capítulo 8

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Em uma tarde ensolarada, resolvemos fazer um pequeno pequenine embaixo das árvores frutíferas que ficam na parte de trás do terreno da mansão

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Em uma tarde ensolarada, resolvemos fazer um pequeno pequenine embaixo das árvores frutíferas que ficam na parte de trás do terreno da mansão.

   - me conte mais sobre você.- Dante pede, assim que nós dois deitamos lado à lado na grande toalha xadrez e voltamos nossos rostos para as pequenas nuvens brancas, emolduradas pelo vasto céu azul.

- o que você quer saber?-

- por quê você está trabalhando como acompanhante de luxo?? Você nunca me contou isso.- ele toca no assunto que me deixa um pouco nervoso.

- eu preciso de dinheiro.- dou uma resposta um pouco vaga, sem ter certeza de se devo ou não contar.

- sim, mas você não parece alguém que faria qualquer coisa só para ter mais dinheiro. Poderia arranjar outro trabalho, tipo médico, professor ou trabalhar em alguma loja.

- eu não fiz faculdade, e preciso dá um jeito de arrumar muito dinheiro.- viro o rosto para encara-lo, focando nos seus olhos verdes.

- quanto dinheiro?

- um milhão de dólares.- respondo, já que não há nenhum problema em falar, ou pelo menos acho. Dante solta um assobio ao escutar o valor.

- e para que você precisa de um milhão??- exclama, sem tirar os olhos dos meus.

- dívidas...

- como você conseguiu ficar um milhão de dólares?!- ele me corta, exasperado.

- é uma dívida do meu pai.- explico, desviando os olhos, com vergonha.- mas como ele está... Impossibilitado no momento, eu preciso conseguir o dinheiro para pagar o maior agiota da cidade, que por sinal, é meu ex-namorado. Senão ele vai matar meu irmão, meu pai e a mim.- termino calmamente.

- nossa. Então você está trabalhando como acompanhante...

- porquê essa é a única opção que eu tenho, já que não estudei para conseguir um bom emprego.- completo para ele, já sentindo meus olhos arderem um pouco.

Em outro tempo, o Lukka adolescente sempre sonhava em estudar em uma das maiores faculdades do país, arranjar um emprego em que não precisasse servir mesas de ricos arrogantes ou limpar o chão. Um sonho bobo, claro, assim como o sonho de se apaixonar e viver um grande amor. Agora, o Lukka de 19 anos só quer três coisas: se livrar daquele maldito agiota, que seu pai desperte do coma e que o irmão seja feliz.

- como você sabe... eu tenho muito dinheiro, muito mais do que preciso. Eu poderia pagar a sua divi...

- você só vai pagar isso por cima do meu cadáver!! Acha que eu sou o que?! Um garoto interesseiro que conta a sua história triste para qualquer riquinho para ver se eles tem pena e resolvam me dá dinheiro?!- digo, claramente alterado.

- N-não foi isso que eu quis dizer lukka.- ele puxa o meu corpo contra o seu, fazendo-me relaxar imediatamente.

- E-eu sei. Desculpa Dante, eu sou um idiota mesmo.- admito por fim, antes de colocar a cabeça no seu peito e fechar os olhos.

O Garoto Do Calendário - Janeiro [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora