dizendo que o Samuka ta envolvido nisso. Mas não sei como.
Manuela: Ele ta batendo nela? Eu não acredito, eu vou acabar com a raça dele.
Flávia: Não, louca.
Manuela: Então o que ele tem a ver com isso?
Flávia: É isso que eu ainda não descobri, mas logo logo alguém me conta. To investigando tudo, amiga. O Henrique é doido por você. Tu podia usar disso pra saber mais alguma coisinha, né, amiga?
Manuela: Ah, é. Aí o Guilherme me vê com ele e aí? Eu fico como? Pirou?
Flávia: Seja discreta, ué.
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PUTA PROFISSIONAL [COMPLETO]
RomanceSinopse: Manuela estava cansada de levar tantos murros de seu pai. O pior de tudo, era ver sua mãe numa situação pior do que a dela. Ela já havia implorado para que sua mãe denunciasse seu pai, mas a mãe se recusava. A mistura de medo e amor que ela...