Depois de ter passado e assustado vários tutores, apenas um casal deseja Claire. Forçada a ir a uma cidade pequena dos Estados Unidos chamada Beacon Hills, ela descobre seus verdadeiros instintos e explicações para seus questionamentos.
Aviso: pode...
Assim que entrei no quarto, joguei minha mochila preta no chão e sentei na cama. Olhei a redor, analisando as paredes brancas e o grande espaço vazio que existia, com exceção da cama. Tudo, inclusive meu coração, estavam vazios. Mas não tinha problema. Logo eu estaria no orfanato novamente e, se tivesse sorte, em outro tutor. Era o meu ciclo.
Abri minha mochila, pegando uma foto dos meus pais que estava dentro do meu caderno. Ainda bem que a lâmina do facão estava envolvida por um pano, senão teria me cortado quando puxei o caderno.
- Oi - ouvi uma voz de um garoto na minha porta. Tomei um susto, escondendo a foto no caderno e pegando meu facão.
- QUEM É VOCÊ? - gritei, indo em direção dele com a faca.
- Calma! - outro garoto atrás dele interviu. Foi aí que parei para analisar suas aparências. Ele era branco do cabelo preto, tendo os olhos castanhos. O amigo que ele defendeu tinha as mesmas características, só mudava o nariz que era mais empinado e os cabelos castanhos - ela é mesmo uma lobisomem.
- SOU O QUÊ? - falei, levantando o facão, mas sentindo uma enorme vontade de gargalhar - agora pronto, parei em uma cidade cheio de doidos.
- Olhe no espelho - o garoto pediu, com um pouco de medo.
Passei um tempão o encarando, mas depois virei o rosto lentamente em direção ao espelho que havia ao lado da cama. Meus olhos estavam azuis. Não o azul habitual, uma cor de mar, mas um azul muito mais intenso.
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- Não vejo nada demais - falei com desdém, embora estivesse bastante assustada.
- Podemos ajudar - outra menina entrou no meu quarto, desta vez era ruiva, muito bonita.
- Não preciso de ajuda - falei, percebendo que tinha abaixado minha arma e a levantei novamente - saiam do meu quarto.
- Querem que eu resolva? - outro garoto apareceu, desta vez alto, branco, com os cabelos castanhos e os olhos azuis, claros. Um igualmente bonito estava ao seu lado, mas era mais baixo.
- Quem chamou ele aqui? Theo, agora não - o garoto que interviu pelo amigo falou, parecendo meio nervoso - Liam?
- Falei que não queria a companhia dele, mas ele não tinha nada melhor pra fazer - rapaz lado de Theo respondeu, o olhando com raiva.
- CHEGA - gritei, avançando neles - SUMAM DO MEU QUARTO! VÃO RESOLVER CASOS DE FAMÍLIA LONGE DAQUI!
Foi aí que percebi que os olhos de Theo estava brilhando em um tom dourado, seu rosto começou a ficar peludo e começaram a nascer garras no lugar das unhas. Paralisei.
- Mas que porra.. - comecei, antes de o garoto partir para cima de mim e me imprensar na parede, fazendo meu facão cair da mão - SOCORRO! TEM UM POSSUÍDO AQUI!
- Parabéns, Theo. Agora todo mundo vai descobrir - o garoto que começou tudo falou, batendo palmas.
- Tem certeza que ela não é uma banshee? - a ruiva colocou a mão nos ouvidos.
- MANDEM ELE ME SOLTAR! - gritei mais ainda, até que o garoto soltou minhas mãos que estavam coladas na parede. Foi aí que tudo apagou.
