Tudo bagunçado

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- Depois que garantiu o emprego, não precisa mais bajular a chefe...- Miranda proferiu quando saiu do carro.

Como se não estivesse falado nada, Andy sorriu, a mulher sentiu falta, e pelo visto muita falta, pensou a garota, Andy não se curvava a ninguém, poderia fazer um bilhete e deixar ali quando voltasse para pegar a mulher para levar para festa, porém, não iria fazer.

Miranda assim entrou em sua casa, subiu as escadas e se trancou em seu quarto, pegou o celular e ligou para Emily.

- Apartir de hoje, coloque como regra que além do elevador, não divido carro com mais ninguém. Isso é tudo!

A mulher desligou o telefone sem esperar a ruiva falar alguma coisa, Miranda gostava de ficar a sós com a jovem, e no carro era o único momento para isso. Largou o celular na cama e foi tomar um bom e demorado banho enquanto as pessoas que ia montar a mulher para festa oa aguardavam em outro cômodo.

Miranda fechou os olhos quando entrou na banheira, sorriu ao lembrar da audácia da jovem, das trocas de olhares e por um momento, cogitou uma possibilidade da garota está interessada nela. - Uma jovem tão atraente, interessada em uma velha frígida, não seja ridícula, Miranda. - A mulher murmurou afundando-se na banheira.

Mas de forma brusca voltou a superfície sentando-se na banheira, a mulher parecia perdida em seus pensamentos, nas sus próprias confusões, se realmente conta que adoraria se aquilo tudo fosse flerte.

- Eu não sou lésbica, wow, eu sou lésbica? - A mulher tentara buscar em sua mente algum vestígio sobre isso, se alguma vez já se pensou com uma mulher, já desejou, mas nada lhe vinha em mente, buscar prestar atenção em como ela olhava para os homens, e definitivamente ela nunca se sentia como sentia com Andrea, a mulher afundou novamente na água morna cheia de sais de banho.

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Andrea já estava a postos aguardando por Miranda, sorria, ao recordar da reclamação velada por a jovem não deixar mais bilhete para ela, um queixo caído tomou lugar do sorriso ao avistar Miranda, os olhos da jovem brilharam, Miranda estava espetacular, em um vestido preto com os ombros do lado de fora, céus, a jovem sentiu as pernas falharem. Impecável!

- Boa noite, Miranda. - A mulher lhe olhou com desdém e entrou no carro nem falar uma só palavra. 

O percurso foi em silêncio, Miranda poderia ter subido a divisória, porém, desde quando Andy passou a ser sua motorista, ela nunca o fizera.
Parou o carro em frente ao prédio que seria a festa, a porta de passageiro rente ao tapede vermelho, e ao redor dele, muitos fotógrafos, Andy abriu a porta para a mulher sair, muitos flashs e uma Miranda de sorriso gelido surgiu dando toda a atenção que odiava dar para os paparazzi de plantão.

Andy ficou aguardando por ali, e algumas horas depois viu Stephen cambaleante subindo as escadas do local da festa, a jovem tirou a boina e coçou a cabeça, era visível o estado de embriaguez do homem.

Horas depois, Andy avista os dois descendo as escadas, pela cara da Miranda, ela estava muito irritada. Andrea abriu a porta para que ambos entrassem, ajudou o homem, vendo Miranda revirar os olhos.

- Eu só vim ser o marido idiota presenta nos seus eventos, qual sempre diz que eu acompanho. - O homem de cabelos grisalhos proferiu. - E você? Nunca faz nada pelo nosso casamento, nem fode você fode, e quando o faz, parece uma porta.

Miranda imediatamente subiu a divisória do carro, sentindo-se humilhada perante a jovem a qual ela sentia algo que ainda não sabia explicar.

Andrea ajudou Miranda a tirar Stephen, mas diferente do que ela pensava, Miranda entrou novamente no carro, Andy tinha visto que os olhos da mulher estavam vermelhos, ou ela havia chorado, ou estava se segurando para não chorar.

- Para onde deseja ir, Miranda? - Andy questionou assim que entrou no carro.

- Para qualquer lugar. - A mulher latiu tentando ignorar a jovem e sua voz que saiu falha.

Andy andou por alguns minutos, estacionou em frente a um prédio abandonado, abriu a porta para a mulher que estava com as sobrancelhas juntas, evidenciando que não estava entendendo porque estavam ali naquele lugar abandonado.

A motorista Onde histórias criam vida. Descubra agora