Millie e eu somos melhores amigas há um bom tempo, e posso dizer que nunca antes tive melhor. Podemos falar de tudo uma com a outra, temos gostos em comuns e a família dela também é bastante interessante. Bom, pelo menos a maioria dos membros que a compõe são.
Usualmente em um fim de semana, estava indo à casa da garota, que coincidentemente é ao lado da minha, para passar um tempo com a mesma. Como já havia a avisado antes, não imaginei que haveria problema, porém, ao bater à porta de residência, acabei por concluir que estava enganada.
— O que você quer aqui?
Lidar com o membro desinteressante dessa família é exaustivo. Éramos amigos há um tempo atrás e às vezes a gente ficava por conta do calor do momento, porém não queria me relacionar com o irmão da minha melhor amiga, levando em conta que ele não presta, e não vale a pena arriscar perder Millie caso isso se tornasse algo mais sério e, no fim, acabasse não dando certo. Se em algum momento ele decidia trocar uma palavra comigo, era para me criticar ou me fazer perder a paciência. Além de ousado, é patético da parte dele atender a porta sem usar uma camisa para parecer apresentável diante de mim, o que era o mínimo que ele devesse fazer.
— Quer uma foto? — questionou, dando sorriso cínico.
— A Millie está? — ignorei seu comentário irrelevante, desviando o assunto.
— Não. — ele abre a porta completamente, já que antes a mesma estava somente semiaberta. — Meus pais a levaram para fazer compras pela terceira vez no mês. Coisas de pessoas consumistas. Talvez a conheça o bastante para saber disso. Ou estou enganado? — diz, franzindo o cenho.
— Não está. — dou um sorriso amarelo. — Ela demora a chegar?
— Não muito. Pode entrar pra esperar se quiser.
Achei um tanto estranho o garoto ter sido educado comigo após tanto tempo. Tudo bem que fosse uma coisa comum que qualquer outra pessoa faria por educação, mas Wolfhard nunca se importaria em ser rude comigo. Não questionei para não criar caso e adentrei a residência sem dizer nada.
— Vou pro quarto da Mills. — digo, e não sei por que o avisei sobre isso, mas já tinha o feito e não me importava.
Subi a escadaria de seu domicílio colossal, quase como uma mansão, e entrei no quarto da garota. Millie é materialista ao extremo e me impressiona a quantidade de decorações que há em seu quarto, algumas, talvez a maioria, desnecessárias.
Com a intimidade de tenho, me joguei na cama da garota, extremamente confortável, e fechei os olhos, exalando um suspiro profundo. Acabo saindo do meu estado de relaxamento quando ouço a porta ser batida com uma força fora do comum, desnecessariamente.
— O que há de errado com você? — pergunto, incrédula. — Melhor, o que está fazendo aqui?
— Não vou te deixar sozinha no quarto da minha irmã sem saber o que está fazendo. Só estou te vigiando. — E trate de sair da cama dela, porque ninguém te deu essa intimidade. — o mesmo me puxa pelos braços, fazendo com que eu me retirasse de onde estava.
— Millie, a dona do quarto e da cama, permite, então tenho intimidade o suficiente pra isso.
— Você está vendo ela agora? Pois é. Eu quem mando aqui no momento. — diz, se jogando na cama da garota.
Revirei os olhos e me assentei na cadeira em frente à escrivaninha de Millie, porque no chão é que eu não ficaria, e evitei prolongar o assunto. Geralmente o faço, mas dar corda às suas implicações só faz com que ele se divirta com isso e continue me perturbando, então o melhor é não dar importância. Wolfhard às vezes pode ser um tanto imaturo para sua idade, e sei bem como as coisas funcionam com ele.
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Finn Wolfhard Imagines
FanfictionO pensamento é ilimitável para se resumir em simples devaneios. Aqui, diversificadas histórias abrirão portas para amplificar sua imaginação, possibilitando uma criação mais vasta e realística de aspirações quase inalcançáveis. Desfrute sem moderaçã...