CAPÍTULO 1

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Estavamos em reunião familiar com o advogado do meu pai, minhas irmãs estão apreensivas, minha mãe demonstra segura e calma, porem sei que ela esta cansada dessa briga pelos bens do meu pai ou melhor dizendo empresa.

-- A mulher sai de casa e ainda por cima tem direitos no que foi do meu filho?
-- Senhor Thompson, seu filho foi claro no testamento, tudo ficaria para Emma Swan, e suas filhas... se algo aconte...
-- Mas ela o matou! Essa vagabunda...

Esse velho, ja esta me enchendo!

Minha mãe não aguentou por muito tempo as agressão do meu avô.

-- Se você não calar essa boca, jogo um processo por calúnia!
-- Senhor, é melhor se acalmar, respeite suas netas, e convenhamos, Thomaz não estava nada bem, psicologicamente, porém seu testamento foi escrito uma semana antes do suicídio, não sei o que estava passando na cabeça dele, mas tenho certeza que naquele momento ele já pensava em si mata... só não sei, o que o levou a querer levá-la junto, Emma!

André, lembro dele na casa dos meus pais, quando tinha alguma festa ou jantar comemorativo.

-- Vamos ao que interessa, André! -- Reclama meu avô.
-- Setenta por cento da empresa fica com Keith Swan Thompson...

Como assim, só tenho 16 anos!?

-- Que palhaçada é essa? -- Meu avô grita.
-- Senhor, se não fica calado, saira da minha sala... continuando... a mesma terá que admitir seu cargo na presidência assim que fizer maior idade, ficando assim antes disso André Santos, como procurador da mesma...

Ouso meu avô resmungar baixo, e minha mãe suspira.

-- ... as demais ações sera dividida entre Julia Swan Thompson, Anne Swan Thompson e Ronaldo Costa Thompson, dez por cento cada. O seguro de vida, apartamento e conta em banco, ficara para Emma Swan, tutora legal de suas filhas.

-- Terminou essa palhaçada?
-- Sim, senhor, pode se retira de minha sala.
-- Passar bem! -- Responde furioso.

Ele sai e respiro, meu pai tem a quem puxa, me recuso erda essa genética.

-- Meninas, sei que o pai de vocês não foi muito bom, mas ele ama muito, disso tenho certeza... olha, ele deixou uma carta para cada uma...
-- Não quero nada que velha dele, nada... passe minha parte para o vovô, ele sim faz questão! -- Declara, Julia revoltada.
-- Julia, não posso fazer isso, nem você... não agora, não tem poder para isso! -- Retruca ele. -- Tenha calma, querida, mais na frente terá faculdade e quem sabe trabalhar aqui com sua irmã!?
-- É, Julia, será bom ter você comigo e a Anne! -- Digo.
-- Eu não, quero estudar moda! -- Diz animada.

De todas nós, ela é a mais sonhadora e romântica incurável.

O caminho para casa foi silencioso, conhecendo minha irmã do meio, sei que não vai muda de ideia, foi a unica que ficou marcada com o passado, pois era muito apegada ao papai, ele era seu príncipe que virou um monstro.

-- Mãe, passa no pai Matt?
-- Estamos conectada, garota! -- Responde animada.

Não demorou para chega no prédio de arquitetura, somos muito bem recepcionadas, claro, filhas do dono!

Chegando em sua sala,
logo somos vista.

-- Visita, das mulheres da minha vida? -- Declara, nos abraçando.
-- Oi, amor! -- Sauda minha mãe com um beijo.
-- Então, como foi lá?
-- Chato, pai... parecia a aula do senhor Godoy! -- Responde Anne.

Nem demos muito atenção para a comparação da Anne, para ela tudo é chato.

-- Inesperado, ele deixou tudo para mim, e a empresa praticamente toda para as meninas! -- Respondeu minha mãe.
-- Que bom, para o futuro delas, mesmo se não deixasse nada, elas nunca iriam mendigar nada deles!

Sei que ele se refere aos meus avos paterno, ultimamente estão incomodando muito nossa família por causa da herança.

-- Por mim eles ficariam com tudo! -- Diz rude e sai, batendo a porta.
-- Julia!! -- Grita minha mãe. -- Matt?
-- Vou liga para ela... -- Fala já com o celular no ouvido. -- Princesa?... ta certo, tome cuidado... quando chegar conversamos... te amo!
-- Ela saiu? -- Pergunta minha mãe.
-- Calma, amor... ela foi para casa!
-- Sozinha, Matt?
-- Não, ela foi com Paul!

Meus pais preferiram que fossemos com o motorista da empresa, para casa, pois minha mãe iria com ele depois.

Anne vai correndo para o quarto de Julia e eu vou atrás, encontrando elas abraçadas.

-- Ei, não fica assim... ao menos ele deixou alguma coisa para nós!
-- Você lembra da última vez que formos lá? -- Pergunta Ju.
-- Eu disse que iria estudar para trabalhar com ele!
-- Eu não lembro desse dia! -- Diz Anne.
-- Falei que iria ser médica, pois advogados eram mentiros... ele ficou irritado! -- Disse Julia.
-- Verdade, mas disse que o que você quisesse ser, estaria do seu lado!
-- O que aconteceu com ele, Keith? Se amava tanto a mamãe, a reconquistasse, não fosse à extrema estupidez... lembro do dia que ele entrou no apartamento do pai Matt... foi horrível, mas apesa de tudo, eu o perdoo! -- Exclama Anne.
-- Você é muito boa, Anne, eu não consigo! -- Afirma, Ju.
-- Também não... mas uma coisa é certa, não vou deixar o vovô, tomar o que é nosso, ele que nos aguarde!

...

Depois do jantar em Família, mamãe nos entregou as cartas, Julia não reagiu bem, mas pegou a dela.

Guilherme tagarelou até cansar nos três, estava ansiosa demais com o conteúdo da carta, que nem prestei atenção ao meu irmão.

O que ele teria para me disser?

-- Keith, o que acha? -- Sou sacudida, por Gui.
-- Eiii...
-- Estou falando... fazer cinema em casa? O brigadeiro e com você! -- Ordena ele.
-- Não hoje, Gui, pode ser amanhã?
-- Por favor, Keith? -- Pedi Anne.

Na verdade, não estou com paciência, e não aguento tanta curiosidade com o que estar em meu quarto.

-- É serio, estou cansada... amanhã é sexta-feira, um otimo dia para fazer cinema em casa ou ir ao cinema, que tal?
-- Prefiro ir ao cinema! -- Responde Ju.

Minha irmã mais nova pate palminhas animada.

-- Ta certo, se você vinher com desculpas te dou um gelo por semanas... ouviu por semanas, dona Keith!

Puxo ele para um abraço, o pirralho sabe fazer ameaças.

Querida, Keith.

Acredito que neste momento, esteja me odiando pelo que fiz, juro filha que não sei em que momento, deixei que o egoísmo dominasse meu coração, mas quando notei já era tarde.

Vamos ao que interressa...

É mais um pedido, na verdade, gostaria que assumisse a empresa, não deixe seu avô tomar a frente, tudo o que construir, foi para vocês, por favor princesa, não renegue o que é seu.

Me perdoe, por tudo, saiba que eu te amo, acredite em mim!

Thomaz Thompson

-- Paai... o que aconteceu com você!? -- Sussurro para mim mesma.

Com legrimas, acabo dormindo.

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⏰ Última atualização: May 26, 2020 ⏰

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Um Homem De Maturidade (BREVE)Onde histórias criam vida. Descubra agora