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Esse é o penúltimo capítulo, bom dia
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Fechou a porta devagar e suspirou tranquilo por enfim conseguir colocá-los pra dormir, se virou para Changbin que estava ao seu lado e sorriu acanhado. Ainda estava tímido pelas coisas que seus filhos tinham falado.

- você já vai embora? - perguntou receoso, esfregando as mãos.

- acho que posso ficar mais um pouco. - sorriu para o bang.

O moreno seguiu o mais velho até a cozinha a fim de fazer um sanduíche para ambos. Ele se sentou em frente a mesa enquanto Chris ia pegando os condimentos para o lanche.

- eu não sei quase nada sobre você. - Chris disse.

- minha vida não é tão interessante e animada como a sua. - respondeu fazendo um biquinho enquanto olhava para as costas do Bang. - bom, eu terminei o ensino médio, me formei em pedagogia e tô trabalhando por um tempo naquele creche. Moro sozinho, tenho um gatinho preto chamado Louis e é isso.

- ah, o tal gatinho que o Felix vive falando. - riu brevemente.

- por que você não adota um gato pra ele? Ele parece amar bichinhos.

- eu pretendo adotar um e dar a eles dois no aniversário deles que está próximo. - colocou os pratos contento os sanduíches sobre a mesa e pegou a jarra de suco de morango junto com dois copos. - vou fazer uma surpresa pra eles. - se sentou de frente a Changbin.

- tenho certeza que eles vão amar. - Changbin sorriu e pegou um dos sanduíches. - e você? O que você faz? Me conte sobre a sua vida. - deu uma considerável mordida no sanduíche de presunto e queijo e encarou o Bang. - você tem cara de ser muito novo pra ser pai.

- ah, é meio complicado. - coçou a nuca. - minha ex esposa engravidou muito cedo por irresponsabilidade nossa. Éramos adolescentes na época. Assim o Felix nasceu, um menininho fofo e cheio de sardinhos, ele era muito fofo quando bebê. - sorriu pela lembrança do bang em seus braços, ele era tão miúdo e delicado. - mas como eu disse, éramos novos demais na época, chegamos a casar um tempo depois do nascimento do lix e não durou muito. Ela quis ir embora e eu apenas deixei, não adiantava insistir para ela ficar comigo e o lix porque esse nunca foi o objetivo dela. Então quando o Felix completou três anos, eu vim para Coréia morar perto do meu meio irmão e construir minha família por aqui. Foi difícil no começo mas consegui me adaptar aos poucos.

- e o Jisung?

- Jisung foi bem coisa do acaso mesmo, meu irmão faz trabalho voluntário em um orfanato e me chamou para ir ajudá-lo porque seria legal para Felix conhecer outas crianças porque ele era bastante tímido. Eu vi o Jisung sentado em um canto afastado das outras crianças e também percebi que ele sempre ficava sozinho nas atividades da orfanato, então eu e o lix fomos falar com ele. - os olhos de Changbin estavam presos nele, ele prestava atenção em cada palavra do australiano e achava tão bonito a forma como ele falava dos filhos. Ele era realmente um homem admirável. - quando eu percebi Felix estava agarrado em Jisung como um pequeno carrapato. Em apenas alguns minutos de conversa eu vi que ele era tão precioso e amoroso, apesar da timidez de falar comigo. Eu comecei a frequentar o orfanato e quando notei estava preso naquele menininho fofo com feições semelhantes a de um esquilo. O processo de adoção foi um tanto demorado, mas eu consegui a guarda e o Jisung é oficialmente meu filho a dois anos.

- eu não sei o que falar, você é admirável. Os meninos tem muita sorte de te ter como pai. - Changbin proferiu com sinceridade. - mas deve ser difícil organizar sua vida sendo pai de dois meninos.

- é, um pouco. - tomou um gole do suco. - mas não me arrependo de ter deixado tudo pra trás na Austrália e vindo para cá, e nem de ter adotado o Jisung. Eles me deram motivo para acordar todos os dias e ir trabalhar. Eles me motivam a ser uma pessoa melhor todos os dias.

O Seo não sabia o que falar, apenas tinha um sorriso pequeno em seus lábios, estava besta com tudo que chan falou, ele era simplesmente um exemplo que queria seguir. Abandonou tudo para vim até um país desconhecido, construiu uma família linda e era tão esforçado e honesto. Changbin estava mesmo encantado por ele.

- agora eu sou um solteirão de vinte e três anos que tem dois filhos para criar, casa pra arrumar, roupas pra dobrar e uma dor na coluna que me faz repensar qual o sentido da vida. - disse dramaticamente, se levantando e pegando os pratos e copos em cima da mesa levando até a pia.

Changbin riu pela fala do mais velho e ficou de pé também, caminhou até ele e ficou na sua frente. Tinha uma certa intensidade naquela troca de olhares, chan sentiu seu estômago embrulhar ao ter o moreno tão próximo. Receoso, ele cortou o pouco espaço que seus corpos tinham, puxando o menor pela cintura e colando seus corpo num calor agradável. Changbin passou seus braços ao redor do pescoço do Bang e sorriu para ele.

- o pedido de namoro ainda tá de pé. - murmurou contra os lábios grossos do australiano. - só falta você me pedir.

- você aceitaria namorar com alguém tão sobrecarregado como eu?

- hm, sim. - deixou um selinho nos lábios alheios. - eu adoraria namorar com você.

Enfim Chris cortou o pequeno espaço entre eles, juntou seus lábios aos do coreano, levando sua mão até a nuca do rapaz e aprofundado o beijo aos poucos, Changbin entrelaçou seus dedos nos fios da nuca de Christopher e sorriu no meio do beijo.

- agora você não é mais um solteirão de vinte e três anos. - disse ao se separar dos lábios do loiro.

- posso me acostumar com a ideia. - deu um selinho em Changbin, sorrindo para ele em seguida.

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