Vermelho violeta

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— Eu estava na metade do terceiro ano do ensino médio — Jungkook começou a falar, deixando Taehyung confuso, mas ao mesmo tempo ele estava curioso e interessado no que estava para acontecer — Devido ao trabalho de meus pais, muitas vezes mudamos. Hoje em dia não mudou muito. A diferença é que já sou adulto, por isso não tenho que ir com eles. Embora quando eles me levassem, me sentisse introvertido porque eles não prestavam atenção em mim, então eu sempre me forcei a ir com eles porque somente desse jeito eu me sentia perto deles. Enfim, a cidade que fui dessa vez foi Daegu, onde comecei a estudar em uma escola particular.

Naquele momento, Taehyung entendeu a direção da história.

— Nesse colégio, eu não era muito conhecido que nem era em Busan, então vi uma nova oportunidade de começar de novo, sabe? Com isso em mente, fiz amizade com os alunos menos privilegiados da classe, os nerds e otakus e, entre esses amigos que eu fiz, havia um ômega.

"Nunca neguei para mim mesmo que sempre preferi ômegas machos do que fêmeas, e ver aquele ômega todo tímido e recluso, o que o deixava até fofo, eu senti que queria tê-lo, embora meu lobo negasse isso. O tempo foi passando e eu e ele começamos a nutrir sentimentos um pelo outro, tínhamos muitas coisas em comum, então foi fácil me ver completamente apaixonado por ele. Eu adorava passar horas ao lado dele, tudo se tornava mais lindo e mágico quando estava com ele. No entanto, o tempo passou, terminarmos a escola e eu completei meus dezoito anos."

"O que tínhamos nunca saiu de sorrisos tímidos, beijos castos e andar de mãos dadas de vez em quando, a ideia de ultrapassar esse limite sempre me foi assustadora, porém quando eu completei meus dezoito anos, tive certeza de que queria algo a mais, se é que você me entende."

O ômega entendeu muito bem o que ele queria dizer, então suas bochechas ficaram vermelhas, assim como seu lindo cabelo.

— Em um belo dia de primavera eu resolvi dar esse passo inicial. Na época eu não sabia que sendo um lúpus eu não poderia me envolver com ômegas de classe baixa, e este foi o meu maior erro.

"Nós estávamos na minha casa, meus pais como sempre estavam trabalhando. Eu fiz de tudo para aquela noite ser perfeita, comprei vinho tinto, queijos finos, enfeitei o lugar com fotos nossas, tudo tão maravilhosamente lindo e perfeito — falava com um brilho nos olhos, mas no fundo dava para se sentir o pesar em suas palavras — porém, quando estávamos terminando o ato, ele pediu-me para que eu o marcasse, e claro, como o bobo apaixonado que eu era e no calor do momento, acabei aceitando ao pedido dele. Posso dizer com clareza que essa foi uma das piores decisões da minha vida. Quando tentei marcá-lo, foi como se algo me impedisse; como se não fosse natural; como se estivesse me forçando a fazer isso. Ele certamente ficou impaciente, pedindo-me para ir logo, que naquele momento seria a união de nossas almas. Eu apenas não poderia. Me forcei tanto para que minhas presas saíssem, que a dor que senti foi agonizante, na hora, comecei a cuspir sangue, porque meu corpo estava rejeitando aquela ação. Conseqüentemente, ele ficou extremamente bravo e me empurrou para longe dele, enojado por eu ter cuspido o sangue nele por acidente. E o que mais me magoou foi o que ele disse a seguir:

"Você é um inútil! Nem para me marcar você serve!"

— Eu não entendi o porquê dele estar falando tais coisas, mas logo ele me explicou.

"Todo este tempo eu só estivesse ao seu lado para que você me marcasse! Assim, eu poderia finalmente ter a vida financeira que eu mereço! Mas nem me dar uma boa condição de vida você consegue, é apenas mais um alfa mimadinho que não recebeu amor de ninguém e ficou amarrado no primeiro ômega que te deu bola!"

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