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- anda logo, papai! - Felix gritou eufórico. Chan terminou de colocar a pipoca nos recipientes e levou para sala.

Lá estava um amontoado de travesseiro no carpete, Felix vestia seu pijama de bolinhas vermelhas e suas pantufas de gatinho, na televisão o filme Procurando Nemo estava pausado. Changbin pegou uma das vasilhas que chan carregava e ele se sentou ao lado de Felix que ocupava o meio deles.

Chris esticou o braço entregando uma vasilha cheia de pipoca doce a Jisung - era sua proferida - que estava sentado no sofá, longe da onde os outros estavam.

Chan não estava gostando daquele comportamento estranho vindo do garoto.

- bom, podemos começar? - perguntou ao pegar o controle.

- sim! - Felix exclamou animado.

O play foi dado e assim o filme começou, era o proferido das crianças e Changbin particularmente também gostava. Um silêncio bom nasceu, apenas as falas dos personagens eram ouvidas, Felix estava com a cabeça encostada no Bang, a mãozinha cheia de pipoca que ia a boca vez ou outra. Christopher observou Changbin de canto, ele tinha os olhos presos no aparelho a frente. Ele era tão bonito. Chan não podia deixar de notar cada detalhe do menor, suas bochechas gordinhas, os olhos pequenos e brilhantes, seu nariz redondinho e seus lábios pequenos mas cheinhos.

- papai. - Felix disse baixinho. Chris encarou o menino. - troca de lugar comigo.

- por que?

- pra você ficar perto do binnie. - fez um biquinho pela lerdeza do mais velho.

Chan sorriu e ergueu o moreno pela cintura, mudando ele lugar e indo para perto do Seo. O moreno encarou o australiano e sorriu pequeno, deitando sua cabeça no ombro largo do mais velho enquanto se encolhia. Chan encarou Felix e eles sorriram cúmplices.

Jisung bufou, comendo mais um pouco da pipoca.

(...)

- Jisung, venha aqui. - chan chamou o menino, este que se levantou da cama e foi até o mais velho. - Changbin, você pode ficar com o Felix? Preciso conversar com o Jisung. - o moreno assentiu, se sentando na cama do garotinho de sardinhas.

Jisung passou na frente do pai e foi em direção a sala, chan saiu deixando a porta meio aberta do quarto dos meninos, seguiu com o Han até a cozinha e pediu para o loiro se sentar.

- ji, o que está acontecendo com você? - perguntou se sentando ao seu lado. O menino virou o rosto. - vamos, me diga o que houve.

- não é nada.

- óbvio que tem algo errado, ji. Você não é assim. Me diga, eu não vou brigar com você.

- e-eu não quero que você goste do binnie. - disse sem encarar o australiano.

- mas por que, bebê? Ele é tão legal com você, e você disse que gostava dele.

- você vai casar com ele e me mandar de volta pro orfanato! - exclamou encarando o Bang, seus pequenos olhos estavam brilhantes por conta das lágrimas. - e-eu não quero voltar pra lá, appa.

- eu nunca te mandaria de volta pra lá, jisunggie. - passou seu polegar na bochecha úmida do menino, seu coração doía pela fala do menor. - você é meu filho e eu nunca faria isso com você. Eu te amo e o lix também, por favor, não volte a dizer isso. - o abraçou forte.

- d-desculpa, appa.

- não pense isso de novo, okay? - afastou dele e segurou seu rosto entre as mãos, sorrindo para o Han. - eu te amo muito. - esfregou seu nariz no dele o fazendo rir baixinho.

Jisung voltou abraçá-lo com força, afundando seu rostinho no peito do mais velho. Chris sorriu tendo seu coração quentinho e sua preocupação indo embora. Ao erguer o rosto e viu Changbin ali parado no canto de mãos dadas com Felix, sorriu para o moreno e ele retribuiu.

- Felix escutou o Jisung chorando. - Changbin se pronunciou, soltando a mão do bang e o deixando ir até o irmão.

Chris pegou o moreninho no colo e colocou de frente a Jisung que tentava secar as lágrimas. O garotinho segurou na mão do han e o abraçou com força.

- não chora, jijico. - falou de forma fofa, apertando o loiro com muita força.

- vai machucar ele, lix. - chan disse preocupado.

- ah desculpa, desculpa. - soltou o mais velho.

- Jisung. - chris lançou um olhar rápido ao garotinho e esse assentiu, levantando da cadeira e indo até o Seo que ainda estava no mesmo lugar, apenas observando.

O Han aproximou dele e timidamente abraçou sua cintura. Surpreso Changbin se abaixou para abraçar o menino melhor.

- me desculpa por hoje. - disse baixinho. - você pode casar com o appa, eu deixo.

- Jisung, n-não era isso! - chan corou.

- mas você disse que gostava dele. - encarou o pai sem entender.

Changbin riu da cara de confusão do loiro, e com o han no colo, foi até a cadeira que antes era ocupado por ele para, se acomodando lá com o menino sobre suas coxas.

- então o pai de vocês gosta de mim?

- sim! - responderam em uníssono.

Chris queria sumir.

- você vai casar com o papai? - Felix perguntou esperançoso. - se vocês casarem, você traz seu gatinho pra morar com a gente? - seus olhos brilharam.

- trago sim. - o moreno riu soprado.

- então você vai casar com o appa? - ergueu o rosto para olhar Changbin.

- hm, talvez. - apertou a bochecha do esquilinho.

- talvez!? - chris arregalou os olhos.

- quer dizer. - ajeitou o han no colo. - primeiro você tem que me pedir em namoro.

- namoro!?

- mas e o seu gatinho? - Felix fez bico.

- você gosta do binnie ou do gatinho dele, lix? - jisung perguntou.

- dos dois, mas eu quero ver o gatinho.

Changbin sorriu e encarou Christopher, ele ainda parecia surpreso e era engraçado ver suas orelhas vermelhas como brasa pela timidez repentina que o atingiu.

- acho que ta na hora de vocês irem dormir, né? — se levantou e empurrou de levinho Felix em direção ao quarto.

- mas papai-

- vem ji. Pra cama, vamos, vamos. - Jisung se agarrou a Changbin e ele ficou de pé para levá-lo até a cama.

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