2 Parte

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Já faz uma semana, mas não consigo nem se quer olhar pela janela, o que eu vou fazer partir de agora estou só, não quero ficar sozinha quero Alex de volta. Marcia esta preocupada com a minha situação, agora vive a maior parte do tempo no meu apartamento.

-- Vamos dar uma volta Clara se anime.

-- Me deixe aqui quietinha. - digo deitada no meu quarto escuro.

-- Você precisa sair, quando vai voltar a trabalhar. - pergunta Marcia em pé na porta do quarto.

-- Até resolver o divorcio talvez.

-- E até lá vai ficar assim isolada como uma morta viva.

-- Tanto faz não vejo, mas sentido em nada.

-- Você já falou com a sua mãe o que houve Clara. - Eu não tive coragem de ligar para minha mãe e dizer que fui abandonada.

-- Não. - resmunguei.

-- Então vai até lá e diz a ela, aproveita e se distraia.

-- Não eu não vou a lugar algum.

-- Tudo bem vou ligar para a Dona Dora e pedir para que venha lhe buscar.

-- Não se atreva!- disse levantando da cama.

-- Então você vai até lá?

-- Qualquer dia desses. - revirei os olhos.

-- Você vai amanha mesmo, por bem ou por mal.- disse Marcia cruzando os braços.

-- Esta me ameaçando?- pergunto.

-- Considere como quiser, não quero, mas te ver nesse apartamento, lamentando e se culpando.

-- Que droga Marcia, você não tem uma pia de louça pra lavar em sua casa não?-- Pergunto irritada.

-- É por isso que não te quero ver, mas aqui tenho uma faxina pra fazer em casa. - de boja

--Tudo bem, amanha de manha viajo pra casa da minha mãe. - Minha mãe mora no interior da cidade a três horas de carro, quando a visitava voltava no mesmo dia não passávamos muito tempo juntas.

-- Boa menina!- Brinca
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Pela manhã sou acordada com um clarão sobre meu quarto, "Que droga é essa" resmungo.

-- vamos Clara se levante e vá tomar um belo banho. - reconheço a voz.

-- Marcia ficou louca quer me deixar cega. - grito tentando cobrir os olhos com o lençol que ela faz questão de puxar.

-- Ande logo você tem uma longa viajem. - Essa mulher é pior que a minha mãe nos tempos do colégio que inferno.

Levanto da cama antes que essa maluca jogue um balde de agua fria em mim, entro no banheiro e não reconheço a mulher que reflete sobre o espelho, estou acabada, meu cabelo curtíssimo virou um ninho, olhos fundos parece que há dias não durmo e o rosto não preciso nem dizer pálido sem vida. Alex levou um pedaço de mim não sei se vou conseguir viver sem ele.

-- Não demore Clara, por favor! - Mandona, depois dizem que eu sou mandona é por que o pessoal da empresa não conhece Marcia.

Não me demoro no banho, visto uma saia social preta com uma camisa ¾ branca, fiz uma pequena mala só com algumas coisas essenciais Marcia resmungou o tempo todo "onde estão suas roupas leves para passeio, só vejo roupas sociais", "como consegue sobreviver apenas com esses itens de maquiagem", esse também pode ser uns dos motivos por Alex ter me deixado eu não me cuidava como deveria.

Coloco meus óculos escuros não quero que ninguém me veja nos olhos, me despeço da Marcia e levo a pequena mala para o carro.

E vou a caminho à casa da minha mãe são longas três horas de estrada ao som de Roxette se você me imaginou cantando desafinada como se ela estivesse cantando a minha historia você acertou, patética cena de uma mulher abandonada.

Isso é Amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora