A verdade é...

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... se Harry morresse, a família Potter ia morrer junto. Gina não é uma boa mãe. Ron não é um bom amigo.

- Quanto tempo vai ficar deprimida por causa dele? – Perguntou seriamente. Ele sentia raiva de Ron. Novamente o idiota os abandonara e não olhou para trás.

- Você sabe que foi por causa do Horcrux. – Disse em seu lugar na única poltrona que tinham. Hermione sentava-se todos os dias, daquela semana, na poltrona e ficava quieta, olhando para o nada. - Ele foi mais afetado por ela.

- Usávamos de maneiras iguais. Por horas iguais. Ficávamos bravos. Nós ainda estamos aqui, ele não.

- Harry... Não foi culpa dele.

- Se lembra do nosso quarto ano? Quando ele não acreditou em mim? Quando ele me abandonou a hora em que mais precisei?

- Eram situações diferentes! – exclamou indignada.

- Sim, certo! – Disse irônico. – Vejamos. – levantou um dedo. – Estou em perigo mortal? Check. – Levantou outro dedo. – Preciso de ajuda pra desvendar pistas? Check. – Levantou o terceiro dedo. – Você ficou ao meu lado, enquanto ele foi embora? – Baixou a mão e sorriu irônico. – Check novamente.

- Não é bem...

- Não ouse protege-lo Mione. – Interrompeu com tanta raiva, que a menina se encolheu. – Não pode dizer que ele não é um covarde, ciumento que abandona os amigos quando as coisas ficam difíceis. – Hermione deixou cair lágrimas silenciosas e Harry estendeu os braços para abraça-la e ela pulou em seus braços. – Depois de todos esses anos ainda tento entender por que você gosta dele. – Disse depois que a soltou.

- Como assim?

- Fala sério Mione... – Disse Harry como se Hermione estivesse fingindo não entender. – Você é bonita, inteligente, curiosa, tem uma imensa chance de ter uma grande carreira. Enquanto Ron... pelo amor de Deus! Ele é preguiçoso, misógino, ciumento, preconceituoso. Eu sei que ele quer ser um auror, mas tudo o que imagino é ele trabalhando por meio período na loja de Fred e George.

- Isso foi maldoso.

- Isso é a verdade.

- Ele vai ser seu futuro cunhado. Cuidado para não tê-lo morando em seu sofá. – Zombou.

- Não ele não vai. – Hermione olhou confusa.

– Você não vai voltar pra Gina?

- Não... Por Deus, não. – fez uma careta. - Eu achava ela bonita e tudo o mais, mas sinceramente? Ela é como um protótipo da senhora Weasley, e tudo o que eu não quero na vida e virar o pai dela. Só Deus sabe o quanto eu odeio gritos.

Hermione riu, mas logo ficou quieta. – Você pensa no futuro? Quer dizer, se sobrevivemos?

- O tempo todo. – Disse Harry. – Sabe o que mais me arrependo? – Hermione negou. – Se eu morrer minha família vai acabar. Eu queria ter tido um filho. Pode ser egoísta, mas queria o sobrenome Potter fosse adiante.

- Eu entendo isso também. – Disse Hermione. – Sabe, desde que entrei no mundo bruxo, e vi a importância dos sobre nomes, disse a mim mesma, que se eu me casasse, meu marido teria meu nome, ou teria dois filhos. Um com o nome do meu marido, outro com meu nome. Eu iria ser Hermione Granger, a primeira do meu nome.

Harry sorriu. – Posso te contar um segredo também? – Mione assentiu. – Antes de sairmos em busca das Horcruxes, eu pensei em pedir a Gina para ter meu filho.

- Harry! Ela tem 16 anos.

- E eu 17, mas não foi por isso que pedir o interesse em Gina. – Harry suspirou. – Foi muito por conta de Ron. – Hermione o olhou confusa. - Eu estava medindo os prós e contra de pedir isso a ela. Eu inclusive escrevi sobre a família Weasley e percebi que por mais que eles sejam incríveis, eu odeio a forma como são.

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