Sangue de Inocente

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O sol se pôs e a lua parece novamente com uma tonalidade laranja com muitas nuvens que passavam diante de seu brilho intenso. John e eu estávamos de saída para beber um pouco e encontrar o seu amigos que avia dito. Eu teria que enfrentar aquele maldito cheiro estranho naquele carro incrível, isso me indignava.

Fui até a calçada onde estava o carro de John para espera-lo já pronto. Ele estava demorando um pouco para aparecer, talvez estava no banheiro ou algo parecido. Havia algumas pessoas que passavam por mim e me olhavam com admiração devido o carro. É claro. Quem não iria admirar uma pessoa com um Cadillac ao lado.

John finalmente aparece na porta de sua casa com uma jaqueta preta e luvas de couro. Fazia frio no dia, uma luva iria ajudar bastante. Eu precisava de uma delas.

— Estamos pronto, irmão. Vamos relaxar as nossas cabeças.

— Acho meio difícil John, mas vou tentar.

— Fique tranquilo. Eu mostrarei algumas "amigas" para leva-lo aos céus. — disse ele com um sorriso leve no rosto enquanto abria a porta do carro.

Eu me sentei e fomos até o bar mais próximo da cidade. Havia alguns carros estacionados próximo ao bar acompanhado com por algumas pessoas em pé e sentadas em bancadas e mesas. O lugar era simples como qualquer barzinho das cidades dos Estados unidos dos anos 80 e 90. 

Estacionamos em frente ao bar no lugar mais movimentado e não demorou muito para o carro chamar a atenção da pessoas, principalmente mulheres.

— Eu não falei para você? Vai ser divertido. — Disse John referindo-se as mulheres com um pequeno soquinho no meu ombro esquerdo. 

— Cara eu não tô legal. Como você pode pensar nisso na situação que estamos agora? — Falei apoiando a cabeça na poltrona do carro.

— Relaxa, irmão! A polícia vai encontra-los. — disse ele referindo-se aos meus pais.

Saímos do carro com as garotas nos olhando ao redor. A cada passo que eu dava, parecia que meu peso aumentava 1 kg a mais. É a pior sensação que alguém pode ter.

Andamos até a bancada que ficava um pouco depois da porta de entrada e pedimos duas bebidas. Era um lugar confortável sem muita bagunça e barulho, acompanhado por uma música leve e não muito alta com alguns amigos e casais dançando.

— Quanto tempo John. Estava sumido desde a última vez que me encontrei com você. — Afirmou uma moça com uma voz delicada sentada ao lado de John.

— Eu estou com alguns problemas agora. Porém tem alguém disponível que pode te fazer companhia. — Disse John com um sorriso rebelde olhando para mim.

A moça entendeu o que ele queria dizer, e a mesma foi até em minha direção e alisou as mãos sobre os meus ombros oferecendo uma dança. Eu não estava com cabeça para aquilo no momento.

— Por favor, não. — Afirmei.

— VAMOS MAYKON! Aproveita enquanto tem chance. — Afirmou ele.

A moça começou a me puxar levemente para dançar e eu fui acompanhando-a. John ficou olhando e rindo enquanto bebia mais drink. Eu não sei como ele conseguia rir, cara. Como?

Depois que a mulher começou a dançar me incentivando a fazer o mesmo, observei um homem de barba com casaco marrom entrando pela porta e sentando ao lado de John. Era o seu amigo que ele havia falado antes de sairmos. Ele parecia ter 31 anos, a mesma idade de John.

Como a música não estava tão alta, eu conseguia ouvir um pouco a conversa dos dois.

— Diga David! Onde está a mamãe? — disse John virando-se para David, seu amigo.

Dominado Pelo ÓdioOnde histórias criam vida. Descubra agora