Entre o ódio e a justiça

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  Cerca de quatro dias se passaram e Alexander já estava exausto de tanto caminhar, até que vê no horizonte nevado uma construção alta e grande, aparentemente de madeira. Chegando lá ele descobre que é uma pousada, onde há camas, alimento e um atendente.
  O rapaz sorridente e energético já lhe pergunta:
–Olá meu amigo! Posso lhe ajudar em algo?–
  Alexander fica contagiado com a animação do jovem e responde também com um sorriso no rosto:
–Obrigado pela atenção, garoto. Gostaria de uma bebida quente e passar uma noite aqui.–
–Tudo bem!– diz o atendente.
  Logo, o viajante recebe sua bebida, um chá de pétalas da flor de fogo, uma planta comum em lugares onde há neve, ele é usada para várias coisas, mas seu uso mais popular é para o chá, que acalma a alma e descansa o corpo.
  Logo depois de beber seu chá, Alexander de deita para dormir, pois estava extremamente cansado. Passaram-se algumas horas e o hóspede acordou. Já era de madrugada e o Sol não havia dado as caras ainda, então Alexander decidiu dar uma volta para apreciar a neve caindo na escuridão da madrugada e sentir o vento.
  Enquanto caminhava, ele começou a ouvir passos, mas não se importou. Mas os passos ficavam mais rápidos e vindo em sua direção, e quando se virou, uma adaga perfurou perto do  seu peito, mas por sorte não atingiu o  coração.
  Sem tempo de reação, Alexander caiu no chão e viu uma pessoa, mas o escuro não permitia ver  quem era. Então ele ouviu uma voz masculina falando:
–Fique deitado aí, não seja idiota para me enfrentar, ou morrerá também–
  Então a figura some de sua frente sem deixar rastros. Ainda deitado, ele ouve um grito vindo da pousada, e então percebe que são gritos do jovem atendente.
  Mesmo com dor, ele rasteja até a entrada do estábulo para ver o que está havendo. Então, ele vê o homem que possivelmente o atacou antes de pé na frente do garoto atendente.
–Escuta aqui, magrelo. Quero todo o ouro que tem nesse estabelecimento agora. E vá logo, se não, matarei você. Entendeu?!?!–
  Diz o homem, com um machado em suas mãos.
–S-senhor.... Meu chefe não está aqui, i-infelizmente não poderei dar nenhum dinheiro sem a autorização dele... –
  Disse o jovem tremendo.
– Não quero saber do seu chefe!!!  Me dê todo o seu ouro agora!!!!Hmm... Quer saber, vou fazer isso eu mesmo, já que você não quer colaborar. Seu inútil! Vai morrer em vão! Hahahahah–
  Então, o assaltante levanta seu enorme machado de guerra para dar o golpe fatal. Com suas últimas forças restantes, Alexander se levanta e saca sua espada, e, Antes que o brutamontes pudesse matar o jovem recepcionista ele dá um pulo em direção ao agressor e o golpeia.
  Quando o recepcionista abre os olhos, vê o assaltante no chão com a espada ainda atravessada em seu corpo, e seu herói caído no chão...

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