Décimo

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oi gente, tem tanta coisa acontecendo e eu estou muito triste (quarentena, protestos, mortes, informações da anonymus), é tanta coisa que me faz perder a fé na humanidade.

mas escrever para vocês e ler os comentários sempre fez eu me sentir bem, e eu sei que muitos de vocês também estão chateados com isso ou sofrem isso diariamente (questão do racismo), eu espero que esse capítulo ajude vocês a se desligarem um pouco disso.

Boa leitura!

[...]

Lily empurrou a porta, que bateu com força na parede, acordando os dois homens sobre a cama.

Harry puxou o edredom, cobrindo-se o máximo que conseguia.

- Lilian, poderia nos dar licença para nos vestirmos? - Draco também estava nervoso, mas tentou ao máximo se manter calmo naquele momento, principalmente por ver o quão nervoso Harry se encontrava.

- Você é um abusado, Malfoy! Você sempre se mostrou maduro para um mimadinho, mas esse olhar de superioridade sempre esteve no seu rosto! Você acha que pode fazer o que quiser né? Acha que pode estragar a vida do meu filho? Você o seduziu sabendo que ele tinha namorado!

- Mamãe, e-ele não...

- Cala a boca e se vista, nós vamos embora.

- Você não pode mais mandar nele, Lilian, ele já é um homem! - Draco estava revoltado, como ela ousava querer afastar seu menino de si?

- Draco, eu não quero brigar, por favor me deixe em paz. - Harry vestiu sua cueca e saiu de cabeça baixa, Lily dirigiu um último olhar ao homem loiro e fechou a porta.

Draco socou o colchão, vestindo o mais rápido que podia uma cueca e seu roupão, correndo escada à baixo.

Harry caminhava alguns metros à frente de Lily, ele vestia o suéter e tinha as calças em mãos.

- Harry, Lilian, por favor vamos conversar. Vocês não precisam ir embora.

- Deixe meu filho em paz. - Lilian o cortou, o moreno seguia de cabeça baixa, já contornando a piscina.

- Harry? - Draco chamou.

- M-Me deixe em paz. Por favor.

[...]

Duas semanas desde o ocorrido. Muitas coisas haviam mudado.

Estava morando com a mãe em um apartamento no centro, ela estava mantendo as prioridades da casa como comida, água, luz e internet, e James estava pagando o aluguel.

Harry já havia jantado com os avós e eles foram muito gentis, foi esquisito, não poderia negar, mas foi uma ótima experiência.

Havia conhecido Hermione melhor, ela era legal como todos diziam, mas Harry sentia que ela não estava cem porcento confortável com ele ali. Talvez fosse incômodo ter um enteado um ano mais novo, mas ela não poderia fazer nada além de aceitar. Se ela quisesse ter James, teria que suportar que Harry vinha no combo junto.

Palavras de sua avó, ao qual o ligava todas as noites para conversarem um pouco. Ela dizia que seu sonho sempre foi ter um neto e por ter uma idade já avançada, tinha medo de morrer e não chegar a ver os filhos de James. Harry era como ela imaginava, gentil, atencioso e carinhoso.

Sua vida familiar caminhava para a normalidade, mas ele não se sentia feliz.

Engraçado como quando as coisas se tornam proibidas elas se tornam ainda melhores. Ele sentia uma crescente paixão e atração por Draco anteriormente, mas agora vivia e respirava o maior. Seu peito doía de amor e saudade. Ansiava por vê-lo novamente.

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