Coincidências

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Jeongguk

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Jeongguk

Até que não foi tão ruim assim sair um pouco do dormitório, pelo menos eu pude respirar o ar livre enquanto afastava as preocupações da mente. Não queria nem imaginar o que o Taeil estava fazendo nessas horas, só torcia para ele não deixar o quarto cheirando a sexo como da última vez. Não fui muito longe, andei até o parquinho na ponta da rua Columbia e me sentei no balanço estreito, me balançando para frente e para trás.

Por um segundo pensei em ligar para a Scarlett e pular a janela do seu quarto como fiz por umas duas vezes. Ficamos juntos a noite toda, ora transando, ora pintando suas unhas, era assim que mantínhamos a nossa amizade. Mas ela não iria poder sair e eu não estava tão bom fisicamente para escalar a sua janela de novo.

Não havia ninguém alí, a rua também estava calma e quase não se ouvia barulho nenhum além do ranger das porcas do balanço necessitadas de óleo. Nos meus fones tocavam "Cigarrete Daydream" enquanto o vento gelado beijava meus lábios pouco trêmulos e eu me encolhia mais ainda, balançando mais rápido para me aquecer.

Sozinho, se eu pudesse fechar os olhos mesmo que no meio da multidão eu conseguia viajar para o meu próprio mundo, onde eu só ouvia a minha própria voz e podia ver o meu próprio paraíso, e eu fiz agora, fechei os olhos e viajei com o balanço para o espaço. Me balançando na pontinha da lua olhando o mundo lá embaixo, tão calmo na minha visão mas tão caótico na teoria. Eu desejei nunca mais voltar para ele e continuar me balançando na lua para sempre.

Mas o balanço na lua quebrou e eu voltei na velocidade de um cometa para a terra quando ouvi um barulho de folhas sendo esmagadas bem perto de mim. Eu não merecia ser assaltado agora, não podia ser.

Olhei ao meu redor mas não tinha ninguém, nem sequer passava ninguém naquela rua, estavam todos em suas casas pelas luzes todas acesas. Poderia ser algum bicho, um gato, um rato, e pensar nisso me fez encolher os pés para cima por precaução.

Não que eu seja um medroso.

E quando ouvi novamente eu levantei pronto para correr ainda manco pelo tornozelo lesionado, até que algo foi dito. E eu não pude me mover, porque a voz não era estranha. Não tinha o porquê correr.

— Desculpa se eu te assustei. — Se rendeu.

Mas por que eu não estava correndo? Eu nem o conhecia mesmo!

— As vezes eu acho que você está me seguindo, sabia? — Disse Jeon ainda imóvel diante de Taehyung.

— Juro que essa não é a intenção. Só vim caminhar um pouco porque estava com calor. Deve ser só coincidência.

— Calor? Acho que está doente. Se bem que doentes sentem frio. — Jeon pensou alto.

— Pois é. Posso sentar? — Apontou para o balanço na frente do outro.

SINAIS |  Tae + KookOnde histórias criam vida. Descubra agora