Ariel e Leon, após todo o transtorno no velho navio, saíram o quanto antes daquele lugar e nadaram rápido até algumas rochas que ficavam na superfície. A essa altura, já haviam esquecido do porque deveriam voltar apressadamente para o reino. Os jovens tritões não iriam nas rochas para admirar o pôr-do-sol, mas sim para encontrar um conhecido.E lá estavam os dois amigos sentados na rochas, com os objetos do lado, esperando pelo tal conhecido que vivia no mundo fora do oceano. Os tritões então viram a criatura pousar nas rochas.
Era a gaivota tagarela que atendia pelo nome de Sabidão, apesar de que na maioria das vezes a tal sabedoria faltava-lhe.
Os jovens conheceram ele em uma tarde quando estavam sentados nas rochas analisando os objetos que haviam encontrado naquele dia. A gaivota os avistou, e vendo as expressões confusas dos tritões olhando para os objetos, resolveu ajudá-los, pois já havia visto humanos com objetos iguais. Desde então, os tritões e a gaivota são amigos.
ㅡ Ora ora, olhe o que a maré trouxe, os jovens amigos curiosos. Então, como posso ajudá-los? ㅡ perguntou a Gaivota.
ㅡ Acabamos de encontrar esses objetos. ㅡ disse o príncipe colocando os objetos, incluindo o quadro em cima das rochas. ㅡ queremos que nos diga como eles são usados no mundo dos humanos.
ㅡ Oh! Esse aqui eu conheço muito bem. ㅡ disse a gaivota olhando bem o pequeno objeto que parecia o tridente de Triton. ㅡ Serve para pentear o cabelo. ㅡ completou. Os amigos se olharam encantados com a descoberta.
A gaivota então olhou para o quadro que ali estava. Olhou bem para o garoto ali desenhado.
ㅡ Eu já o vi antes! ㅡ exclamou Sabidão. Ariel então olhou para o quadro e se voltou para a ave.
ㅡ Você o conhece? Como ele se chama? ㅡ Ariel perguntava muito interessado.
ㅡ Ele é o..ㅡ antes que completasse, a gaivota foi interrompida por Leon.
ㅡ Ariel! Como pudemos nos esquecer! Temos que ir, rápido! O evento do rei já deve ter começado! ㅡ dizia Leon apressado. Ariel então descobriu a razão daquela sua sensação de ter esquecido de algo importante.
O príncipe então apressou-se, sabia como era os sermões de seu pai e seus castigos severos.
ㅡ Uh! Hoje terá um maremoto daqueles ㅡ disse Sabidão já imaginando a irritação do rei dos mares com o filho levado. ㅡ Boa sorte garoto ㅡ desejou ao príncipe, e ele iria precisar.
Os tritões se despediram da gaivota tagarela e logo depois, seguiram seu caminho até o esconderijo, onde guardavam os objetos humanos.
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O salão estava vazio.
Ainda era possível notar que havia acontecido uma festa ali, por conta dos enfeites. Depois de guardarem o objetos, os jovens seguiram seu caminho até o reino, nadando o mais rapido que podiam porém, não o suficiente, pois Ariel e Leon haviam chegado tarde demais, e o evento havia acabado.
ㅡ Eu avisei.ㅡ disse Leon para Ariel, que o olhou irritado mas sabia que seu amigo estava certo.
ㅡ Então é aqui que nos despedimos, não quero que presencie os sermões que papai irá me dar. ㅡ disse Ariel já se preparando para o longo discurso que seu pai irá falar.
ㅡ Boa sorte meu amigo, irá precisar ㅡ disse abraçando Ariel e logo depois indo embora.
Ariel então começou seu trajeto até o salão do trono, onde provavelmente iria encontrar seu pai e junto dele, Sebastian.
Sabia que Sebastian iria aproveitar o momento para manifestar sua indignação. Era de conhecimento de todos que Sebastian odiava quando nada ocorria como planejava e Ariel, havia arruinado a apresentação com o seu atraso, pelo menos era isso o que o príncipe pensava.Chegou na entrada do salão, avistou seu pai sentado no alto trono com o seu inseparável tridente, e como havia imaginado, acompanhado de Sebastian.
Bom Ariel, ele te viu. Agora não há mais como voltar atrás, enfrente a fúria do seu pai.
Pensou o jovem príncipe.
ㅡ Olá papai ㅡ disse Ariel recebendo um olhar severo de seu pai ㅡ creio que cheguei um pouco atrasado para apresentação. ㅡ continuou.
ㅡ Onde estava Ariel? ㅡ perguntou o rei para o jovem príncipe. ㅡ espero que tenha um motivo para o seu atraso, e quero ouvir agora mesmo.
