Capitulo Vinte e Oito - Primeira Temporada

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Daryl:

Daryl entrou no quarto, vendo Malia a lutar com um errante, no chão. Mas do lado dela tinha sangue, que pingava do seu braço onde ele viu um pedaço de vidro.
Daryl pegou o errante e afastou ele de Malia. Ela levantou, pegou na faca e espetou na cabeça dele, guardando depois de limpar. Daryl jogou o errante no chão e se aproximou de Malia, agarrando o braço dela e olhando o ferimento.
- Como você fez isso? - Perguntou.
- Caí em cima daquela porcaria. - Malia apontou a tv, fazendo caretas.
Ele olhou de novo para o braço.
- Vai doer.
- O quê? - Perguntou ela. - O que vai doer?
Daryl agarrou o braço dela com força e com a outra mão puxou o pedaço de vidro, fazendo Malia gritar.

Malia:

- Me deixa ajudar.
- Não. - Rosnou Daryl.
Ele me mandou sentar na cozinha, enquanto ele procurava por comida, dizendo que eu poderia botar fogo na casa só por tentar abrir a geladeira.
Fiz uma careta, que Daryl não viu, enquanto ele abria e fechava armários, botando várias coisas na mesa. Peguei uma lata e me preparava para a abrir quando a lata desaparece da minha mão. Olho para cima e vejo Daryl abrindo ela e me entregando.
- Eu não sou criança. - Disse eu.
- Parece.
Ele não disse mais nada e eu comi. No final subi, sem dizer nada a ele também. Entrei no quarto, escuro, e deitei na cama. Parecia que Daryl tinha esquecido tudo o que acontecera na outra casa. Suspirei.
Vi a porta abrir e fiquei atenta,mas não ouvi o som de errante. Alguém deita do meu lado, depois de colocar algo no chão, e sinto sua mão pegando a minha.
- Pára de se meter em perigo. - Disse uma voz rouca.
- Eu não sabia que o errante estava lá. Você que deu uma olhada na casa.
Ele riu.
Sem pensar, viro e encosto minha cabeça no peito dele, largando a sua mão. Sinto seu braço me rodeando e sei que, nessa noite, vou conseguir dormir finalmente.

Daryl me diz que, no dia seguinte, iremos sair dali e começar a procurar Rick, ou qualquer outro membro do grupo. Por mim ótimo, porque estou com uma saudade danada do Carl.
Estou em cima de uma árvore, onde cacei um esquilo, e olho para baixo, vendo Daryl parando, olhando em volta. Eu saí de casa sem dizer nada, ele deve estar me procurando e como Daryl é bom a rastrear... Mas ele não olha para cima. Estranho, ele já deveria ter me achado.
- Malia! - Chama ele.
Sorri, vendo ele dar um passo em frente. Prendo o arco nas costas, me agarro num ramo e pulo, caindo bem atrás de Daryl. Ele roda muito rápido, apontando a besta, mas eu me baixo, ouvindo a seta voando. Levanto e olho para ele, que ficou pálido.
- O que foi? - Perguntei. - Tenho cara de errante?
- Não. - Ele passa por mim e tira a seta da árvore.
- Daryl.
Ele me olha.
- Eu podia ter furado sua cabeça. Da próxima vez me avisa.
Me aproximo dele e coloco os braços em volta da sua cintura.
- Mas não furou. Eu me baixei porque já imaginava que você iria fazer isso.
Ele me olha, eu sou baixinha, não muito, mas ele é bem maior do que eu, por isso ele tem de olhar um pouco para baixo.
- Eu sonhei, uma noite, que você morria assim. Com uma seta minha na cabeça. - Diz ele.
- Porque eu nunca soube disso? - Largo ele.
Ele sorri.
- Lembra que você é igual criança? - Ele me dá um beijo rápido e se afasta. - Nem uma latinha sabe abrir sozinha.
Sigo ele, começando a ficar irritada.
- Isso é porque eu não sou um homem, seu idiota! Não tenho a sua força! - Estico a mão e dou um soco no ombro dele.
- Se tivesse eu estaria morto.
Fiz um som muito pouco feminino e saí andando na frente dele, em direção a casa. Odiava aquele Dixon. Não, eu não odiava, muito pelo contrário.

No dia seguinte vamos andando pela floresta. Eu sei caminhar e me mexer sem fazer barulho, mas Daryl parece fantasma.
Me afasto dele um pouco, procurando água. Encontro dois errantes pelo caminho e mato eles mas depois paro. Cheguei num caminho de ferro e tem uns homens lá. E Daryl está com eles, com a besta mirada na cabeça do homem que deve ser o lider, enquanto os outros apontam as armas a ele.
Escondida, pego meu arco e saio da floresta, apontando ao primeiro homem que tenho na frente. O lider me olha e sorri.
- Porque você não disse que tinha companhia? E linda.
Daryl olha para o lado rapidamente e vejo ele fechar os olhos por um segundo, antes de voltar a olhar para o lider.
- Se você toca nela eu te mato. - Rosna ele. A voz de Daryl está calma, o que o torna assustador.
- Baixa a besta, arqueiro e diz a sua amiguinha para baixar o arco.
Daryl baixa a besta e eu tenho de imitar ele. Ele estica o braço na minha direção e me aproximo, ficando do seu lado. O lider sorri.
- Sua irmã? - Pergunta. - Muito linda ela.
- Ela é minha. - Diz Daryl.
- Ah.... Um casal, portanto. Sei. Sou o Joe, e vocês?
Daryl me olha e depois de novo para Joe.
- Daryl.
- Malia.
Joe riu.
- Bem vindos amigos! Agora temos mais hipóteses de sobreviver. - Ele olha para os outros homens. - Temos dois arqueiros no grupo.
- A gente não vai com você. - Diz Daryl.
Joe se aproxima.
- Ou vai ou morre. Os dois.
Aponto o arco á cabeça de Joe.
- Experimenta. - Digo.
Joe me olha, surpreso e depois sorri.
- Ela é brava, hein? Gosto dela. Baixa o arco Malia, aqui somos todos do bem. Mas, vamos?
Ele se afasta e Daryl e eu somos obrigados a seguir ele e seus amigos. Daryl me pede para nunca sair do seu lado, nunca mesmo, porque aqueles homens me olham com um olhar estranho, como um gato vendo uma taça de leite.

A História de Malia MasonOnde histórias criam vida. Descubra agora