8

402 38 0
                                    

Eu tinha um plano em mente, é claro que Odin acordaria algum dia. Eu precisava manter meu lugar no trono e talvez se eu matasse Laufey, meu próprio pai na frente de Odin, ele veria que eu era a pessoa mais qualificada pra ser rainha, em termos de guerra e inteligencia. Coloco minha capa de frio e começo a dar vida ao meu plano, me oculto de Heimdall para que ele não me veja saindo. Uso uma das minhas saídas secretas de Asgard, e assim que consigo chego até Jotunheim. O mundo parece mais gelado desde a última vez que estive aqui, mas eu não sinto um pingo de frio. Caminho até o templo arruinado de Laufey e quando chego ele me olha com raiva, eu estava frente a frente com meu pai.

— Mate-a – ele manda a outro gigante mas eu começo meu discurso.

— Depois de tudo o que fiz por você.– recebo seu olhar surpreso

— Então foi você que nos mostrou como entrar em Asgard.– ele diz presunçoso

— Na verdade foi só uma diversão, para arruinar o grande dia do meu irmão.– digo com um sorriso no rosto, ele parece gostar de minha maldade. — E proteger o mundo do governo tolo dele por mais um pouco de tempo.

— Ouvirei o que tem a dizer.– sua voz mostra interesse

— Eu ocultarei você e alguns de seus soldados, e levarei até os aposentos de Odin para que possa mata-lo no leito dele.– digo minha ideia e ele estreita os olhos.

— Porque você mesma não o mata?– ele pergunta desconfiado.

— Eu suspeito que os asgardianos não aceitariam muito bem uma rainha que matou seu antecessor. – sorrio e encaro minhas unhas — E quando eu for rainha, devolverei a caixa que Odin roubou de você.– ele se levanta ancisoso—  E você poderá devolver a Jotunheim toda a sua... glória.– encaro as paredes com nojo, se é que aquele lugar já teve glória né?

— Eu aceito.– ele diz pausadamente e sorri perverso.

Saio de seu templo e acabo tendo que usar a entrada normal da Bifrost pra voltar pra casa, vejo o olhar acusador de Heimdall em cima de mim, ele podia ver tudo no universo e eu só pode sair escondida mas ele sabia exatamente onde eu estava.

— O que te preocupa guardião da noite?– pergunto docemente.

— Eu a contemplei em Jotunheim mas não consegui vê-la e nem ouvi-la. Estava ocultada de mim como os gigantes de gelo que entraram neste reino.– sorrio e passo por ele

— Talvez seu sentido esteja enfraquecido, após tantos anos de serviço.– digo olhando para ele

— Ou talvez alguém aprendeu a ocultar de mim aquilo que não deseja que eu veja.– ele presume

— Você tem grande poder Heimdall. Odin já temeu você?– pergunto

— Não.– ele responde com certeza

— E porque não?

— Porque ele é meu rei, e jurei obedece-lo.– ele me responde

— Ele era seu rei, e agora você jurou me obedecer. Né?– o ameaço com o olhar, ele hesita um pouco mas responde

— Sim.– ele continua com seu olhar firme.

— Então você não vai abrir a Bifrost para ninguém, até eu reparar os danos que meu irmão causou.– digo caminhando pra fora da ponte.

Pego meu cavalo e sigo até o palácio, a primeira parte do meu plano havia sido concluída, a segunda parte era só um plano b, eu estava observando os amigos do meu irmão de perto, e sabia que eles tramariam contra mim, mas esse trono é meu e ninguém vai tira-lo de mim. Da sacada de meu quarto vejo os quatro irem até a Bifrost e Heimdall os deixa ir atrás de Thor, isso doeria mais em mim do que nele, junto todas as minhas forças e caminho rápido até o cofre. Bato o cajado no chão liberando o detonador, o soldado de Odin.

— Certifique-se de que meu irmão não volte.– dou minha ordem e sinto meus olhos queimarem de tanta raiva — Destrua tudo! — bato o cajado de novo e ele parte para Midgard, eu queria ter o corpo de Thor só pra mim.

Pego a caixa dos Jotuns e vou com toda raiva do mundo falar com Heimdall de novo, será que pra ter o trono eu iria ter que matar todo mundo?

— Diga Madelyn, como fez para os Jotuns entrarem em Asgard?– ele me pergunta assim que me aproximo

— Você acha que a Bifrost é a única maneira de entrar e sair deste reino? Há caminhos secretos pelos mundos que até você com todos os seus dons não enxerga, mas eu não tenho mais necessidade deles, agora que sou rainha e afirmo que pelos seus atos de traição você está dispensado do seus deveres como guardião da noite e que não é mais cidadão de Asgard..– decreto colocando meu olhar raivoso sobre ele.

— Então eu não preciso mais obedece-la.– ele impunhua a espada mas antes que me golpeie eu seguro a caixa liberando seu poder, fico azul mas não me importo muito com isso, faço Heimdall ficar congelado e o olho de cima a baixo, pego meu cajado e caminho de volta para o palácio pra colocar o resto do meu plano em prática.

CROSSFIRE | THOROnde histórias criam vida. Descubra agora