A História de Malia Mason

Capitulo Trinta e Tres - Primeira Temporada

Achamos uma casa grande e invadimos ela. Corro no banheiro e me olho no espelho, vendo que tem um ferimento na minha testa. Maldito Gareth.
Escuto todo mundo na sala.
- Se eu soubesse que aquela era a boneca por quem o Daryl tinha ficado para trás, tinha ficado junto. - Diz Abraham.
- Nem deixa ele ouvir isso. - Rick ri.
- Ela é linda, com aquela pele de porcelana. - Diz Rosita.
- Pode ser uma boneca, mas é minha. - Escuto Daryl falar enquanto desce as escadas.
Sorri me olho no espelho e saio indo para a sala. Todos me olham. Paro de andar.
- O que foi? - Pergunto. - Enquanto vocês estiveram presos, eu estive levando porrada.
- Quê? - Perguntou Maggie.
Suspiro.
- Estou cansada, só quero dormir. - Disse. - Falamos sobre isso amanhã.
Daryl coloca um braço em cima dos meus ombros e sobe junto comigo. Entramos num quarto grande e eu me jogo na cama, depois de tirar meu arco e todas as armas e colocar no chão.
Minutos depois percebo que Daryl está de pé, me olhando. suspiro de novo.
- O que foi agora? - Pergunto.
- Eu não deito aí enquanto você tiver essas duas facas terriveis escondidas nas botas.
Sento, tiro as facas e as botas e volto a deitar, fechando os olhos. Sinto ele deitar do meu lado e depois sua mão segura o meu rosto e vira ele. Sei que Daryl está olhando meu ferimento. Ele passa o dedo junto da minha boca, onde tem outro, e eu solto me afasto rapido.
- Au. - disse eu.
- Desculpa.
Ele fica me olhando durante muito tempo, consigo vê-lo pela luz da lua que entra pela janela. Depois, sem me dar tempo para pensar ou reagir, Daryl segura meu rosto e me beija, daquela forma que só ele consegue. Ele me beija uma e outra vez e sinto a mão dele por baixo da minha blusa. Me afasto e olho no seu rosto.
- Não vai ser como da outra vez, pois não? - Pergunto baixinho e tirando um pedaço de cabelo do rosto dele. - Da última vez, você me odiou no dia seguinte.
Daryl baixa a cabeça, colocando ela no meu peito. Fica ali, parado e calado durante tanto tempo que acho que adormeceu, mas aí ele levanta e me olha.
- Não. Dessa vez é diferente. Como disse o Abraham, você é a minha boneca. A minha mulher macaca. A unica que não me acha estranho, que não fica com pena e que é tão doida quanto eu.
Sorri e ele me beija de novo. Daryl tira a minha blusa, me beija de novo e depois beija meu pescoço.
Ainda bem que Gareth não me matou, nem matou o meu arqueiro.

Acordei, com a luz do sol entrando no quarto. Não queria sair da cama. Minha cabeça doía e meu rosto também de tanto soco. Estiquei a mão, esperando tocar em Daryl, mas meus dedos acabam explorando o vazio. Abro os olhos e vejo que estou sozinha, até a besta sumiu.
Levanto de um pulo, me visto, pego minhas armas e desço na cozinha, correndo, mas quase vou contra o Carl quando ele aparece na porta da cozinha.
- Cadê todo o mundo? - Pergunto.
Ele sorri.
- Esse todo o mundo é o Daryl?
- Carl, eu falei todo o mundo.
- Tá bom. Estão na cozinha, menos o Daryl, a Rosita e a Maggie, eles saíram para procurar comida.
Olho para Carl.
- A Maggie e a Rosita....
- Deixa de ser ciumenta, Malia. - Carl volta para a cozinha e eu sigo ele.
Abraham está lá, com Rick, Glenn, Michonne e uma tal de Tara. Eles me olham e depois Abraham sorri.
- Bom dia boneca. - Ele sorri.
Olho para ele e sento numa cadeira. Abraham olha para Glenn, falando com ele e dá um pulo de susto quando uma faca se espeta na mesa, entre as mãos dele. Ele olha para mim.
- Me chama de boneca outra vez e eu espeto isso na sua cabeça. - Digo eu.
Todo mundo sorri, menos Abraham.
- Tem certeza que você não é uma Dixon? - Pergunta ele retirando a faca. - Porque pelo que me contaram, o violento aqui é o Daryl.
- Sou uma Mason, não uma Dixon. - Estico a mão, esperando Abraham me devolver a faca.
De repente, sem razão, minha mente volta na noite anterior. Sinto meu coração bater super rápido e sei que vou ficar vermelha que nem tomate, por isso levanto e saio na rua, olhando em volta e me certificando de que não tem errantes. Sento nas escadas, mas depois ouço som de errante.
- Ah não. - Levanto. - De manhã não.
Olho para uma árvore que tem lá e subo nela, assim eles podem passar sem eu ter de matar ninguém.
Minutos depois ouço passos de pessoas e olho para baixo, atenta e de arco na mão. Primeiro vejo Maggie, caminhando na frente e entrando na casa, depois, bem mais atrás, vejo Rosita caminhando do lado de Daryl. Eles falam sobre algo, aliás, ela fala porque Daryl vem calado como sempre. Deixo eles passarem e depois salto no chão e quando vejo que Daryl vai pegar a besta, se virar e tentar me matar, salto nas costas dele e beijo o seu pescoço.
- Te peguei. - Digo eu e pulo de volta ao chão.
Rosita sorri e entra na casa. Daryl me abraça, apertando forte, me beija e depois se afasta um pouquinho.
- Odeio sair sem você, com a sua sorte, ainda é morta por um elefante enfurecido.
- Daryl não tem elefante aqui.
- Mas com você tudo pode acontecer. Mas eu deixei você dormindo e pensei que ia te encontrar dormindo ainda.
- Você sabe que não consigo dormir sem você. Antes de você me achar, no dia em que me levou na prisão, eu não dormia praticamente nada. E ai, acharam comida?
Daryl me mostra um animal que trazia preso na cintura, com uma seta espetada.
- Nem sei o que é isso. - Digo eu.
- Comida. - Responde Daryl. - Mas a Maggie e a Rosita acharam comida também, daquela que você nunca consegue abrir. - Ele se afasta em direção á casa.
Sorri e me preparo para seguir ele, mas alguém prende meus braços. Tento me libertar mas sinto uma faca no meu pescoço. Paro de me mexer, pensando, e vejo Daryl me olhar, largar tudo e pegar na besta, mirando o meu agressor.
- Atira, arqueiro, atira e aqui a sua queridinha morre.
Quero gritar de raiva porque reconheço aquela voz.
- Gareth.