7 Parte

84 5 0
                                    

Só assim pra conseguir me tirar de casa me ameaçando. Não precisou derrubar a porta do quarto em menos de vinte minutos já estava pronta saio do quarto com cara de poucos amigos, vestida com calça jeans escura e um blazer preto.

-- Onde é o funeral?- brincou, não respondi vontade de estrangula-lo.

Já ao lado de fora da casa pegou as chaves da sua moto estacionada na calçada no bolso da calça jeans.

-- Prefiro ir a pé ao ir nessa moto. – eu disse com os braços cruzados ao seu lado .

-- Por que não? Eu não vou a pé, se quiser te levo amarrada. – disse me fuzilando.

-- Você tem noção de quantas pessoas se acidentam com coisas como essa, e não confio em você acho que tem um parafuso solto.- senti vontade de rir com a careta que ele fez.

-- Tudo bem eu te levo carregada.- Se aproximou e antes de tentar me colocar em suas costas de novo eu disse quase gritando.

-- Meu carro esta na garagem vamos com ele.

Abri as portas da garagem Cristiano não disfarçou a admiração que sentiu ao ver meu carro, confesso que no fundo gostei e pensar que foi conquistado com muito esforço de trabalho.

-- Bonito né.- Perguntei enquanto ele analisava cada detalhe do carro.

-- Bota bonito nisso. - respondeu abobalhado.

-- Quer dirigir, eu não quero sair de casa muito menos dirigir. - joguei as chaves para que pegasse, soltou um largo sorriso branco, como se acabasse de ganhar um ingresso para o parque de diversão.

-- Sabe dirigir um carro né. - perguntei entrando no carro.

-- Claro que sim.

No caminho pelo vidro do carro vejo pessoas andando sorrindo, jovens em sua roda de amizade e casais felizes e apaixonados, parece que a única infeliz sou eu.

-- Chegamos. - diz Cristiano, estacionando o carro.

Descemos e começamos a andar, mesmo com a minha aparência de acabada não chamei atenção.

-- Aquele carro não anda ele flutua no asfalto.- diz Cristiano quebrando o silencio.

-- Engraçado Alex dizia o mesmo. - não adianta tudo me faz lembra-lo.

Andamos por mais alguns minutos em silencio, não tenho animo para conversa e Cristiano parece perdido com as mulheres que passam por ele com cara de " me coma".

Encontramos um banco vazio de frente com um pequeno lago, já esta escurecendo mas a brisa continua fresca.

-- Como conheceu Alex? - Cristiano perguntou parecia interessado por isso respondi.

-- Hum... entende, e por que terminaram.- perguntou assim que terminei de responder.

-- O que vai GANHAR COM isso. - perguntei sem entender o motivo disso tudo.

-- Sou amigo de todos da sua casa, é triste ver a Dona Dora e Bruno preocupados com você, eu só quero ajudar.- disse serio.

-- Hum... entende, ajudar, ninguém pode me ajudar.

-- Por que não? .

-- Minha solução é Alex.- responde.

-- Se me disser o motivo do termino quem sabe lhe dou uns bons conselhos.

-- Conselhos, o que você sabe de relacionamentos.- perguntei ironicamente.

-- Não posse entender bem sobre casamentos, mas conheço os homens e suas intenções.

-- Certo só vou lhe dizer porque fiquei curiosa sobre seus grandes conselhos - de bojei. Contei os fatos, ele não pareceu surpreso, aposto que Bruno linguarudo lhe contou.

-- Entendi, você quer seu marido de volta certo.- confirmei acenando a cabeça. -- Fácil demonstre que não ficou abalada.

-- Como assim?.

-- Você disse que menos de um mês terá que assinar a papelada do divorcio, tente encontra-lo um pouco antes demonstre que não ficou abalada apareça radiante, ele vai se der conta que com ele ou sem ele você continua firme.

-- Assim ele vai querer voltar comigo. - será que ele tem razão.

-- Se não voltar vai se arrepender pelo que eu entende você é independente, se não fosse seu esforço e trabalho não teriam nem metade da vida que tem, ele vai voltar, agora pra que isso aconteça você precisa parar de andar por ai como uma múmia.

-- Ele não é interesseiro, não se importa com isso.

-- Faça o que eu digo, e vera que voltará.

-- E o que o conselheiro sugere. - perguntei com um pingo de esperança no coração.

-- Se arrume Clara, qual foi a ultima vez que hidratou esses cabelos, use batom pelo menos e coloque roupas com mas vida, parece uma velha com essas roupas serias e caretas.- disse analisando todo o meu ser. Soltei uma larga gargalhada.

-- Vou pensar no que me falou, faz um pouco de sentido. - Cristiano franzi-o a testa e disse.

-- Eu sei o que estou dizendo.

Voltamos para casa, Cristiano ficou conversando com Bruno e mamãe, subi direto para o quarto e a duvida martela a minha cabeça.

Me olhei pelo espelho e vi uma pessoa sem brilho, cor e graça, e falei pra mim mesma. "Já estou sem ele, não custa nada tentar"

Isso é Amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora