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Thor

Seus olhinhos perdidos foram a última coisa que vi quando meu pai me jogou contra a luz da ponte, eu não devia ter feito isso, não devia ter colocado a vida de Madelyn em perigo, por Odin não sei o que faria se algo tivesse acontecido a ela naquele lugar.

Caio no chão e sinto o impacto de algo metálico batendo em mim, o que me deixa desnorteado por algum tempo no chão, uma mulher chega em mim e grita, ela parecia desesperada. Retorno meus sentindos e levanto rapidamente.

— Heimdall abra a Bifrost!– grito e olho pro céu esperando,mas ninguém me escutava. — Heimdall.— mais duas pessoas apareceram, pareciam estar com a mulher que estava desesperada em saber o que eu fazia ali — Madelyn! – grito — Vocês que reino é este? Alfheim? Nornheim?

— Uh, novo méxico?– a garota diz e aponta uma arma para mim

— Ousa ameaçar a mim Thor, com uma arma tão insigni...– ela atira e eu sinto uma eletricidade pelo corpo e acabo cainda inconsciente.

— Olha só...– digo a mim mesmo vendo uma pequena cobra no corredor do palácio.— Quem deixou você aqui em coisinha linda? — sorrio e a pego na mão, passo a mão nela e a admiro, até ela se transformar foi rápido demais, só senti uma faca sendo enfiada no meu braço.

— Oi irmão.– era Madelyn, suas pegadinhas já estavam ficando perigosas.

— Está ficando maluca?– grito de dor e seus olhos passam de divertimento para preocupados.

— Eu não queria...eu.– ela tenta dizer — Vamos até a sala de cura.

— Me deixe em paz!– grito com raiva e saio de perto dela, caminho até a sala de cura sozinho. Era a terceira vez na semana que ela me machucava com suas brincadeiras.

Depois das enfermeiras me ajudarem com o corte eu fui para meus aposentos e quando entro ela estava sentada na minha cama.

— Sai daqui.– digo entrando e ela nem se move — Ou eu vou contar pro pai.– eu nunca contava a ele sobre as pegadinhas, ela sempre se encrencava e ficava semanas no quarto trancada, eu não gostava de ficar sem vê-la.

— Foi só uma brincadeira. Estava treinando o novo feitiço que a mamãe me ensinou.– ela diz com um rosto ingênuo.

— Já estou cansado das suas brincadeiras Mad.– vou até a sacada de meu quarto e ela me segue, ela passa suas pequenas e gelidas mãos no meu braço, onde o corto havia sido feito, ela posiciona os dedos ali e um fluido verde são deles fazendo meu machucado doer.— Aí!– reclamo

— Fique quieto.– ela manda e termina, no final eu só sinto um pequeno formigamento.

— Desde quando sabe poderes de cura?– pergunto e ela volta pra dentro do quarto.

— Não é cura, eu só fechei a ferida, se alguma bactéria estiver aí dentro você morre.– a repreendo com um olhar nervoso e ela revira os olhos — Estou brincando. Com sorte você fica vivo.— ando lentamente até parar na frente dela.

— Quando eu for o rei você não vai mais poder fazer essas brincadeiras.– ela chega bem perto do meu rosto e eu consigo sentir sua respiração, meu coração palpita e ela encara minha boca.

— Elas vão ser muito piores irmãozinho.– ela diz e se afasta rindo, ela sai do quarto e acena antes de fechar a porta. Sorrio ao pensar nela.

Acordo em um cômodo todo branco, um homem está acima de mim e sorri.

— Oi!– ele diz animado — Só vou tirar um pouco de sangue.– ele toca meu braço, ele estava invadindo meu espaço e ainda me ameaçou dizendo que iria tirar meu sangue.

— Como ousa atacar o filho de Odin?– me desvencilho de sua mão e ele tenta me segurar, sem sucesso outros homens tentam e eu acabo com todos eles, eles chamam mais pessoas e conseguem me prender contra o vidro, sinto uma picada em meu braço — Vocês não são páreo para o poderoso...— não consigo terminar e desmaio.

CROSSFIRE | THOROnde histórias criam vida. Descubra agora