Só assim pra conseguir me tirar de casa me ameaçando. Não precisou derrubar a porta do quarto em menos de vinte minutos já estava pronta saio do quarto com cara de poucos amigos, vestida com calça jeans escura e um blazer preto.
-- Onde é o funeral?- brincou, não respondi vontade de estrangula-lo.
Já ao lado de fora da casa pegou as chaves da sua moto estacionada na calçada no bolso da calça jeans.
-- Prefiro ir a pé ao ir nessa moto. – eu disse com os braços cruzados ao seu lado .
-- Por que não? Eu não vou a pé, se quiser te levo amarrada. – disse me fuzilando.
-- Você tem noção de quantas pessoas se acidentam com coisas como essa, e não confio em você acho que tem um parafuso solto.- senti vontade de rir com a careta que ele fez.
-- Tudo bem eu te levo carregada.- Se aproximou e antes de tentar me colocar em suas costas de novo eu disse quase gritando.
-- Meu carro esta na garagem vamos com ele.
Abri as portas da garagem Cristiano não disfarçou a admiração que sentiu ao ver meu carro, confesso que no fundo gostei e pensar que foi conquistado com muito esforço de trabalho.
-- Bonito né.- Perguntei enquanto ele analisava cada detalhe do carro.
-- Bota bonito nisso. - respondeu abobalhado.
-- Quer dirigir, eu não quero sair de casa muito menos dirigir. - joguei as chaves para que pegasse, soltou um largo sorriso branco, como se acabasse de ganhar um ingresso para o parque de diversão.
-- Sabe dirigir um carro né. - perguntei entrando no carro.
-- Claro que sim.
No caminho pelo vidro do carro vejo pessoas andando sorrindo, jovens em sua roda de amizade e casais felizes e apaixonados, parece que a única infeliz sou eu.
-- Chegamos. - diz Cristiano, estacionando o carro.
Descemos e começamos a andar, mesmo com a minha aparência de acabada não chamei atenção.
-- Aquele carro não anda ele flutua no asfalto.- diz Cristiano quebrando o silencio.
-- Engraçado Alex dizia o mesmo. - não adianta tudo me faz lembra-lo.
Andamos por mais alguns minutos em silencio, não tenho animo para conversa e Cristiano parece perdido com as mulheres que passam por ele com cara de " me coma".
Encontramos um banco vazio de frente com um pequeno lago, já esta escurecendo mas a brisa continua fresca.
-- Como conheceu Alex? - Cristiano perguntou parecia interessado por isso respondi.
-- Hum... entende, e por que terminaram.- perguntou assim que terminei de responder.
-- O que vai GANHAR COM isso. - perguntei sem entender o motivo disso tudo.
-- Sou amigo de todos da sua casa, é triste ver a Dona Dora e Bruno preocupados com você, eu só quero ajudar.- disse serio.
-- Hum... entende, ajudar, ninguém pode me ajudar.
-- Por que não? .
-- Minha solução é Alex.- responde.
-- Se me disser o motivo do termino quem sabe lhe dou uns bons conselhos.
-- Conselhos, o que você sabe de relacionamentos.- perguntei ironicamente.
-- Não posse entender bem sobre casamentos, mas conheço os homens e suas intenções.
-- Certo só vou lhe dizer porque fiquei curiosa sobre seus grandes conselhos - de bojei. Contei os fatos, ele não pareceu surpreso, aposto que Bruno linguarudo lhe contou.
-- Entendi, você quer seu marido de volta certo.- confirmei acenando a cabeça. -- Fácil demonstre que não ficou abalada.
-- Como assim?.
-- Você disse que menos de um mês terá que assinar a papelada do divorcio, tente encontra-lo um pouco antes demonstre que não ficou abalada apareça radiante, ele vai se der conta que com ele ou sem ele você continua firme.
-- Assim ele vai querer voltar comigo. - será que ele tem razão.
-- Se não voltar vai se arrepender pelo que eu entende você é independente, se não fosse seu esforço e trabalho não teriam nem metade da vida que tem, ele vai voltar, agora pra que isso aconteça você precisa parar de andar por ai como uma múmia.
-- Ele não é interesseiro, não se importa com isso.
-- Faça o que eu digo, e vera que voltará.
-- E o que o conselheiro sugere. - perguntei com um pingo de esperança no coração.
-- Se arrume Clara, qual foi a ultima vez que hidratou esses cabelos, use batom pelo menos e coloque roupas com mas vida, parece uma velha com essas roupas serias e caretas.- disse analisando todo o meu ser. Soltei uma larga gargalhada.
-- Vou pensar no que me falou, faz um pouco de sentido. - Cristiano franzi-o a testa e disse.
-- Eu sei o que estou dizendo.
Voltamos para casa, Cristiano ficou conversando com Bruno e mamãe, subi direto para o quarto e a duvida martela a minha cabeça.
Me olhei pelo espelho e vi uma pessoa sem brilho, cor e graça, e falei pra mim mesma. "Já estou sem ele, não custa nada tentar"
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Isso é Amor?
RomanceClara uma mulher objetiva que não tem medo de ir atrás dos seus sonhos, mas uma surpresa do destino abala seu emocional, agora divorciado e sem esperanças o destino vai lhe surpreender mais uma vez. COMPLETO "PLAGIO É CRIME"