Saio do hospital e corro para casa, tem sido assim os meus dias desde à uns meses para cá. Mas hoje era diferente, ia me mudar para o morro do alemão.
Chego em casa e organizo as malas, depois das minhas estarem prontas começo a organizar as da Laurinha.
Laurinha é a minha filha, ela tem dois aninhos e é meu tudo. Infelizmente somos só as duas pois o imbecil do meu ex namorado não foi capaz de assumir e os meus pais adotivos viraram me as costas quando mais precisei .
Devem se estar a perguntar, pais adotivos? Sim, isso mesmo eu sou adotada. Eu morava no alemão com os meus pais e o meu irmão mais velho mas um dia houve uma invasão onde meu pai morreu e eu fiquei gravemente ferida,fui para o hospital e ai não me lembro de mais nada. Acodei do coma dois anos depois e não tinha memória de nada, não sabia que era, de onde vinha nem nada. E como ninguém tinha dado por minha falta, assim que tive alta fui para um orfanato e pouco tempo de estar lá fui adotada por um casal rico e fui morar no exterior, mais precisamente em Londres.
Com o passar do tempo eu fui tendo algumas recordações mas eram poucas, as únicas coisas que me lembrava era de ver o meu pai a morrer à minha frente, que tinha um irmão mais velho e a minha mãe de resto não me lembro de nada. Tentei saber mais sobre minha familia biologica mais meu pai adotivo não gostou muito e me proibiu.
Passando algum tempo eu conheci um rapaz, e começamos a namorar, depois de um ano de namoro eu descobri que estava grávida, fiquei com muito receio do meu namorado não aceitar ou os meus pais. Meus pais não aceitaram de maneira nenhuma, nem meu namorado na altura.
Era uma adocelescente de 17 anos de idade grávida e sozinha. Por sorte com ajudar dos meus amigos consegui ter minha filha. Começei a trabalhar e consegui juntar dinheiro para voltar para o Brasil, tudo estava indo bem, consegui uma casa para mim e para a minha filha, tinha um emprego que consegui através dos meus amigos de Londres e Laurinha estava feliz.
Mas depois de um tempo, minha princesa começo a passar muito mal e descobri que minha menina tem câncer, leucemia para ser mais exata. Ela tinha o tipo mais raro da doença que só com transplante de medula, ela conseguia sofreviver.
Começo à fazer vários tipos de tratamento para tentar abrandar a doença enquanto não aparecia um dador compatível.
Mas os tratamentos são muito caros e o dinheiro que tinha guardado mais o meu salário não chegava então decidi me mudar para o alemão, pelo menos sabia que era menos uma despesa que tinha e assim já dava para os tratamentos da minha princesa.
(...)
Finalmente tinha chegado no pé do morro, paguei o uber e tirei as minhas malas. Assim que estou na entrada do morro eu sou barrada por um cara com um fuzil atravessado nas costas.
Xxx: Hey princesinha onde pensa que vai?
Eu: Sou nova moradora daqui
Xxx: Jae mais tenho que avisar o patrão- ele ia pegar no rádio quando aparece um moreno de olho azul muito lindo,assim que bato o olho nele me dá um sensação que já o conhecia de algum lado mas não me lembrava de onde
Yyy: Iae Farofa, qual o corre?
Xxx: Só a patricinha aqui diz que é nova moradora do morro
Yyy: Jae pode liberar - o garoto apenas acente e me deixa passar - Se quiser ajuda pede aos garotos eles te ajudam
Ele nem me deu tempo de responder,subiu na moto e desapareceu parecendo o flash. Com alguma vergonha peço ajuda aos garotos que estavam lá. Os garotos apenas pegam minhas e partiram.
O garoto moreno que me barrou quando saio do carro, que agora sei que tem o vulgo de comida. Se aproxima de um mototáxi e me chama.
Farofa: Sobe ai que ele te deixa em casa- apenas concordei com a cabeça e subi na moto
Agradeci ao garoto que me deixou na porta da minha nova casa. Nao tinha muito dinheiro comigo mas dei a ele que agradeceu.
Entrei em casa e vi as malas na sala,sorte que a casa já estava mobiliada. Não era muito grande tinha dois andares mas em baixo era a cozinha e a sala e no andar de cima timha dois quartos e um banheiro no corredor. Subo as escadas e vou até ao meu quarto, começo arrumar as minhas coisas.
Depois de ter tudo arrumado, fui arrumar as coisas da minha princesa. A médica diz que ela está em primeiro lugar na lista de espera, só espero que apareça algum dador compatível e que possa salvar a minha menina.
Quando acabei de arrumar,já era hora do almoço, como não tinha nada em casa, tomei um banho vesti uma roupa e fui no mercado.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Fui andando pelas ruas à procura do mercado. As minhas memórias não são muito nítidas, olha para aquelas ruas era como eu tivesse a ver tudo pela primeiras vez. Nada vinha na minha cabeça, só tinha medo de de não me lembrar de nada e não conseguir encontrar minha familia. Nem sei se eles estão vivos ou se ainda moram aqui.
Enquanto andava acabo por esbarrar numa menina muito bonita.
Eu: Desculpa - digo assim que esbarro nela
Xxx: Tudo bem, também estava distraída- ela mostra um sorriso mas parecia falso - Cê é nova por aqui, nunca de tinha visto
Eu: Sou sim - quando eu disse isto,ela parece ter ficado mais aliviada
Xxx: Satisfação,sou a Beatriz mais pode me chamar de Bea- ela estende a mão e eu aperto
Eu: Prazer, eu sou a Luiza mas pode me chamar de Lu
Beatriz: Vai onde?
Eu: Eu estava a procura do mercado,me mudei hoje então ainda estou a procura dos lugares - sorrio
Beatriz: Relaxa, parece complicado mas é bem fácil de achar as coisas aqui - ela parece simpática- Se quiser eu te levo lá
Eu: Sério? Seria uma boa
Ficamos a conversar até ao mercado e contei lhe que tinha me mudado para cá por não conseguir pagar a renda no asfalto. Não contei muita coisa porque ainda não conheço ela direito mas parece me que ela é de confiança, quem sabe ela não me possa a ajudar achar mais informações sobre a minha familia.
Eu: Quer vir almoçar comigo?
Beatriz: Opa comida é comigo mesmo- começa mos a rir e fomos para minha casa
