Capítulo 9 - Ronald

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Oi oi quarenteners, como cês tão do lado daí? Do lado daqui, digo na loucura de final de semestre com o plus de ter 400 atividades a mais devido ao isolamento. Mas, não poderia deixar de reservar esse tempinho pra vir falar com vocês e publicar um novo capítulo, não é? Dessa vez, temos um pouquinho do Ron antes da festa da Luna e o inicio da comunicação entre ele e a Mione. Senhoras e senhores, à partir de agora, iniciamos a segunda parte da fic. Espero mesmo que vocês gostem <3 


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Ronald mal poderia acreditar que estava matriculado no curso que tanto desejava. Se sentiu como um adolescente, recém saído do ensino médio e que viveria a universidade. Claro que, para ele, nada daquilo seria realmente novo, já que sabia como uma faculdade funcionava. Mas, não deixava de ficar animado porque, pela primeira vez, experimentaria aquilo tudo de forma real e completa como deveria ter sido, e não em meio a bares, festas e tudo aquilo que o fizesse matar aula, uma vez que não suportava nenhuma das matérias.

Olhou pra trás e, ansioso para o início das aulas, prometeu a si mesmo que daria tudo de si naquela chance. Mesmo que tivesse que recomeçar, como a velhinha que encontrou havia dito, faria com que aqueles próximos quatro anos lhe gerassem felicidade e conhecimento, mesmo que para assistir filmes no cinema com um olhar diferente.

Animado como nunca antes, resolveu que aquele seria um bom momento pra se encontrar com a pessoa que mais amava e mais ansiava para estar junto, para que pudessem compartilhar daquela alegria.

– Oi amor, tudo bem? – Perguntou, assim que ela atendera.

Oi Ron... tudo certo e com você? Como foi a conversa com seu pai?

– Foi tensa. – respondeu, querendo mudar de assunto depressa.

Quer conversar sobre? – Perguntou a loira, preocupada do outro lado da linha.

– Quero conversar sobre isso, mas também sobre outra coisa. Estava pensando em te buscar para jantarmos. O que acha?

Você me parece animado... que foi que houve? Sabe que eu fico curiosa.

– Sim, eu sei, Lilá... Mas e aí? Cê topa?

– Claro que topo, Ron... que horas? – perguntou. Ron já conhecia a namorada o suficiente para saber que ela ficara feliz por mudar a rotina, principalmente pelos gritinhos que ele percebera, mesmo que baixinho, do outro lado da linha.

– Passo na sua casa daqui meia hora.

– Combinado. Beijo.

– Te amo. – Disse o ruivo, sorrindo, desligando em seguida.

Sabia que, nas outras ocasiões em que discutiram sobre isso, Lilá havia ficado na defensiva, o dizendo que aquela não era uma boa ideia e que tinha pensado em outro futuro para os dois. Entretanto, sabia que a namorada o amava e que ficaria do seu lado, por mais que não concordasse.

(...)

Quando a buscara, o ruivo se surpreendera como, mesmo depois de anos, ainda achava a loira perfeita. Tão perfeita, com seus cabelos dourados e enrolados milimetricamente, que se perguntava o que raios ela havia visto nele. Talvez ela ainda fosse acordar, mas Ron torcia para que não.

Ron a levara no restaurante que ela amava, o Pobre Juan* que servia a melhor comida local do centro. Sabia que tinha uma reserva de dinheiro limitada, até encontrar outro emprego. Entretanto, o que custava agradar aquela que seria sua esposa?

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