A verdade é...

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...Lily e James se prepararam.

Aquela foi a primeira briga seria deles desde que se casaram. Lily via os elfos domésticos como escravos e James se recusava a liberta-los. Ela ficou olhando para o canto da parede do escritório. Seu marido estava irritado, foi a primeira vez que ela o viu agindo como o sangue puro que realmente era.

- Os elfos Potter não são do seu agrado senhora? – Uma pequena criatura perguntou. Lily olhou para os enormes olhos chorosos da elfo.

- Eu não entendo. Vocês são escravos. Por que querem continuar aqui?

A elfo arregalou os grandes olhos. – Não há escravos aqui minha senhora. Só há elfos felizes. Senhor e senhora Potter sempre foram gentis, mestre James também. A senhora é gentil, mas não gosta da gente. – Foi o mais longo discurso que ouviu de uma das pequenas criaturas.

- Não é que não goste de vocês... Só não quero que sejam explorados.

- Nós não somos. Nós elfos adoramos trabalhar para mestre James, e se nós permitir, adoraríamos cuidar da senhora e do pequeno mestre Harry.

Lily olhou a pequena criatura. – Promete me dizer quando não quiser fazer algo?

Dessa vez foi a elfo que lhe encarou. – Prometo jovem senhora. – Lily sorriu e desde aquele dia, teve uma relação amigável com os elfos. Foi graças a isso que, mais tarde, ela e James puderam se preparar.

- Dumbledore quer que a gente morra James. – Lily disse sentando-se lentamente ao lado de seu marido. Lágrimas silenciosas derramavam-se sobre seu rosto assustando James.

- Do que está falando Lily? – Lily entregou o livro que estava em suas mãos para seu marido.

- Esse foi o livro com o feitiço de sangue sugerido por Dumbledore.

James leu pouco, mas foi o suficiente para entender o que estava acontecendo.

- Por que ele iria querer isso?

- Com a nossa morte, ele poderia ter a guarda de Harry.

- Sirius teria a guarda primária do nosso filho.

- Eu não depositária minha fé nisso.

- O que? Você acha que ele mataria Sirius? – Lily apenas o encarou demonstrando que pensava exatamente aquilo. – Lily, é do diretor que estamos falando.

- Nosso filho pode ser a responsável por derrotar você sabe quem. Se ele tiver controle sobre Harry, ele teria uma grande quantidade de dinheiro, seu assento na câmara do lordes e quem sabe mais o que... James ele vem te pedindo controle que você não quer entregar. Assim ele poderia ter.

- Não, Lily... Dumbledore jamais faria isso. – Ele bufou irritado.

Lily olhou seu marido e decidiu que o mesmo não era tão importante quanto seu filho. Se James queria confiar cegamente no diretor, que ficasse a vontade, mas ela não iria deixar seu filho a mercê do mesmo. - James, eu te amo, mas eu juro que vou pegar o Harry e sumir no mundo. – James arregalou os olhos e ela disse o mais calma que conseguia. – Eu não estou te pedindo para não confiar no diretor. Estou te pedindo para confiar em mim. É do nosso filho que estou falando... Eu só quero protegê-lo.

- E o que espera que eu faça?

- Esse livro diz que se o ritual for completo, Harry deverá ir pra alguém que tenha o mesmo sangue.

James entendeu de imediato - Sua irmã? Está sugerindo Petúnia? Ela odeia Harry.

- Ela não precisa ama-lo, apenas tê-lo de baixo do mesmo teto.

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