Noah e Sabina tinham tudo para serem amigos, menos a vontade.
Sendo de grupos distintos de amigos, e rodeados de intrigas do passado, qualquer aproximação entre eles era algo pouco provável, mas uma aposta feita durante uma festa muda o cenário ent...
— Cadê a professora Carmen? – Ouço alguém perguntar o que todos estavam pensando quando, ao invés da velhinha com um sorriso amigável, quem entrou na nossa sala foi um cara jovial e super sexy. Virei minha cabeça levemente e vi que o autor da pergunta era Noah Urrea.
Bufei um pouco impaciente.
— Bom dia, eu sou o professor Zack. E você...?
— Noah. Noah Urrea. – Ele diz com sua típica postura largada, a voz galanteadora e o sorriso charmoso.
Revirei os olhos. As vezes tinha a impressão que ele tentava flertar com qualquer coisa que se movesse.
— Bem, a senhorita Carmen resolveu tirar um ano sabático. – Ele sorriu. – Ela merecia um descanso após tantos anos trabalhando, afinal. Na sua ausência, eu serei o novo professor de literatura de vocês. Sei que teremos um ótimo ano!
Ouvi Maya suspirar ao meu lado, e segurei o riso, pegando meu celular para envia-la uma mensagem, enquanto o professor estava de costas escrevendo a matéria na lousa.
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— Eu nunca broxei tão rapidamente na minha vida. – Maya diz colocando sua bandeja com comida em cima da mesa. – O que foi aquilo?
Fiz uma careta involuntária.
O que aconteceu é que a aula do Sr. Zack foi um desastre. A didática do cara é horrível, ele percebeu que ninguém estava gostando da aula e começou a soar e gaguejar horrores, e pra piorar, ficou fazendo algumas piadas sem graça pra tentar melhorar o clima, coisa que não funcionou.
— Não sei quem foi que disse que ele era bom dando aula, porque claramente mentiram pra ele. – Dei um gole na minha coca despreocupada. – O duro vai ser aguentar esse cara até o final do ano.
— Pois é, né?! Nunca pensei que fosse sentir falta da Sra. Carmen. – Noah apareceu de repente sentando-se ao meu lado, junto com os outros meninos e, claro, Bailey, o único motivo pelo qual Noah Urrea e eu tínhamos o mínimo de contato.
Forcei um sorriso simpático que fez Maya segurar o riso, e eu, revirar os olhos.
— Preciso da sua ajuda. – Bailey disse sem rodeios.
— Boa tarde, irmãozinho, eu vou muito bem, e você? – Falei irônica e fechei a cara. – O que você fez dessa vez, May? Estou cansada de te livrar das mil merdas que você faz semanalmente, sei que a Luísa é patética, mas ela é sua mãe, não eu.
Ele ignorou prontamente o que eu disse, embora eu pudesse ver a raiva que ele estava sentindo de mim pelo modo como me olhava.
— Preciso que você forje a assinatura do seu pai, eu fingi que tenho uma alergia pra poder ser liberado das aulas laboratoriais de química e meu responsável precisa assinar um termo. Foi seu pai quem assina todas as minhas papeladas do colégio, então tem que ser a assinatura dele.
— Tá, tanto faz. – Falei dando de ombros e dando a conversa por encerrada.
Sem esperar muito Bailey, Noah e Josh saíram da mesa com a mesma rapidez que chegaram, e foram sentar na sua habitual mesa com o time de natação.