Hey Lindos! Perdoem-me o atraso, minha ansiedade bateu forte, pensei que nem conseguiria publicar algo hoje. Mas enfim, espero que gostem, até terça ❤
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Houve algo de inédito, por assim dizer, no momento em que sentamos na ostentosa mesa real: Adrien me acompanhou até a sala de jantar, mas foi Henry que sentou ao meu lado. O rei estava na cabeceira, ao seu lado direito estava à rainha e logo depois Adrien, do lado esquerdo estava Henry seguido por mim. Adrien puxou a cadeira para que a mãe sentasse e seu irmão fez o mesmo por mim. Eu imaginava que Henry, devido suas atitudes passadas iria querer distancia de mim.
— Então querida, o que você faz em seu tempo livre? ― Genevieve sorria abertamente, mas não de um modo natural, parecia forçada. Henry olhava fixamente para a mesa, o olhar do rei sobre mim era bem incomodo, em momento nenhum desviava, Adrien estava como sempre, provavelmente era o único que não sentia a tensão no ar.
― Ela era uma cinza mãe, o que acha que ela fazia? ― o rapaz ao meu lado respondeu por mim.
― Henry! ― o rei lhe repreendeu ― Tenha mais respeito por ela. Independe do que ela fazia ou não, ela salvou a vida do seu irmão. ― Seu tom era duro, sua postura era muito rígida e agora, me deixando um pouco mais aliviada na situação, a atenção do rei estava no filho caçula. ― O reino tem uma divida com ela ― falou entredentes.
― Me perdoe, senhorita ― lhe olhei com espanto. Ele não possuía expressão alguma e é claro que não havia nada verdadeiro naquilo, mas eu me aproveitei da situação mesmo assim.
― Não se preocupe, príncipe Henry ― falei sorrindo saboreando aquele momento. ― Pessoas como eu já estão acostumadas com isso, passou longe de ser uma ofensa, já me falaram coisas bem piores. ― Pelo canto dos meus olhos percebi que Adrien sorria. Ele havia entendido a referencia. Ousaria me chamar de prostituta, Henry?
― Imagino que seja uma moça de pulso firmes ― o rei também sorria. ― Afinal, conheço pouquíssimos homens que se colocariam em risco por outra pessoa.
― Ela é mais valente que a maioria dos nossos guardas ― comentou Adrien alegre.
― Que tal comermos, sim? ― algo na rainha ainda soava superficial, mesmo que agora já aparentasse estar mais descontraída.
Mordomos e criadas entraram na sala de jantar, todos bem uniformizados com bandejas em mãos que logo foram postas na mesa. Os pratos e talheres já estavam ali. Meus olhos brilharam diante de toda aquela comida. Tudo parecia brilhar, eu nem conseguia imaginar que pudesse haver tantas cores em alimentos assim ou que cheirasse tudo tão bem. Pareciam que derreteriam assim que os tocássemos.
Ansiosa para por na boca aquele manjar, peguei um dos pratos que estava em minha frente, alias, haviam muitos pratos e de diferentes tamanhos. Me ergui sobre a mesa e logo me servi do que parecia ser a salada. Foi então que percebi que era a única a ter feito isso. A família real me olhava com curiosidade.
― Geralmente são os empregados que nos servem... ― falou Adrien após um pigarreio. Talvez se eu tivesse prestado atenção de verdade no que Dinorá disse, saberia disso.
― Ah, sim, claro ― eu queria cavar um buraco e me esconder nele. Prontamente me virei para entregar a louça a uma das empregadas, eu só não esperava que ela estivesse tão perto. O objeto caiu no chão em milhares de pedaços fazendo um barulho estrondoso. Senhor, como seria bom que eu pudesse voltar no tempo, ou que de repente o telhado se abrisse e eu fosse abduzida por seres de outro planeta.
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A Grande Monarca
RomanceNo reino de Alliance, onde a monarquia se ergueu de um modo aparentemente misterioso e as pessoas são separadas pela cor da roupa que vestem, vivia uma garota de cabelos platinados chamada Lua: uma órfã que roubava para comer. Ela tinha um segredo u...