Chris batucou os dedos no volante do carro enquanto tentava não pisar fundo no acelerador e chegar o mais rápido possível na escola do seus filhos, seu coração de pai estava angustiado, aquela ligação foi o gatilho para deixar tudo para trás na gravadora e ir ao socorro do seus pequenos. Era a terceira vez naquele mês que o bang tinha que ir ao colégio dos meninos por conta das brigas que o han se metia. Suspirou pesado virando a esquerda, ele estacionou o carro em frente a pequena creche de dois andares e saiu do automóvel às pressas.
Já dentro da escola, conversava com a diretora e sentia sua língua coçar para xingar a mãe do filho que Jisung tinha supostamente agredido, ela dizia barbaridades do seu pequeno mesmo sem ter noção da real personalidade doce do menorzinho.
- senhora, meu filho não é um nenhum arruaceiro e muito menos mal educado. - Christopher disse impaciente. - ele deve ter agido dessa maneira por conta do seu filho que vive maltratando o meu mais novo. - se referiu a Felix, deixando assim a mulher ao lado boquiaberta. - por que o espanto? Já devia imaginar, afinal é a terceira vez que estamos nesta mesma situação e isso por conta do seu filho e não dos meus.
- seu filho agrediu o meu! - bradou alterada.
- pelo que eu vi lá fora, ele estava muito bem, diferente do bracinho do meu hannie que parecia machucado. - cruzou os braços.
- com licença. - ao ouvir uma voz baixa, chris se virou, observando um rapaz baixinho vestido com a camiseta da creche. Provavelmente um novo funcionário que o bang não conhecia.
- entre, Changbin. - a diretora pediu. O moreno se aproximou dos pais dos meninos que ele estava cuidando. - pode nos explicar o que realmente aconteceu na sua turma?
- sim, senhora. - Changbin encarou Christopher e depois a mulher de fios negros. - bem, eu estava passando uma atividade quando escutei a voz alterada do yongmin, fui checar o que estava acontecendo quando vi Jisung escondendo Felix atrás das costas. Quando perguntei a eles o que estava havendo, Jisung me mostrou seu braço e disse que yongmin tinha mordido ele pelo simples fato que o han não queria dividir um lápis de cor azul. - o moreno segurou o riso, afinal, era algo tão simples e estava causando aquele escarcéu todo. Era hilária, pelo menos pro Seo.
Christopher se virou para a mulher com sua melhor expressão de deboche e voltou a encarar a diretora à espera de uma conclusão.
(...)
Quando enfim resolveram tudo, ambos pais saíram da sala da diretoria acompanhado do professor novo dos meninos e a dona do espaço. Felix e Jisung estavam sentados lado a lado nos banquinhos em frente a sala, de cabeças baixas e mãos juntas em cima do colo. Aquilo partiu o coração do Bang, que caminhou com calma até seus meninos, se abaixando rente a eles a fim de depositar uma carícia em seus cabelos.
- tá tudo bem, meninos. - disse docemente. Não gostava de vê-los tão cabisbaixos.
- desculpa, appa. - a voz do han estava fraca, ele se sentia culpado por atrapalhar o serviço do mais velho novamente.
- oh meu amor, está tudo bem. - segurou em sua mãozinha. - nenhum dos dois fez nada de errado. Não é culpa de vocês.
- mas a gente tirou você do trabalho. - Felix ergueu o rosto e encarou o loiro, seus olhos castanhos estavam inundados de lágrimas, ele passou sua mãozinha nos olhos para conter as pequenas gotículas que queriam descer.
- não tem problema, o papai não liga pra isso. - apertou de levinho a bochecha gordinha do menino, este que ainda choroso balançou a cabeça em concordância, ganhando um abraço do mais velho. - não quer um abraço também, esquilinho? - o han balançou a cabeça várias vezes também, se agarrando no australiano fortemente.
Apertou os garotos contra seu peito, tanto que Jisung reclamou de falta de ar e Felix riu daquele jeitinho fofo e delicado que só ele possuía. Separou os meninos do seu corpo e encarou eles, ajeitando a franja de ambos cabelos e ficou de pé, os levando até o garotinho que tinham brigado.