ㅡ Hã... Eu estava com Leon... por aí ㅡ respondeu o tritão.
ㅡ Isso é previsível, sempre está na companhia de Leon. ㅡ disse o rei nem um pouco satisfeito com a resposta do filho. ㅡ Mas creio que lhe perguntei onde estava e não com quem estava.
ㅡ Hã... ㅡ Ariel estava nervoso, era nitido que seu pai estava desconfiado de que ele havia ido até a superfície.
ㅡ Ariel, diga-me a verdade. ㅡ disse olhando para o filho com um olhar que deixava claro que não estava com paciência para as artimanhas que ele normalmente usava para fugir dos assuntos.
ㅡ Leon e eu fomos encontrar um amigo... ㅡ disse Ariel. O pai o olhou esperando o filho terminar a frase ㅡ ... Sabidão.
ㅡ Sabidão?... ㅡ O rei tentava lembrar-se de onde conhecia aquele nome. Até que lembrou-se de que uma vez colocou um guarda à procura do príncipe e o guarda lhe informou que Ariel e Leon estavam na superfície conversando com uma certa gaivota tagarela, à quem chamavam de "Sabidão". Lembrou-se que por conta deste episódio, Ariel ficou um bom tempo no castigo. ㅡ VOCÊ FOI À SUPERFÍCIE OUTRA VEZ!?
ㅡ Er... sim, mas asseguro que Leon e eu tomamos bastante cuidado ㅡ Ariel apressou-se para explicar ao pai.
ㅡ E SE ALGUÉM TE AVISTASSE? SE VOCÊ FOSSE PARAR NAS GARRAS DE UM DAQUELES BÁRBAROS? ㅡ O rei estava tomado pela preocupação e pela fúria por conta da imprudência do filho. ㅡ Eles não teriam piedade de você, Ariel, nem um pouco que seja. Eles são cruéis.
ㅡ Papai, eles não são cruéis! Eles sa...
ㅡ SÃO PERIGOSOS! Não quero ver um dos meus filhos sendo levado por um daqueles seres! sendo atraído para morte! ㅡ O rei tentava a todo o custo fazer o filho compreender os perigos que trazia se aproximar de um humano.
ㅡ EU NÃO SOU MAIS UMA CRIANÇA, PAI! JÁ TENHO 19 ANOS! ㅡ Ariel já estava farto da superproteção de seu pai. Sabia que ele só estava exercendo seu papel de pai, que o estava protegendo do que, na sua visão, era perigoso. Mas com isso, estava tirando-lhe seu direito de descobrir as coisas sozinho, ter suas próprias experiências.
ㅡ NÃO USE ESSE TOM DE VOZ COMIGO! ENQUANTO VIVER NESSES MARES, OBEDECERÁ MINHAS ORDENS!
ㅡ Papai! Me escute! ㅡ tentou Ariel.
ㅡ CHEGA! NUNCA MAIS QUERO SABER QUE VOCÊ FOI ATÉ A SUPERFÍCIE! ㅡ Disse o rei pondo um fim naquela discussão.
O jovem príncipe saiu o mais rápido do salão, deixando seu pai e Sebastian, que se manteve calado até então, para trás. Triste, Ariel seguiu para o único lugar onde poderia estar nesse momento, chorando e deixando suas lágrimas se misturarem com as águas do oceano.
O rei se sentia horrível, se odiava só de lembrar do olhar triste que o filho o direcionou.
ㅡ Acha que fui muito severo com ele? ㅡ perguntou o rei para Sebastian.
ㅡ Não majestade, fez o que todo pai faria. Se Ariel fosse meu filho, eu teria tido a mesma atitude que o senhor. Ele precisa de limites, precisa de alguém que fique de olhos atentos nele. ㅡ Disse Sebastian.
ㅡ Isso, preciso de alguém que fique atento em Ariel, que o oriente, o aconselhe... ㅡ o rei estava pensando nas palavras de Sebastian. O rei então virou-se para o conselheiro. ㅡ VOCÊ! Você se encarregará disso.
Sebastian arregalou os olhos, não era bem aquilo que queria. Deveria estar compondo canções, e não ficar de babá de um jovem de 19 anos.
Quanta dor de cabeça esse príncipe lhe daria.ㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡ-♡-ㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡㅡ
Oie, feliz Natal hihihi
O que acharam? Me conte nos comentários.
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A Jóia do Oceano
Romance[Romance Gay] [Fantasia] Se lembra do conto em que uma jovem sereiazinha se apaixonou perdidamente por um belo principe humano? Já pensou se o que aconteceu talvez não seja exatamente do jeito que contaram? Ariel é um belo tritão que adora uma bo...