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- ai o binnie tocou violão pra gente e cantou um monte de musiquinha! - chan olhou rapidamente pelo retrovisor o garotinho de fios pretos sentado na cadeirinha, dando atenção ao que ele falava.

- ele toca muito bem, appa! - Jisung disse animado. - tão bem quanto você!

- sério, anjinho? - han balançou a cabeça várias vezes.

Já tinham tomado seus sorvetes e caminhado um pouco apenas para o tempo passar mais rápido, e agora estavam a caminho de casa, ambos menores em suas cadeirinhas devidamente seguros e Chris no volante, tentando prestar atenção em cada palavra vinda dos pequenos, estes que tagarelavam animadamente sobre o novo professor e suas habilidades no violão. Mais um tempo de estrada e já estavam em frente ao prédio onde moravam, Chris deixou o carro no estacionamento e desceu, tirando os meninos do carro e pegou suas mochilas, colocando nas costas e segurou em suas mãos.

Poucos lances de escadas e eles já pisavam no hall de entrada do edifício, foram pelo elevador até o décimo andar e adentraram em seu apartamento. Chris abriu a porta para seus filhos entrarem e logo ligou as luzes, deixando os sapatos na entrada, ajudou Felix a tirar seu tênis enquanto jisung já estava indo em direção ao quarto para guardar a mochila que carregava junto com a do seu irmãozinho.

O garotinho australiano sorriu para seu pai e acompanhou os mesmos passos do seu irmão, indo para o quarto. Chan deixou as chaves dentro do molho em cima da mesa de centro e tirou o casaco que vestia, olhou para o relógio de pulso e suspirou.

- Jisung! - gritou pelo menor, este que meio receoso apareceu na sala. Ele sabia que hora era aquela.

- appa?

- não corra dessa vez. - se aproximou devagar dele, este que arregalou os olhinhos e correu em direção ao quarto. - han, você tem que tomar banho! - correu atrás do menor.

Ali se iniciava uma guerra entre Chan correndo atrás do loirinho para lhe dar banho e Felix apenas observando tudo sentadinha na sua cama, vez ou outra rindo das quedas que o Bang mais velho levava em seus brinquedos espalhados pelo cômodo.

(...)

- sabia que o papai tá ficando velho de ficar correndo atrás de você, mocinho? - apertou o narizinho gelado de Jisung, este que riu adoravelmente, levantando os bracinhos para chan passar a camiseta.

- é engraçado ver você caindo, papai. - Felix disse, se aproximando com a roupa que queria vestir e dando ao mais velho para este ajudá-lo a colocar.

- ah é? - apertou a barriguinha do Bang mais novo. - vocês são uns pestinhas.

- titio min disse que a gente tem que te estressar até seu cabelinho ficar branco porque ele disse que você quer seu cabelinho branco. - Jisung proferiu, colocando as meias de carrinhos coloridos nos pés.

- não escutem as coisas que o minho diz. - terminou de colocar a calça do pijama amarelo de Felix. - o tio de vocês é doido. - fez uma careta engraçada, fazendo os menores rirem.

Terminou de vesti-los e arrumou seus cabelos, passando uma colônia fraquinha em seus corpos.

- vamos jantar? - ficou de pé.

- vamos! - Jisung saltou da cama e pulando foi em direção ao pai. Felix fez o mesmo, mas rindo sem motivo algum.

(...)

- appa. - os olhos de Jisung quase não ficavam abertos, o sono o tomava aos poucos.

- hm? - cobriu seu pequeno, ajeitando o lençol de nuvens no seu corpinho magricelo.

- amanhã você vai levar a gente pra escola? - recebeu um cafuné nos cabelinhos loiros e um sorriso pequeno do maior. Seu semblante era cansado, mas mesmo assim ele assentiu sem ter muito a dizer.

- vá dormir, tudo bem? - deixou um selar na testa do garotinho. - eu amo você, esquilinho.

- eu também te amo, appa. - sorriu de canto, se deitando em uma posição confortável para enfim pegar no sono.

O abajur em formato de lua foi ligado pelo bang, este que podia iluminar bem boa parte do quarto, deixou um beijinho na bochecha de Felix que foi o primeiro a cair no sono quando ainda estavam assistindo desenho na televisão, saiu do quarto sorrindo cansado pelo dia, mas feliz em saber que seus bens mais preciosos estavam dormindo em segurança.

Foi para sala, pegando o notebook dentro da mochila que carregava para o trabalho, se sentou no sofá com o aparelho no colo e suspirou, coçando os olhos com as costas da mão. Ainda tinha uma longa noite pela frente.

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