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Beatriz on

Chego na boca e vou direta para a sala do meu irmão. Entro sem bater mesmo,tou nem aí se ele tiver a comer uma puta.

Assim abro a porta, vejo o que já esperava, a puta da Carla no colo do meu irmão.

Eu: cof cof - fingo tosse para chamar atenção deles

Ph: Porra não sabe bater na porta- ele tira a Carla do colo,fazendo com que ela vá parar ao chão, tive que controlar para não rir na cara dela

Eu: Se tu quer ficar a comer puta aqui,tranca a porta

Carla: Amor, vai deixar a sua irmã me chamar assim? - ela levanta-se do chão e ajeita a roupa

Eu: Até parece que te estou a chamar algo que não é - me sento no sofá- Agora se manda daqui que eu tenho assuntos importantes para tratar com o meu irmão

Carla: Olha aqui vagabunda, tu me respeita

Eu: Agora as piranhas tem direitos? -olho com cara de deboche -Se quer tanto respeito, começa a fazer por merecer, eu não respeito vagabundas como você- ela vinha para cima de mim mas o meu irmão a puxa pelos cabelos

Ph: Se não quer ficar careca, é melhor não fazer nada contra a minha irmã. Agora vaza daqui- ele arrasta para fora da sala

Eu: Agora até eu fiquei com pena dela- começo a rir

Ph: Tá já chega

Eu: Tudo bem mas sabe que ela nunca te vai largar, ela é tipo carrapato

Ph: Não quero falar da puta da Carla - ele puxa a cadeira e se senta na minha frente- Me diz por quê você mentiu, pra mim

Eu: Cê tá falando do quê?

Ph: Não se faça de sonsa,  Beatriz. Eu sei que foi para o hospital com a Luiza

E agora fudeu, o que eu lhe digo. Não posso lhe dizer a verdade, Luiza me mata se eu conto.

Vai Bea,pensa em alguma desculpa boa

Ph: Vai me responder,porra?

Eu: Pedro,eu não posso te contar eu prometi que não dizia a ninguém

Ph: Beatriz, nós nunca tivemos segredos um para o outro, me conta o que se passa

Eu: Certeza que não temos segredos,Pedro?

Ph: Não não temos

Eu: Então me conta sobre a invasão que nosso pai morreu,porquê que é proibido falar sobre essa dia

Ele abaixa a cabeça, acho que não devia ter tocado nesse assunto, mas eu queria saber, eu tinha o direito de saber o que se passou naquele dia da morte do meu pai.

Ph: Além do pai e do meu padrinho, eu perdi uma pessoa muito importante para mim e me culpo todos os dias por não a ter protegido como tinha lhe prometido - ele diz ainda de cabeça baixa - Agora me diz o que tu foi fazer na porra do hospital - ele levanta a cabeça

Eu: Eu não posso dizer muita coisa sobre a minha ida ao hospital mais posso diz que a Luiza tenhe uma pessoa que é muito  importante para ela, lá.

Pedro percebeu que não podia mesmo contar mais nada. E eu também fiquei feliz de ele me contar em parte o que se passou nesse dia. Só gostava de saber quem é essa pessoa tão importante que ele perdeu.

Depois de um tempo, eu começei a ver a papelada da contabilidade do morro e meu irmão desapareceu, ele saio da sala e não sei para onde foi.

(...)

De volta ao morro ( Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora