Foram quase sete horas até o destino final. É tão ruim viajar uma distância tão longa de ônibus, o enjôo é a pior coisa. Não, com certeza a pior coisa são aqueles ogros roncando. Ah, mas ainda tem aquelas crianças gritando e chorando. Bom, não sei o que é pior. Mas já pode ter uma noção do quanto minha viagem foi maravilhosa, pelo menos nos momentos em que estive dormindo, foram alguns minutos, mas traziam um pouco de paz.
Apôs sair do ônibus pude respirar ar puro. Sem cheiro de salgadinhos ou chulé. Santo Deus, obrigada por esse ar que respiro agora. Como é bom.
Minha coluna estava doendo. Sou jovem, pareço ser até mais nova do que minha idade, mas a coluna é de velha. Na verdade, ainda acho que a maioria das vovozinhas estão melhores que eu.
Ao dar os primeiros passos estico a coluna e os braços, escuto uns três estralo. Espero não ter mais dores mais tarde.O bom rapaz, simpático, me entrega as duas malas.
Abro minha bolsa e pego o celular para ver o endereço que Cristina me enviou. Confesso que estou um pouco insegura, já estive em uma cidade grande, mas não tão grande como essa e não estava sozinha como estou nesse momento. Se ela não estivesse de plantão hoje iria está aqui me esperando. Mas correrá tudo bem, né? Ela me mandou a localização e disse que qualquer coisa eu poderia ligar.Vejo vários táxis passando em uma velocidade razoável, parecia vários pontos amarelos na pista.
Vamos, você não irá de perder, Meredith.
Faço sinal e um parou logo a minha frente, coloco as malas e entro. Era um senhor com grande sorriso. Ainda bem.— Boa tarde, Srta. Para onde deseja ir? - ele pergunta de forma gentil
— Boa tarde, eu quero ir para esse endereço - mostro o celular para ele.
— Certo. Não fica muito longe logo chegaremos.
O caminho ele me disse que hoje estava fazendo trinta e cinco anos de casado e estava preparando uma surpresa para a esposa. Eu como uma grande romântica, perguntei o que iria fazer. E ele com um largo sorriso me contou que iria fazer um jantar e comprar um buquê de tulipas brancas, a preferida da sua esposa e foi com essa flor que ele pediu ela em casamento. Se eu já estava chorando? Quase isso. Eu penso um romance assim na minha vida
Quase não percebi o tempo passar enquanto estava ouvindo ele falando o quanto a ama e os detalhes que ele admira até hoje nela. Quando cheguei no meu destino, antes de fechar a porta lhe desejei uma ótima noite e o parabenizei novamente.
Olhei em direção ao prédio que Cristina morava, respirei aliviada e entrei. O porteiro já estava ciente da minha vinda, então liberou facilmente a passagem e me entregou a chave.
Entrei no apartamento de Cristina, coloquei as malas na sala e me joguei no sofá. Finalmente. - dei um leve sorriso.
Olhei ao redor, ela continua mesma. É engraçado como ela é organizada pra umas coisa e para outras não. A casa estava uma bagunça típica dela. Eu não sei como Owen lida com isso, não é algo fácil de se acostumar.
Sem os sapatos, vou até a cozinha. Abro a geladeira em busca de água. Estou sem fome, comi no táxi. Volto para a sala e mando uma mensagem para Cristina avisando que já cheguei. Resolvo ligar para minha mãe e avisá-la também, mas ela não atende. Mais tarde tento novamente.
Vou para o quarto de hospede levando minhas coisas. Olhando aquela cama arrumadinha, meu corpo dá sinal do quanto precisa descansar.
Tomo um banho rápido e coloco uma camisola. Volto para o quarto já a caminho da cama. Sentindo aquelas cobertas macias, meu corpo relaxa mais. Céus, obrigada! Nem percebi quando acabei dormindo.
Sou acordada por Cristina praticamente gritando no quarto.
— Nem acredito que você está aqui mesmo. - fala me abraçando
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O despertar para amar | meddison
FanfictionSeus desejos se tornaram prioridade, e seu trabalho o único foco na vida. Após acontecimentos do passado, Addison Montgomery, se tornou uma mulher fria, rígida, até desacreditando da existência de sentimentos afetivos. Ela herda uma empresa e precis...