Vigésimo Primeiro

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o patrão ⬆️⬆️⬆️

comentem bastante boiolinhas

boa leitura

[...]

Snape segurava Bicuço pela corrente enquanto corriam pelo parque do condomínio.

Não havia encostado em seu celular desde a noite anterior por pura ansiedade, e admitiria até certo medo, das notificações - ou a falta delas. Afinal, sentir a rejeição é uma sensação que não se recomenda a ninguém.

E Severus estava particularmente acostumado com ela.

Durante a adolescência foi um jovem desleixado e vítima de bullying - taxado como "seboso" e "narigudo". Pelo menos isso lhe serviu de algo: Passou a usar shampoos para seu tipo de cabelo e a lavar com frequência as madeixas.

Odiava que o encarassem por conta da aparência, fazendo com que se afundasse no estudo.

Deveria agradecer James Potter e Sirius Black por ter se tornado o melhor químico de Londres?

Jamais. Os odiava.

Era triste que amasse tanto sua profissão, mas que temesse voltar a praticá-la. Não tocava muito no assunto, porém há poucos anos houve uma explosão em seu laboratório, que acabou o deixando surdo de um ouvido, fato que poucos conheciam. Talvez somente os Malfoy (Lucius, Draco e Narcissa), porque os considerava da família.

Draco e ele não tinham tanta diferença de idade, mas Lucius foi como um mentor para Snape, e ele cultivava amizade com o filho do mesmo. E também simpatizava muito com o mais novo, ele era inteligente e tinha bons assuntos.

Severus gostava de ser mordomo, seu trabalho basicamente era abrir a porta e passear com o cachorro, e ele ganhava muito por isso. Não que precisasse, seu estudo sobre "As propriedades químicas das begônias" era patrocinado pela Universidade de Londres, e não sendo o bastante, era o único herdeiro da nobre família Prince.

Sua mãe não entendia porque ele era mordomo, achava uma afronta o filho trabalhar para outras pessoas, mas Severus não se importava, o trabalho o ajudava a não sentir-se tão sozinho.

Ao fim de sua corrida deixou Bicuço solto no pátio e entrou na casa, removendo o casaco da adidas e o pendurando no armário ao lado a porta.

Hagrid e a governanta estavam dispensados, portanto estava sozinho na mansão. Deitou no sofá enorme, obrigando-se a pegar o celular para pedir algo para comer no aplicativo de tele-entrega.

Na tela de bloqueio duas notificações do aplicativo brilhavam.

Bem, que mal teria dar uma olhadela?

[...]

Molly os deu passagem, o casal entrelaçou suas mãos, entrando juntos na aconchegante casa dos Weasley, feita de madeira e tijolinhos vermelhos. Entre as enormes sala e cozinha havia uma divisoria, sendo do lado da sala uma estante de livros e do lado pertencente a cozinha um armário onde Molly guardava utensílios de cozinha, louças e comidas perecíveis.

Na sala havia uma lareira, com uma televisão presa ao suporte sob a mesma, três grandes sofás ao redor do tapete xadrez e uma mesinha de centro em cima do mesmo.

Tudo na casa cheirava a um conforto rústico, causando uma sensação de acolhimento familiar nos quatro visitantes.

- Não reparem na bagunça, os gêmeos chegaram ontem à noite e jogaram seus casacos por todos os cantos. - Molly bagunçou a cabeça, Harry tentou encontrar a bagunça citada, mas apenas via limpeza e organização.

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