Depois de ter passado e assustado vários tutores, apenas um casal deseja Claire. Forçada a ir a uma cidade pequena dos Estados Unidos chamada Beacon Hills, ela descobre seus verdadeiros instintos e explicações para seus questionamentos.
Aviso: pode...
Meus ex-tutores tinham me dado um Diário porque, segundo eles, me ajudaria a controlar meus instintos assassinos. Eles são ex-tutores, porque não querem mais me criar. Agora mesmo estou aqui nessa droga de orfanato, lutando para não ter algum pânico ou algo do tipo. Odeio este lugar. Com todas as minhas forças.
Desde que meus pais morreram em um acidente de avião, onde iam para outro país cuidar de assuntos referentes à empresa, estou em um orfanato. Isso porque eles não deixaram um tutor para mim e não há registros de outros familiares. Então, dependo de casais aproveitadores que querem minha herança para "cuidar" de mim até que eu complete meus malditos 18 anos.
Acontece que todos meus tutores me devolveram, mas eu não me lembro de ter feito nada. Nada além de ficar com a cara fechada e espancar algumas meninas da minha escola. Mas não acho que seja por isso, pois todos eles pareciam assustados demais.
Tinha acabado de ouvir os passos do diretor em minha direção, indicando que logo ele abriria a porta. Ainda bem, não aguentava mais ficar nesta sala branca do diretor com a porta fechada. Isso é muito deprimente.
- Claire - disse ele, suspirando de decepção por ter que me arrumar outro tutor pela quarta vez - agora só resta um homem querendo sua tutoria. Ele mora em Beacon Hills. Se chama Stilinski.
Tomara que não seja pedófilo. Me contorci de medo, comecei a tremer: sempre acontecia quando eu ficava com medo. Calma, Claire, pensei, você já lidou com coisa pior.
Já tinha lidado mesmo. Um casal de tutores me adotou praticamente para eu realizar os fazeres domésticos deles e servir aos seus filhos. Muitas vezes, eu levava bofetadas no meu rosto por não conseguir fazer tudo. Não sei se fiquei feliz ou atordoada por todos terem aparecido mortos após 1 semana. A polícia foi acionada e eu voltei para o orfanato. Mais tarde, Jack (o diretor) me avisou que parecia mordidas de algum animal selvagem, talvez um lobo.
- Tente se dar bem nessa, por favor - o diretor pediu, me olhando com súplica - não é fácil conseguir tutoria tendo que informar o número de vezes que você teve outros tutores e voltou.
A culpa não era minha. Eu sempre agi normal. Fazia cara feia, mas não é nada que os adultos de açúcar não pudessem compreender.
Revirei os olhos para Jack, olhando para o sofá branco em que estava sentada. Não era macio nem acolhedor, assim como tudo dentro daquele orfanato. Não deveria ser aconchegante. Era suportável. Essa saleta deprimente é o máximo de confortável que existe.
- Quando vou me mudar? - indaguei finalmente.
- Já marquei uma reunião com o juiz, em que seu novo tutor estará presente. Será analisado se ele obedece a todas as competências necessárias para exercer a tutoria - ele respondeu, parecendo não muito feliz pela minha cara feia - está animada?
- Bastante - respondi, com um tom sarcástico.
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