- me desculpa, han. - o menino disse. No entanto, aquilo para Chris aquilo não parecia um pedido de desculpas sincero.
- tudo bem, yong. - Jisung sorriu ladino, apertando a mão do menino.
- prometem que não vão brigar de novo? - o professor disse ao se abaixar ao lado deles.
- só se ele prometer não mexer com lix. - Jisung encarou o Seo.
- yongmin. - esperou o garoto falar algo.
O garoto um tanto maior que o han ergueu o dedinho mindinho e entrelaçou com o do loirinho, uma promessa silenciosa ali se fazia e todos esperavam que eles fossem cumprir.
- estão liberados mais cedo. Bom fim de tarde. - a diretora deu seu último aviso, voltando para sua sala.
- vão buscar suas mochilas, vou levá-los para tomar sorvete. - chris disse, espichando seus olhos até os menores.
- papai não tem que ir trabalhar? - lix indagou ao segurar na camisa do loiro.
- não anjinho, posso terminar isso em casa. - apertou o narizinho dele com um sorriso pequeno.
- então vamos logo, lix! - han segurou na mão do seu irmão e correu em direção ao corredor.
- ei, cuidado! - Changbin gritou para eles, mas já deviam estar longe o suficiente para não ouvir.
- hm, com licença. - chris chamou atenção do moreno. - você está no lugar do hanbin, certo?
- sim, ele pegou uma licença de um mês porque tinha que cuidar de um familiar. - disse. - eu nem me apresentei direito, sou Seo Changbin, professor da turma do seus filhos. - ergueu a mão na direção do australiano, a fim de cumprimentá-lo.
- sou Christopher Bang, pai daquelas pestinhas. - apertou a mão do rapaz.
- o lix é um amor, o ji é meio ligado no trezentos e oitenta, mas não deixa de ser um bom garoto. - Changbin riu ao ver a cara de desespero nítida de Christopher.
- trezentos e oitenta é pouco perto daquele garoto. - suspirou. - mas me diga a verdade, aquele tal de yangmin estava intimidando o Felix novamente, não é?
- sim. - o professor passou as mãos pelos fios negros lisos. Tal ação que não saiu despercebida pelo Bang. - pelo que o ji me contou enquanto vocês estavam la dentro, o yongmin sempre implica com o Felix por causa do jeitinho que ele se veste ou pelas presilhas do seu cabelo. - ao se virar para o Bang, notou o jeito fixo que ele o encarava.
- eu ja imaginava. - disfarçou, passando a mão na nuca, no entanto suas orelhas rubras entregavam sua timidez por ter sido pego no flagra. - não é a primeira vez que aquele garoto faz isso. Quando vim buscar eles uma vez, Felix estava sem um botton da mochila e era o seu preferido, quando perguntei onde ele tinha deixado, ele começou a chorar e jisung disse que esse mesmo garoto tinha pego e não queria devolver. Felix ficou bem tristinho por um tempo.
- sinto muito. - mirou para Changbin. - pelo Felix, o botton. Ah, você entendeu. - desviou o olhar.
Chan riu, escutando o som dos passos dos seus meninos e logo eles estavam o puxando pela mão para saíram, animados com a ideia de sair para tomar sorvete com o mais velho.
- vamos logo, papai! - o moreninho disse dando alguns pulinhos enquanto jisung puxava o bang para saída.
- calma, eu ja vou. - olhou para Changbin e este que riu divertido pela cena.
- tchau, binnie! - Felix gritou, recebendo um tchauzinho do coreano.
- até mais. - chan disse, se rendendo aos puxões do seu loirinho.
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.E ai minha gente
Mais uma fanfic pra lista e é o seguinte: ela vai continuar se tiver um engajamento bom, se não, eu apago :)
Att vai demorar pq eu ainda to com bloqueio criativo e so postei essa pq sou ansioso
Espero que gostem
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APPA
FanfictionChristopher Bang era pai de dois garotos e por conta do emprego tinha pouco tempo para os menores. Changbin era professor substituto em uma creche e por coincidência os filhos do rapaz estudam em um dia quase normal, Jisung - filho de Christopher...